4°Capítulo

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Ellie tirou o último ponto e passou a ponta do polegar pela costura ligeiramente levantada da ferida em cicatrização. Mesmo sob a luz brilhante e fluorescente da sala de exame, ela mal conseguia ver onde os pontos estavam.

- Isso está curando lindamente. Você só terá uma pequena cicatriz. - Ela resistiu a um impulso completamente não profissional de passar a mão por toda a sua bunda. Não havia absolutamente nenhuma razão clinicamente válida para um exame tátil de seus glúteos.

- Isso é um grande alívio, doutora. - Tyler falou lentamente. - Eu sou muito vaidoso com essa bochecha.

- Bem, então você pode tentar mantê-la fora da linha de fogo de Junior. - Ela rolou seu banquinho alguns centímetros para trás para sinalizar que ela havia terminado.

- Esse é o meu plano. - Ele abotoou a calça jeans, depois se virou para encará-la e se recostou na mesa de exame. - Obrigado por me encaixar tão tarde no dia.

- Sem problemas. - Ela disse.
- Deus, ele era alto. - Verdade, com seus 1m60, quase todo mundo a superou, mas Tyler elevou-se sobre ela. Além disso, ele tinha aqueles ombros largos e... era sua imaginação ou a sala de exame de repente parecia claustrofobicamente minúscula? Ela se levantou e recuou para o outro lado, onde sua prancheta estava no topo de um armário de aço inoxidável.
- Eu sei que você queria manter este pequeno incidente em segredo, então você vir depois que Melody saiu me pareceu uma boa ideia.

- Foi legal da sua parte, contratar Melody. Tenho certeza de que ela pode usar a mudança de cenário agora.

- Na verdade, ela é a legal. Estou contratando uma gerente de escritório organizada e que entende dos detalhes por uma fração do que uma clínica de renome pagaria a ela. Eu sou, tipo, o projeto de caridade dela.

- Ok, está vendo como você mudou meu elogio e direcionou-o para Melody? Muito legal.
Adicione isso a gentilmente tirar uma bala da minha bunda às duas da manhã e não chamar a polícia para o Júnior. Eu não sei... - Ele apontou seu sorriso sexy para ela. - Você pode ter que encarar o fato de que você é uma pessoa legal.

- Chegamos a um acordo sobre a coisa de não chamar a polícia.

- Vai me cobrar isso, não é?

- Hmm... - Ela não conseguia adivinhar se ele estava brincando com ela ou tentando desistir. Derrotada por sua imprecisão, ela exalou e admitiu. - Não. Eu não vou. O que eu disse na sexta à noite ainda está de pé. Se você não gosta disso, vamos esquecer o negócio todo.

- Oh, eu estou nisso. - O sorriso sexy mudou para o sorriso de menino mal que ela se lembrava de anos atrás. - Não se preocupe.

Ela rabiscou uma nota em seu prontuário e disse a seu pulso para parar de bater.
Antes que ela pudesse responder, sua expressão ficou séria.

- Eu sou grato a você, no entanto. Obrigado por cuidar de mim e ser discreta. Junior também envia seus agradecimentos e desculpas. Ele queria que eu lhe contasse que deu a arma ao avô. Achei que ele não precisava estar dirigindo por aí com uma arma de fogo à mão.

- De nada. Estou feliz que Junior se livrou da arma.

- Eu também. Então... - Ele inclinou a cabeça em direção a ficha.

- Estou liberado para a aula?

- Sim. - Borboletas inquietas vibraram em seu estômago. Ela olhou para ele por baixo dos cílios.

Duas passadas de Longfoot os deixaram frente a frente. Ele simplesmente a encarou por um momento, então ergueu a mão e colocou o cabelo dela atrás do ombro.

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