Aula Particular

10°Capítulo

Tyler teve dificuldade em manter o fim da conversa, com sua vida passando diante de seus olhos. Ellie os conduziu pela Highway 68 em direção a Lexington, quase dando a ele uma chicotada enquanto entrava e saía do trânsito. Ainda bem que ela morava e trabalhava na mesma cidade, porque Ellie na estrada aberta era um acidente esperando para acontecer.

- Olha. - Ela suspirou. - Lá está a fazenda Browning. Sempre adorei aquele lugar.

- Estou tentando comprar. - As palavras saíram de sua boca como uma confissão no leito de morte enquanto ela serpenteava entre dois SUVs.

- Sério? Tipo, consertar e morar lá?

- Consertar e vender. - Ele fechou os olhos e acenou com a cabeça.

- Mal posso esperar para ver o finalizado. Quando você começa?

- Assim que conseguir o empréstimo para a construção. Infelizmente, o Bluelick Savings tem algumas reservas.

- Por que? Eles não viram seu trabalho? Você é a única pessoa na terra que faria justiça ao lugar.

- Hmm... - Sua fé em sua habilidade o humilhou, mais ainda do que sua capacidade de dirigir o apavorava. Ele abriu os olhos e olhou para ela. - Vamos apenas dizer que eles estão preocupados com meu perfil de risco. - Que aumentava exponencialmente a cada minuto passado em seu assento de passageiro. - Os credores não ficam muito entusiasmados em desembolsar mais de alguns milhões de dólares para um cara que leva um tiro em um bar.

- Isso é injusto. Você foi a vítima.

- No entanto, isso me desvia da minha experiência em reabilitar estruturas históricas.
Preciso mostrar a eles que sou um investimento estável e responsável.

- Eu não posso acreditar nisso. Você cresceu aqui. Você opera um negócio de sucesso aqui. Se isso não for estável, o que é? As coisas que você realizou exigiram muito trabalho e responsabilidade. Se eles não podem ver isso, há algo errado com eles. Você poderia ir para outro banco?

- Tenho a melhor chance de obter o empréstimo localmente. - Sua indignação suavizou o pior de sua frustração irregular. - Se eu viver tanto tempo. - Ele acrescentou silenciosamente enquanto ela acelerava.

Ela disse algo em resposta, mas sua voz calma e totalmente despreocupada desapareceu sob o latejar em seus ouvidos quando ela surgiu rapidamente atrás de um carro de dezoito rodas. Ele agarrou a manivela que merda e enfiou o pé com força no freio imaginário enquanto ela desviava da linha central amarela quebrada, onde outro caminhão enorme apareceu na direção oposta. Com segundos de sobra antes de colidirems, ela passou pela plataforma e colocou o Mini de volta na pista. Ele mordeu o lábio para não gritar como uma garotinha. Seus pulmões aterrorizados levaram um minuto para descongelar o suficiente para deixá-lo sugar o ar. Assim que voltou a respirar, ouviu Ellie perguntando.

- Você não acha?

- Huh? - Ele se obrigou a afrouxar o aperto mortal na maçaneta acima da janela do passageiro. - Sim, acho que devo dirigir para casa.

- Han? - Ela olhou para ele e franziu a testa. - Não foi isso que perguntei. Tyler, você está se sentindo bem? Você parece um pouco pálido.

- Uma experiência de quase morte sempre me deixa pálido. - Diante da expressão confusa dela, ele bateu no painel e disse. - Não acredito que você teve medo de andar na minha moto. Você dirige este carro como se uma colisão com qualquer coisa maior do que um enxame de mosquitos não a transformasse em um caixão rolante.

- Para que saiba que sou um motorista muito boa. - Ela riu. - Eu nunca tive um acidente.

- Quantos você causou?