Pai! (Flashback apenas!)

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Essa história aborda assuntos pesados como drogas, assédio, depressão, ansiedade e outros, então caso você for sensível a qualquer assunto assim é só sair.

Boa leitura!

Nota: Esse episódio será apenas flashback.
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Como que nem outro sábado normal, o pai de Doroty a levou para caçar. Doroty ainda era uma aprendiz, ela não era obrigada a ir caçar com seu pai, mas sempre quando o via saindo, ela o seguia.

- Não quero que você faça isso sem minha supervisão, ouviu, Doroty? - Ele anda atrás dela, que está saltitando de ansiedade pela floresta até o local de caça.

- Calma, pai. Já tenho 8 anos, posso me cuidar. E meu aniversário está chegando, então eu já sou praticamente uma moça. - Doroty olha para trás.

- Sim, uma bela moça. Só preciso que você pare de pular que nem uma pulguinha.

Doroty ri, e eles chegam no ponto.

- Hoje mais cedo, vi vários cervos por aqui. Só que normalmente há mais coelhos. - O pai dela diz, enquanto arruma tudo. Doroty o olha com atenção.

Esse local é o Círculo dos Felinos. "Um dos melhores locais para caça", o pai dela dizia. Havia muita locomoção em relação aos animais.

Depois dele acabar de arrumar tudo, Doroty vê, bem longe, arbustos se mexendo.

- Acho que tem alguma coisa alí. - Ela sussurra pro seu pai. Ele aponta para ela se preparar para a mira.

"Tudo bem, se prepara, você tem um alvo. Não sei onde está, provavelmente entre os arbustos." Doroty pensa.

Ela mira, ela recua. Doroty olha para seu pai e ele faz um "Ok" com a mão. Ela mira, novamente.

O arbusto se mexe novamente e nesse exato momento ela atira. Só que sua pele se arrepia na hora, e ela quase cai para trás.

Ela atingiu algo, ela sabe disso, seu pai também.

- Você conseguiu, Doroty! Se levanta, vamos lá ver. - Ele ajuda Doroty a se levantar e vão correndo.

Ela corre meio desajeitada.

- Não... Eu... eu não queria. - Os olhos de Doroty se enchem de lágrimas.

O pai dela pega o gato. - Ah, Doroty...

Ele já está morto...

Doroty começa a chorar, ela esconde seu rosto com as duas mãos e senta no chão.

- Calma, filha, acontece, não era sua intenção. - O pai dela, ainda segurando o bixo, se abaixa e se senta do lado de sua filha.

- Eu nunca mais vou caçar! - Ela diz, entre soluços. - Não quero cometer esse erro de novo. - Ela ainda se esconde.

Ela está horrorizada. É como se ela fosse se sentir culpada disso para sempre. Esse gato era um gato bebê, poderia ter uma família. Ou até ser solitário, um gato solitário, mas ele podia gostar disso. Doroty destruiu uma vida.

- Eu... eu sou uma assassina, pai? - Ela olha para ele, seu rosto sujo por causa das suas mãos que estavam um pouco sujas de terra.

O pai dela coloca o pequeno gato ao seu lado e limpa as lágrimas da Doroty.
- Não é... Você nunca será uma assassina. - Ele a abraça. - Olha, isso já aconteceu comigo várias vezes, não foi minha culpa. E como eu sempre miro mais para longe, você sabe como seu pai, em relação á visão, é um velho - Ela ri enquanto chora. - Essas coisas acontecem, Doroty. Todos cometem erros, e você não é um monstro por causa disso. - Ele acaricia o cabelo de Doroty.

Depois disso, eles levantam e decidem fazer uma mini lápide para o gatinho. Doroty escreve numa plaquinha e seu pai também.

- Você acha que ele me desculparia? - Ela pergunta ao seu pai, enquanto põe uma florzinha na terra.

Ele envolve Doroty com seu braço. - Ele não ligaria. Gatos não se importam. - Ele sorri e ela também sorri.

- Pai, eu quero ter um gatinho! - Doroty sorri, com inocência.

- Então acho que teríamos que amarrar sua mãe.

Os dois dão risadas e logo voltam para casa.

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Agradeço por ler :)

Próximo episódio em breve.

World's Love - Capítulo 2Onde histórias criam vida. Descubra agora