Burra, burra, burra. Era isso que se passava na cabeça de elain agora. O quanto ela foi burra e imprudente. O quanto a raiva afetou ela o suficiente para quase cometer uma loucura. Por que era isso não era? Aquela aproximação com Azriel era maluquice, e ele mesmo disse que tudo aquilo foi um erro. Elain já deveria estar acostumada. Ela não desejava Azriel, ela...ela não sabia o que desejava, o que ela sabia e que estava desesperada para tirar o cheiro dele de seu nariz, as batidas do seu coração de seus ouvidos, e aqueles olhos dourados de sua mente. Maldito fosse esse laço de parceria. A algumas semanas atrás, ela tomou coragem o suficiente para perguntar a Rhysand como essa ligação entre dois Feericos funcionava. Talvez ela devesse ter perguntado a Feyre, mas não achou decente ter essa conversa com sua irmã mais nova. Na verdade esse nem era o motivo. Ela só queria falar com alguém que não estivesse a julgando por manter Lucien a distância. Nesta e Feyre fizeram isso. Elas não entendiam. E Rhys foi educado, paciente, e recatado. Disse o necessário usando as palavras certas. Elain sabia como o laço funcionava agora.
Ela sabia que Lucien poderia detectar o cheiro de outro macho nela a quilômetros. Ela sabia também que isso o machucaria. Mas quando seus olhares se encontraram, naquele mesmo instante em que Azriel acariciou sua pele, ela ficou com raiva. Elain queria que ele sentisse um terço do que ela sentiu quando foi jogada naquele caldeirão. E quando a boca de Azriel quase tocou a dela, Elain sentiu repulsa de si mesma, por que podia ouvir o qual desesperado o coração de Lucien batia no topo daquela escada. Ele não tinha culpa. Não era culpado. "Você nós traiu" ela disse a ele uma vez. Não era verdade.
Então. Aqui estava ela. Parada na porta do quarto de Lucien. O que ela faria? Pediria desculpas? Que besteira. Elain não devia desculpas a ele, Lucien quem devia desculpas a ela. Ela falaria com ele. Diria tudo o que tinha vontade. Estava cansada de guardar tudo dentro de si. Elain esticou a mão em punho, pronta para bater na porta, mas ela se abriu sozinha. Sua testa se franziu, e elain esticou o pescoço, tentando olhar para dentro do quarto. Não havia ninguém na cama. Ela terminou de empurrar a porta. Não havia ninguém no quarto. Bem, Elain sabia que ele estava na casa. Ela viu ele durante o jantar, e depois no jardim com Feyre. E então ele se despediu e subiu para o próprio quarto. Provavelmente para evitar sua campainha. Ela não o julgava.
Elain caminhou pelo corredor. Focando sua atenção nas batidas do coração de Lucien. Elain nunca deixou de ouvi-lo. E era somente o dele. Elain não ouvia o de Feyre, ou o de qualquer outra pessoa. Apenas o de Lucien. Elain desceu as escadas, e foi até o jardim. Mas quando chegou a porta, ela sentiu todo seu corpo congelar. Lá estava ele. Lucien estava sentado ao lado do canteiro de rosas, recém plantadas, que ela havia cuidado o verão inteiro. Para que quando o aniversário de Feyre chegasse, seu jardim estivesse maravilhoso. Lucien acariciou com o dedo a pétala de uma das flores, e a planta pareceu vibrar com seu toque. O corpo de Elain imediatamente despertou. Sua camisola, muito fina para uma noite fria como aquela, se tornou completamente inútil contra o vento que açoitou seus cabelos. E nesse instante, foi como se Lucien tivesse percebido a presença dela, pois seu corpo inteiro ficou ereto. Sua mão se afastou da rosa, e ele ficou de pé. Elain nunca admitiria isso, talvez nem pra si mesma. Mas Lucien era lindo. Se tivesse que escolher entre a beleza dele e de qualquer outro macho daquela corte, com certeza ela escolheria Lucien. Seus cabelos ruivos balançaram, seus ombros largos, e seus músculos bem definidos pela camisa branca que usava pareceram se contrair. Ela estava o incomodando.
— Me desculpe. Não sabia que havia alguém aqui. - Elain se achou estúpida por sua voz sair tão baixa. Mas, Lucien não se virou para ela. Na verdade, Elain começou a achar que ele não estava respirando, até que uma risada quase cruel saiu dele.
— Óbvio que não sabia. - Seu tom ácido, e cheio de amargura fez Elain engolir em seco. Seus punhos se fecharam, e ela respirou fundo.
— Não queria incomodar.
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Uma Segunda Chance - HC elucien
Fantasi"Elain ficou paralisada. Chocada e triste demais para dizer qualquer coisa. - Eu não pedi isso. - Estúpida. - Ora eu também não! Acha que se eu pudesse escolher uma parceria, escolheria alguém que obviamente tem repulsa por mim? Alguém que eu mal co...