Capítulo 02 - Margarida

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Pov. Cebola

20H00

Cheguei na casa da Margarida e businei para que ela descesse.

- Oi amor! - Ela entrou no carro e me deu um beijo no rosto.

- Olá... - Respirei fundo - Onde você quer ir?

- Hmm que cavalheiro! Eu quero ir ao restaurante mais chique de San Paulo.

- Certo, então ponha o cinto.

- Mas... Vai amarrotar toda minha roupa nova...

- Coloque o cinto, melhor sua roupa amarrotada do que uma multa nos meus ombros.

- Tem horas que você é tão mandão! Eu adoro!

[Saímos em direção ao restaurante.]

- Hmmm.... Você está com uma cara...

- É a única que eu tenho. - Respondi sem tirar minha atenção da rua.

- Está mais estranho que o normal, aconteceu alguma coisa?

- Não me amole Margarida! Já lhe disse que não tenho nada!

- Unhum, eu acho que consigo tirar um pouco dessa marra hoje no seu apartamento não acha? - Ela falou tentando me seduzir beijando minha orelha enquanto sussurrava essas palavras para mim.

- Tanto faz. - Mantive-me sério e firme.

- Ótimo! - Novamente ela me deu outro beijo no rosto.

[Chegamos ao restaurante]

Quando chegamos o manobrista pegou meu carro para estacionar e entramos no estabelecimento a procura de uma mesa para duas pessoas. O atendente logo nos encaminhou para a mesa solicitada e nós ficamos no aguardo do garçom daquele chique local.

- Então amor... Ela pegou nas minhas mãos que estavam em cima da mesa. Você tem trabalhado muito ultimamente! Estou com saudade do meu namoradinho.

- Tenho uma empresa pra comandar - Tirei minhas mãos debaixo das dela - É claro que estou ocupado demais. Não tenho tempo para perder com coisa inúteis.

- Mas que bom que você conseguiu encontrar um tempo na sua agenda tão lotada e veio sair comigo.

- Sim, claro, tanto faz... - Estava muito atento olhando o cardápio que nem prestei atenção nas últimas coisas que Margarida disse.

- O que vão querer? - Chegou uma moça para nos atender.

- Bom eu... - Ao olhar bem reconheci aquela tal moça. - Espera um pouco... Você!? - Falei impressionado ao abaixar o cardápio.

- Sr. Cebola! Que coincidência... - Ela falou muito sutil.

- Vocês já se conhecem? - Margarida demonstrou uma certa desconfiança do caso.

- Não... Ela apenas foi ao meu escritório pedir um... Emprestimo.

- Isso mesmo! Eu quero abrir uma livraria pro meu pai e aliás obrigada pela liberação do emprestimo sr. Cebola.

- Que você não atrase nenhuma parcela.

- Não se preocupe, é pra isso mesmo que eu trabalho! E falando nisso o que vão querer nesta noite?

- Tem como sermos atendidos por outra pessoa? - perguntou Margarida.

- Desculpe a senhora não está gostando do meu atendimento?

- Pra falar a verdade não... Quero outra pessoa.

- Desculpe senhora, mas nesta noite eu estou responsável por esta área e todos os outros garçons estão em uma área diferente não podendo vim atender a outros.

- Que absurdo!

- Margarida! Não me crie confusões! Ou vou já embora daqui e deixo você sozinha neste restaurante.

- Mas Cebola.

- Deixe ela atender agora! Não quero ficar até tarde fora de casa.

- Traga para mim dois pratos deste Filét ao molho branco, e um champanhe.

- Sim senhor. - Ela piscou o olho para Margarida.

- Que prepotente! - Reclamou.

- Deixe quieto! Você cria confusão por muito pouca coisa.

- Olha eu adoro sua marra mas não admito que brigue comigo na frente dos outros.

- Não seja por isso! Se quiser agora mesmo peço o cancelamento do prato e lhe levo pra casa e nunca mais nos vemos se assim lhe fizer se sentir melhor.

- Não, não!! Tá ótimo meu amor.

- Então chega de discurssões desnecessárias.

[Chegaram os pratos]

- Posso servir o champanhe senhor?

- Sim! Sirva!

- Precisando de algo mais é só me avisar.

Margarida deixou cair a taça com champanhe no chão.

- Ops... Garçonete... Limpe este chão agora! Tive um pequeno acidente - Disse Margarida.

- Vou chamar o responsável pela limpeza.

- Quer dizer que para nos atender só podia ser você, e pra limpar agora tem outro funcionário disponível?

- Senhora... Eu só trabalho servindo, limpar é função de outra pessoa, agora se me dá licença.

- Toda...

- Você fez de propósito...

- Eu? Mas... Mas amor...

- Não seja sínica Margarida! Eu te conheço, o que é? Se sente ameaçada por uma moça que atendi apenas por um emprestimo?

- Eu não fui com a cara dela.

- E por isso você quebra uma taça? Sabe que eu vou ter que pagar né?

- Deve ser apenas uns R$ 40,00

- De toda forma! É dinheiro... Eu falei para você não gerar discursões desnecessárias. Agora coma!

[Minutos depois]

- Moça! Traga a conta!

- Aqui está senhor. - Ela me entregou a pasta com o cupom fiscal.

- R$ 245,78, tudo bem... - Retirei a carteira do bolso e tirei o valor de R$ 300,00 - Fique com o troco! - Me levantei da mesa com Margarida e fomos até o carro.

Chegando em meu apartamento liguei as luzes e tirei os sapatos, Margarida jogou sua bolsa sobre o sofá e sentou-se olhando para mim enquanto tirava a gravata.

- O que foi? - perguntei.

- Você estava muito estranho perto daquela moça hoje.

- Mais uma vez você vem querer criar confusão por causa dela? Desencana disso, você é muito ciumenta!

- Ciumenta? Nada disso eu cuido do que é meu. - Ela se levantou e pos as mãos no meu rosto formando um biquinho em meus lábios como se fosse me beijar.

- Entenda uma coisa Margarida - segurei em seus punhos - a gente pode até namorar, mas eu não sou seu.

- Eu adoro quando você age assim.

Respirei fundo e ela começou a me beijar, a peguei em meus braços e a levei até o meu quarto onde a deitei na cama e ali passamos a noite juntos.

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Olá gente!! Espero que estejam gostando dessa história que está só no comecinho mas que é muuuito maravilhosa!! Continuem acompanhando e compartilhem com seus amigos/seguidores!! 😃😄

O ChefeOnde histórias criam vida. Descubra agora