Capítulo 16 - Nova Vida

574 35 208
                                    

Notas da autora: Tudo bem com vocês? Voltei depois de uns dias de férias hehe. Aqui está como eu imagino a voz de JUN versão português, nos próximos capítulos mostrarei a versão japonesa e também a de Misora.

Qual a opinião de vocês? Combinou?


Aliás, não seja um leitor fantasma. Sempre comentem, assim estarão me incentivando a continuar.

...................................


Já haviam alguns anos desde que sua vida se tornou pacata, fazia as mesmas coisas todos os dias em um ciclo monótono sem fim. Seu dia começava as 07:00, fazia suas necessidades matinais, se arrumava e deixava o lar das Senju as 8:20, depois ia ao hospital onde trabalhava ao lado de Sakura e Shizune, raramente Ino. Seu expediente acabava as 17:30, horário em que ela espairecia sua mente caminhando por Konoha, às vezes jantava com suas amigas de trabalho ou com Misora e seus colegas de time oito e nove. Mas em dias normais, retornava ao lar as 18:00h, preparava o jantar ao lado da irmã- ou sozinha quando a mais velha estava em missão-, depois de comer e tomar um banho relaxante, sua meditação começava as 21:00 e acabava as 2:00h. Tudo extremamente organizado, muito pontual.

Achava que assim sua vida na adolescência, que mais se parecia com a idade adulta, se tornaria mais fácil sendo organizada e pontual com tudo. Seu quarto era impecável, suas roupas organizadas por cores e dobradas com muito carinho no guarda-roupa. A mesa de estudo era limpinha e sem pó, sua estante de livros também era um brinco, a cama nem se fale, era a primeira coisa que ela arrumava ao acordar.

Tudo era diferente com Misora, ela era seu oposto. Acordava no horário certo somente em dias de missão, chegava atrasada nos compromissos e a maioria das noites vagava sozinha pelas ruas da aldeia, não por falta de quem acompanha-la, ela gostava de apreciar a cor escura do céu e o silêncio que as ruas vazias a proporcionava. Mas assim como Jun, amava retornar ao lar e se envolver numa manta quentinha enquanto assiste televisão.

Amavam a companhia uma da outra, era satisfatório falar sobre o dia agitado e escutar os sermões quando algo questionável era dito. Apreciavam as noites que passavam em claro quando fofocavam e contavam histórias do passado, assim elas percebiam que mesmo juntas, viviam vidas muito diferentes. Enquanto Jun era focada em sua vida como médica, Misora explorava o mundo e enfrentava as missões perigosas. A Senju mais nova sentia falta de lutar e regaçar as mangas sem ser em uma sala de cirurgia, mas sabia que a mãe não deixaria agir da forma como queria, não com o acumulo de chakra extenso atrás da testa.

Então o que faria para saciar sua insatisfação com a atual vida?


X


O dia estava mais quente do que de costume, soava mesmo sem estar coberta pela manta de veludo. Passou a mão pelo pescoço despregando alguns fios de cabelos dourados sentindo as costas húmidas contra o lençol da cama de casal. Comparou o calor de Konoha com o de Suna, imaginou quanto o país estaria quente naquele dia ensolarado.

Levantou-se da cama descalça e caminhou até a janela abrindo-a e sentindo o vento quente ir de encontro ao rosto vermelho, no mesmo instante viu um gavião familiar se aproximar e pousar em seu braço estendido para fora da janela. Sorriu para a ave após pegar a carta que ela havia levado, depois observou voar para muito longe dali. E animada, ela se sentou na cama macia novamente.

- É do Gaara? - Conhecia muito as dobras do envelope feito a mão.

Abriu o invólucro com carinho, tentando não rasgá-lo porque faria questão de guardar junto as outras cartas feitas pelo rapaz em uma caixinha debaixo da cama. Algo que ela criou hábito graças a ele: o desejo de guardar boas memórias.

O sangue Senju - Jun e MisoraOnde histórias criam vida. Descubra agora