Uma Segunda Chance - HC elucien

POV: Lucien

Estúpido. Ele estava sendo estúpido. Pois sabia que no momento em que tocasse nela, Lucien jamais conseguiria se afastar. E cá estava ele. Envolvendo a mão pequena e macia de Elain no calor das suas. Lucien estava hipnotizado. Completamente hipnotizado por ela. Quando viu Elain tão perto de ser tocada por Azriel. Lucien pensou que poderia destruir este muito com um único grito. Mas ao invés de ir reivindicar o que era seu, ele apenas saiu. Elain não era dele para reivindicar. Seguiu seu caminho até o jardim, onde ele secretamente observava Elain cuidar das flores de vez em quando, e chorou silenciosamente. Por que é isso que um macho de verdade faz não é? Abre mão da sua parceira se ela estiver feliz com outro? Lucien não se sentia pronto para abrir mão de algo que nem teve a chance de experimentar. Mas ele se lembrou das palavras sussurradas por Rhysand em sua mente.

"Sei como se sente. Essa dor nunca vai embora. Mas você aprende a viver com ela. Como se fosse uma ferida que jamais cicatrizou. Se concentre no que importa, o bem estar de sua parceira."

Rhysand havia aceitado ver e sentir sua parceira amar outro homem. Dormir na cama de outro. E não qualquer homem. Um de seus piores inimigos. Lucien admirava Rhysand por isso. Mas jamais o deixaria saber. Qualquer outro macho teria indo atrás da parceira e reivindicado o laço. Mas se ele tivesse feito isso, Feyre teria o odiado. E mesmo agora, vendo como era feliz ao lado dele, naquela época Feyre jamais teria pensando nisso. Lucien aprenderia. Lucien lutaria por isso. E se Elain estivesse sorrindo e feliz, ele estaria contente. Por que no final de tudo, era isso que importava.

Mas agora. Céus, ele estava tocando nela. Ele parecia estar em um de seus sonhos. Elain parecia tão calma e serena em sua frente. Seus lábios haviam parado de tremer. Sua mão estava quente, graças ao poder de jogo que corria nas veias de Lucien. Ela não podia deixá-lo ir. Ele não entendeu o que ela quis dizer. Mas não se importou, por que isso acendeu uma nova luz em seu peito. Lucien não desviou os olhos dela conforme esticava uma de suas mãos para pegar a outra de Elain. Ele juntou as duas ao redor das dele, e aqueceu a pele suave com um sopro. Elain suspirou, e aquilo vez o corpo de Lucien se acender. Ele deu mais um passo para frente, seus corpos finalmente encostados um no outro. Elain era tão macia. Lucien queria apenas abraçá-la. Envolver seu pequeno corpo ao redor de seus braços e senti-la. Apenas ouvir o som de sua respiração calma.

- Você é tão quente...não é como o calor corporal comum e...diferente - Elain sussurrou, parecendo meio tímida. Lucien sorriu para ela. Seu peito subindo e descendo lentamente por causa de sua respiração. A máscara de frieza e indiferença que ela costumava usar desaparecendo.

- E eu sei...e o fogo em minhas veias, e esse meu dom.

- Você é da outonal, controla o fogo. - Não era uma pergunta, mas Lucien acentiu.

- Exato. Você sabe muito sobre minha antiga corte? - O polegar de Lucien acariciou o torço da mão de Elain, e ele quase gemeu quando ela se inclinou ainda mais para ele.

- Eu li alguns livros, mas sei só o básico, o que qualquer pessoa que nunca visitou o lugar saberia. - Elain pareceu triste quando disse isso. Ela não saia daqui. Lucien sabia que dés da guerra, prenderam Elain atrás dessas proteções. Ela parecia tão curiosa, Lucien sempre a imaginou assim graças ao pai das Archeron. A conversa longa que os dois tiveram ainda estava muito fresca na memória de Lucien. O homem falou tudo o que sabia sobre as filhas, e Lucien chegou a ficar emocionado. Ele sabia o quanto o pai delas havia falhado com as 3, mas ainda sim, quando ele falou de cada uma delas, era impossível não reparar no amor e carinho que ele tinha pelas filhas. E o arrependimento que parecia tirar toda a vida de seu rosto.