parte II

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antes de mais nada, gostaria de agradecer pelo carinho com o qual receberam o primeiro capítulo. muito obrigada por cada votinho e comentário deixados por aqui. obrigada mesmo ♡

perdoem-me pelos erros e relevem as (várias) licenças poéticas huehue. boa leitura, estrelinhas :)

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#NamuAlien

HYUNGS!

Quando estava a menos de dez metros do portão da nave, acreditando veementemente que os colegas de missão estavam ao seu lado — os passos débeis de Jimin acompanhando-lhe trouxeram essa certeza —, Seokjin escutou um grito. O som longínquo quase não conseguiu se sobressair ao volume dos uivos que o vento radioativo provocava ao chocar-se contra a cadeia montanhosa, mas o general reconheceria aquela voz em qualquer lugar, sob quaisquer circunstâncias.

— Jungkook? — ele perguntou a si mesmo, enquanto parava de correr e buscava pelo biomédico com as sobrancelhas franzidas em confusão. E quando o encontrou a metros de distância de onde estavam tentando alcança-los com visível desespero, o capitão sentiu o chão sumir abaixo dos seus pés.

Mas, ele não estava sozinho.

HYUNGS! — foi só naquele momento que Jin percebeu que não escutava o mais novo através dos fones do comunicador. As modificações no campo magnético do planeta provocadas pela tempestade devem ter danificado o aparelho — CAPITÃO, JIMIN-SSI! ME AJUDEM AQUI!

— Mas o que- — por um momento, Seokjin travou.

— Ele- de onde aquele cara saiu?! — e pela voz esganiçada de Jimin, ele não estava diferente do maior.

O que os olhos arregalados deles viam era um Jungkook histérico e desesperado carregando um homem nu e enorme pelos ombros, tentando arrastá-lo através da planície rochosa com bastante dificuldade. O biomédico segurava a cintura escorregadia do desconhecido — ele suava uma espécie de óleo, o qual reluzia sobre a pele castanha que, por sinal, empalidecia mais a cada segundo — enquanto mantinha o braço dele sobre seus ombros tensos. Mas, além de grande e pesado, o indivíduo estava fraco demais para, sequer, caminhar.

E era por esse motivo que Jeon precisava da maldita ajuda de Jin e Jimin, que escutaram seus gritos e pararam de correr, mas não moveram um músculo sequer.

— Mas que porra, eles estão surdos?! ME AJUDEM AQU- — sua própria voz foi bruscamente interrompida quando os pés descalços daquele que carregava tropeçaram em um pedregulho no meio do caminho e derrubaram o corpo fraco e pesado no chão.

Jungkook até tentou impedir que a queda acontecesse, mas suas forças quase esgotadas não foram suficientes para evitar que os joelhos já machucados dele se chocassem com força nas pedras íngremes, ferindo ainda mais a pele ensanguentada. E quando ele viu o líquido azulado vertendo com abundância pelas pernas longas, o biomédico se desesperou ainda mais, se é que aquilo era possível.

— Ai meu Deus, me desculpe! — Jeon tentou levantar o homem novamente, mas ele parecia prestes a perder a consciência. Segurando o rosto terrivelmente pálido entre suas mãos enluvadas, ele começou a chorar de nervoso — Ei! Não! Não morra, por favor! Estamos quase lá, eu vou ajudar você! HYUNGS! MAS QUE MERDA! SOCORROOO!

— Jin hyung, ele precisa de ajuda! Vem! — foi Jimin quem despertou do choque primeiro, começando a correr com toda a energia que lhe restava em direção ao colega, que estava ajoelhado no chão com a cabeça do indivíduo desacordado sobre seu colo.

Seokjin, por outro lado, também começou a correr segundos depois, mas sua mente e suas pernas não trabalhavam em sincronia. Enquanto se perguntava quem — ou o que — era aquele cara, ele utilizava a confusão e o desespero como combustíveis para acelerar seus passos, ultrapassando o mecânico que disparou na frente e alcançando o biomédico antes que Park pudesse fazê-lo.

O SÉTIMO PASSAGEIRO | namkookOnde histórias criam vida. Descubra agora