Capítulo 19 - Não me deixe

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Notas da autora: Imagino a voz em japonês de Misora assim, um pouco mais séria comparado as outras personagens.

O que acharam?

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Abrigou-se entre os próprios braços debaixo do cobertor, aquela noite só não era mais fria do que as noites em Sunagakure. No país da areia, cobria-se com o melhor cobertor que Chiyo tinha em sua residência, era tratada como uma princesa. Enquanto em Iwagakure, o lençol servido pelo hotel não era suficiente para esquenta-la.

Quando a manhã surgiu, encontrou-se com Shang que a esperava na recepção com um grande sorriso no rosto. Ele parecia mais que disposto a ensina-la.

- Pronta para iniciar o treinamento, Jun-chan? - A olhou de cima abaixo em dúvida - Onde está sua roupa de treino?

- O que há de errado? - Olhou para as roupas que vestia.

- Vem comigo!

Saíram do hotel dando de cara com os civis reunidos como um formigueiro, cheio de pessoas para lá e para cá.  Ruas lotadas eram sufocantes, as pessoas andavam devagar em sua frente enquanto as de traçam apressavam atrasados para o trabalho.

- Onde estamos indo? - Pergunto o seguindo entre a multidão de trabalhadores que passavam por aquele caminho todas as manhãs.

- Comprar roupa!

- O que? Estou confortável com as minhas.

- Me deixe te dar um presente de boas-vindas. - Ele a olhou de canto com aqueles olhos ônix tão misteriosos, embora aparentasse ser alguém muito aberto.

- Não posso aceitar, é besteira. - Além de Gaara e Tsunade, ninguém havia lhe dado um presente, nem mesmo sua irmã mais velha.

- Aqui gostamos de presentear os outros. Aceite. - A puxou para dentro da loja em uma das esquinas que viraram - Aqui vende as roupas mais bonitas.

''Acabou de me conhecer e já me presenteia? Nem mesmo o meu 'pai' fez isso'' pensou encarando seriamente o rosto do menino.

- Vou escolher a roupa, mas eu quem irei pagar. - Tirou de dentro do bolso sua carteira cor de rosa.

- Sou neto do Tsuchikage, não pago pelo que consumo. - Coçou a cabeça um pouco sem jeito.

Em Konoha, as pessoas aumentavam o preço das coisas quando Jun e Misora tinham interesse, isso pois Tsunade tinha problemas com a maioria dos lojistas, que pagavam impostos muito altos para o governo.

- Não tenho essa sorte em Konoha. - Falou passando atenta as roupas nas araras. Nada ali agradava o seu senso de moda, tudo muito colorido ou detalhado demais.

- Olá, como passo ajuda-la? - Perguntou a atendente se aproximando.

- Vocês tem top? - A moça assentiu um pouco sem jeito. Avaliando suas vestes, não era comum que as mulheres usassem roupas que mostram demais. A mulher vestia uma saia justa até um pouco acima dos joelhos, enquanto a parte de cima era um qipao com mangas curtas, mas colado aos bustos. Ali valorizavam as mulheres que cobriam o corpo, mas com roupas que valorizavam as curvas.

- Aqui está os que temos. - Tirou do cabide alguns tops amarelo, preto, rosa, verde e roxo.

- Gostei do preto. - O segurou na altura dos olhos  notando o detalhe branco na lateral - Tem uma calça pelo menos parecida?

- Claro. É conjunto. - Mostrou a calça baggy  preta com o mesmo detalhe branco na lateral - O total é vinte mil ryo.

- Ah, claro. - Dinheiro deveria ser problema para uma diretora de hospital público, mas como carregava o sangue do fundador de Konoha, dinheiro em sua conta e na de sua mãe e irmã, era muito comum.

O sangue Senju - Jun e MisoraOnde histórias criam vida. Descubra agora