Rosamaria e Carol Gattaz descobrem novos (ou velhos) sentimentos durante as Olimpíadas de Londres, em 2012, e acabam se separando no final, mas se reencontram muitos anos depois e Rosa encontra uma pequena ou grande consequência do passado: Júlia.
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Assim que o Zé Roberto me chamou pra jogar, depois delas começarem o set perdendo, foi como se só naquele momento meu sonho realmente estivesse se tornando realidade.
Tipo assim, foda-se medalha, seja de bronze, prata e até ouro, valia a pena estar ali, e eu tentaria aproveitar cada segundo disso.
Fiquei triste por não poder jogar junto com a minha véia, mas torcia para que sua dor não fosse uma lesão maior e que estaria bem já pro próximo jogo.
Ver ela saindo chorando foi como um soco no estômago, doeu em mim, acho que é assim quando algo de ruim acontece com alguém próximo ou alguém que você ama.
E pensando nisso, eu entrei em quadra, preparada pra dar o meu melhor, por ela, pelo time, pela minha família, pelo meu amigos e pelo Brasil.
E foi isso que eu fiz!
Acabando o jogo, vi Carol sentada em um dos bancos com o gelo na perna com uma expressão nada agradável, mas dou um sorriso quase imediato quando nossos olhos se cruzam e vejo seu semblante se aliviar.
Nos aproximamos dela - Parabéns, meninas! Vocês jogaram bem demais! Tô orgulhosa! Que jogo de estreia!
- Você também, véia! Jogou demais! - dá um pausa dramática- Antes de ir com Deus...
- Thaisa! - dou um tabefe na cabeça dela e todos riem discretamente
- Cedo demais? - diz mas não parecendo culpada pelo que disse
- Ai, Thaisa, só você pra me fazer rir essa hora! - Gattaz dá aquela gargalhada própria dela
- Vamo comemorar hoje? - Jaque pergunta receosa
- Não vou se a Carol não for! - Pri fala
- Ah, mas vai sim! Todas vocês vão! - Carol diz com um tom autoritário
- Ah lá! Gattaz acha que tem moral! - Thaisa ri
- Idiota!
Eu gostaria de comemorar, mas sem ela acho que não tem motivo pra isso. Ela sempre foi uma inspiração pra mim, dentro e fora de quadra. Então, tomo uma decisão que vai fazer tanto bem pra mim quanto pra ela, eu acho.
