As descobertas de um tigre

Mordedor vermelho

*voltando normalmente como se nada tivesse acontecido*

Pra compensar, resolvi voltar com essa atualização tripla e com uma novidade: No final de cada capítulo, teremos agora uma atividadezinha para vocês fazerem!

Espero que gostem!

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Um bom tempo se passou desde aquele dia em que Tigre experimentou o berçário, mas não pode continuar indo por causa dos planos serem um tanto caros, por isso, apesar do receio, resolveu colocar a mão na massa e ir com tudo nas suas lives.

E assim, aqui agora está ele, feliz da vida com um planinho de seis meses no berçário, na qual ele optou por ir no dia e horário que quizer, sem essa coisa de seguir rotinas como os outros.

Sempre que pode, junta suas coisas (especialmente Stich) e vai se divertir com os outros pequenos ali, principalmente Cobrinha, que com muito esforço conseguiu uma linda amizade com Tigrinho.

Porém, algumas coisas não mudaram.
Tigrinho ainda continua sem conseguir falar durante as regressões, as vezes usando apenas sinais pra se comunicar, e nas raras vezes em que falava, gaguejava algumas pequenas palavrinhas.
Lobo lhe disse que isso era ser um "pequeno não-verbal", pequenos que assim como ele, não soltam a voz durante as regressoes, e tá tudo bem ser assim!

Tigrinho adorava como a creche inteira era um espaço bem confortável para ser o que quizer.
Uma prova disso é outra coisa que não mudou desde o primeiro dia que regressou lá: Ficar naquele pequeno espaço entre o sofá do berçário e a parede.

Por ele quase nunca não sair de lá, os outros pequenos começaram a chamar aquele canto de "Toca do Tigrinho" e até mesmo não deixavam ninguém além dele e Stich ficar ali, o que o deixou feliz.
Por mais que a creche inteira fosse legal, com pessoas legais e tudo mais, Tigrinho curtia sua toquinha por ser seu "espaço de conforto" ou algo assim, não sabia explicar direito como.

O resultado disso: Quando alguém perguntava: "Tigrinho, por que não sai daí?", ele apenas encarava a pessoa por alguns minutos com uma carinha esquisita e fazia que "não" com a cabeça.

Depois disso ninguém o incomodava por causa da sua toquinha, então pelo menos na cabeçinha do Tigrinho, aquela resposta dava certo.

Eram mais ou menos 2 horas da tarde, e lá estava o pequeno brincando com Cobrinha enquanto esperavam o resto da turminha do berçário acordar da sonequinha pós-almoço.

- Não, não é assim! - Cobrinha reclamou. Ela e Tigrinho estavam brincando com uma torrezinha de anéis e pelo jeito, o pequeno em sua toquinha tinha errado a ordem.
- Primeiro é esse, depois esse, esse... - Ela dizia enquanto colocava cada anelzinho. - E... É assim que fica!

- Parabéns, Cobrinha! Mesmo que tenha ficado meio esquisito... - Gato se aproximou.

Enquanto os outros babás estavam ocupados cuidando dos pequenos que ainda estavam descansando, Gato estava ali para ficar de olho nos que continuaram acordados, no caso, apenas Tigrinho e Cobrinha.

Por mais que o seu "maior cuidador" fosse Lobo, Tigrinho até que conseguiu ficar mais próximo dos outros cuidadores também.

- Hm? - O pequeno encarou a maior, confuso, Cobrinha também estava.

- Querem que eu mostre? - Os dois pequenos mostraram que sim. - Bem, o primeiro de todos é o vermelho. Tigrinho, você sabe qual é o vermelho?

O pequeno pensou, pensou e pensou... E com um pouquinho de receio, apontou pro anel verde.