Nevasca.❟ Heehoon

𝐒.now 03

Sunghoon sentia sua respiração falha, enquanto a capa voava contra o vento, ele carregava nas mãos um punhal e olhos assustados.

Estava assustado.
Muito assustado.

Tanto que sua soltou a respiração que não percebeu que segurava, quando seu corpo chocou-se com algo, melhor dizendo, o peitoral rígido de alguém.
Soltando imediatamente o punhal, apertou os olhos e sentiu suas pernas tremerem.

— Está assustado por que?

A voz familiar o fez suspirar. Em passos breves para trás, os joelhos do garoto assustado se encontram com o chão e ele suspira ofegante.

— T-Tem algo atrás de mim... – Sussurrou ainda amendrontado.

— Um lobo?

Lee se aproximou, estendendo a mão pra tirá-lo do chão.

Sunghoon levantou o olhar tristonho, cheio de lágrimas.
Queria muito desabafar aquilo para alguém, era como sua estúpida vontade de enfiar aquele punhal em si mesmo e matar as lembranças de minutos atrás.  O homem asqueroso em sua direção, tentando toca-lo enquanto seu pai estava afoito falando sobre riquezas e terras da família, era sufocante.

Sunghoon sentiu-se um objeto, porque seu pai estava feliz em tê-lo só agora? Agora que podia negociar.

Manteve seu foco ali, no agora. Respirou o mais profundo que conseguiu e respondeu:

— Meu noivo. – Finalmente pegou na mão do maior, e o Lee o ajudou a ficar de pé.

Heeseung franziu o cenho, olhando em volta. Não sentia cheiro algum, mas não havia se concentrado na real.

Porque tudo parecia um caos.

— Noivo...?

— É uma das maluquices do meu pai.

Era como se visse, e quase apalpasse a angústia do garoto apenas na sua voz. Heeseung queria puxá-lo dali para longe de tudo isso de repente.
Era como a sua estúpida vontade de falar sobre o passado.

Acordou então.

— Ele te machucou? Me deixe ver.

Sunghoon não sabe de onde tirou aquela confiança para levantar a capa de seus ombros e mostrar o arranhão que tinha nos tais, ou porque seu coração bater tão forte ao ver a face bonita próxima.

Ele estava apenas checando o machucado, enquanto Sunghoon poderia jurar que morreria do coração por tamanha beleza, ele era tão delicado quanto um floco. Até sua respiração era gelada e tensa, tão perto, os olhos o estudando que acabaram por desviar do arranhão. Parando nos seus.

Era uma sensação diferente agora.

— Poderíamos ir na minha casa colocar algum remédio. – Disse suavemente, se afastando para pegar o punhal pouco distante.

Sunghoon acordou abruptamente. Se envergonhando ao pensar que ele poderia ter ouvido seu coração naqueles meros segundos, porque o coração implorava por uma morada no lado de fora.

— Você... Faria isso por um desconhecido...?

"Não é um desconhecido" Hee completou mentalmente, umidecendo seus lábios.

— Você não é um desconhecido mau. E eu gostaria de lhe conhecer melhor, então, se compartilha o mesmo sentimento sobre mim. Quer vir comigo? – Falou cada palavra olhando-o .

A neve começou a cair.  Enquanto Sunghoon estava estático, ainda assimilando.
Se conheceram ontem, mas ele parecia tão certeiro de suas palavras. Era uma confiança que fazia o chapeuzinho vermelho, suspirar.

Ele queria confiar.

— Q-Quero...

Heeseung sorriu pequeno.

— O punhal pode ficar comigo por enquanto? Ele não parece nem um pouco afiado. – parecia simpático.

Se não estivessem falando de uma arma branca que Sunghoon usava para se defender.

— Eu...posso machucar alguém com isso, você sabe, não sabe?

Heeseung começou a andar. Sunghoon logo atrás de si, depois da pergunta.

— Se por acaso te machucarem, não é uma má ideia devolver. Você não merece qualquer tipo de machucado, Sunghoon.

Sunghoon sorriu.

Heeseung era com certeza seu floco de neve preferido.

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Noivo?

Galerinha, eu não estou querendo aprofundar porque tenho medo de não conseguir desenvolver. (Sim eu sou inseguro pa Caraí, me perdoem)
Por isso quero começar pela leveza me deixando levar.