1×8: Juras de amor

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Estou eu, na casa de Nancy que na verdade não é a casa de Nancy. Como estou no mundo invertido, tudo é tão diferente e nojento. Não tem como eu fazer uma faxina, já que não tem jeito esse lugar.

Eu estava bem plena, quando ouvi um barulho vindo do porão. Caminhei lentamente até o porão, e fui golpeada com uma pedaço de vassoura

— VAI EM BORA!!! — o garoto nem se quer viu meu rosto e continuou me dando vassourada. Parei a vassoura e pude ver no rosto dele, felicidade. — Você não é o demorgogon...

— Demo o que? — Digo sorrindo, era visível que ele estava assustado e feliz ao mesmo tempo. Ele me abraçou tão forte, que não consegui fazer nada além de retribuir o abraço dele.

Will, o nome dele era Will. Ele era o garoto desaparecido, e o tal amigo daquelas crianças. Will estava assustado, mas consegui o acalmar um pouco. Era visível que ele estava fugindo desse "Demorgogon" a bastante tempo.

— Quer me dizer como veio parar aqui? — Pergunto. Estávamos ainda no porão, ele ainda não estava bem o suficiente pra sair dali.

— Eu não sei. Foi tudo muito rápido, uma hora eu estava na minha casa, e na outra, eu estava aqui. — Ele diz

— Precisamos arrumar um jeito de sair daqui — Digo e ele sorri

— Sim, agora vai ser mais fácil. — Ele diz

— Precisa confie em mim, Will, não vou te deixar.. — Digo segurando sua mão

— Eu confio — Ele diz

— Ok, vamos começar o nosso plano de fuga? — Pergunto sorrindo e mais animado, ele responde

— Simmm — Ele se levanta

Will era um garotinho forte apesar da idade. Quando estávamos saindo do porão, ele segurou minha mão bem forte. A cada barulho que fazia, ele se assustava e apertava mais minha mão, mas o pior, foi quando saímos da casa, a porta fechou, e fez um barulho alto. Will começou a se desesperar

— Ei ei ei. Olhe pra mim — Digo

— Ele vai pegar a gente, nós precisamos ir — Will diz chorando

— Não vai. Não vou deixar, ok? Tá tudo bem — Digo o pegando no colo e o abraçando. — Eu estou aqui, Will.

Will começou a se acalmar, e nessa hora, o bicho resolveu aparecer, mas não sozinho.

— Que merda — Digo dando passos pra trás

— É agora que você corre, não é? — Will diz

— É agora que eles correm — Digo colocando Will no chão. Os demorgogon o queriam, isso era visível

Me concentrando, jogo eles em uma distância razoável, isso fez com que Will gritasse de emoção

— Isso foi incrível — Ele diz pulando, mas meu sorriso some quando os demorgogon não desiste

— Vai pro porão Will, você não vai querer ver isso — Digo

— Você disse que não ia me deixar, por favor, me deixa ficar — Ele diz implorando. Não deu tempo para que eu respondesse, os demorgogon vieram de tudo

Eu sabia que se usar muito meu poder, eu poderia perder o controle, mas se eu não usasse, Will morreria.

Meus olhos mudaram, eu podia sentir meu poder tomando conta do meu corpo, a cada vez que eu erguia minha mão, saia fogo, isso fez com que os demorgogon morresse. Um ponto positivo pra mim, meu nariz estava sangrando e eu estava fraca, Will comemorou e eu cai no chão cansada

Never play with fireOnde histórias criam vida. Descubra agora