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Hope Mikaelson retornou.

Claro que agora com sua família viva novamente, não demorou muito para que recuperassem sua humanidade. O processo foi simples, reunir os Mikaelson's, procurar a Hope e deixar que a surpresa em ver seus pais mortos - agora vivos - fizesse uma explosão de sentimentos na garota, e assim sua humanidade voltaria automaticamente

- Nossa família deveria aprender o significado de estar morto - Comentou Kol Mikaelson entrando na sala onde se encontrava os outros da família.

- E você deveria aprender o significado de ficar quieto, irmão - Resmungou o híbrido.

- Por deus, não comecem! - Elijah fechou o livro que estava em sua mão.

- Não que eu esteja reclamando, mas Kol está certo - Disse Rebekah - Nossa família tem um enorme problema em ficar morto.

- Vocês viram a Hope? - Perguntou Hayley descendo as escadas.

- A última vez que a vi, ela estava com irmãs bruxas. - Freya respondeu observando a interação de seus irmãos.

- Deveríamos agradecer as filhas de Caroline, se não fosse por elas não estaríamos mais aqui. - O nobre comentou.

- Então agradeça por mim irmão, tenho coisas mais importantes para fazer - Klaus encheu o copo de whisky e caminhou ate as escadas. No entanto, antes de começar a subir os degraus, o loiro sentiu uma pontada em seu coração e deixou o copo de vidro cair e se despedaçar no chão.

- O que foi? - Perguntou Rebekah.

- Ahn, nada de mais. Só um mal estar, provavelmente consequências de voltar dos mortos. - Respondeu o homem, e então ele subiu as escadas em direção ao ateliê.

Assim que entrou no cômodo, ele caminhou até alguns quadros brancos e tintas novas. Montou o equipamento, e com o auxílio de um pincel, ele melou em uma das cores da tinta e arrastou o pincel sobre a tela formando traços. Após algumas horas, os traços foram se transformando em uma linda mulher, de cabelos ruivos e os olhos tão azuis quanto o oceano.

Klaus sabia muito bem quem era aquela mulher. Seria impossível não saber, quando ela sempre surgia como um fantasma em sua frente quando ainda era morto.

Aquela estranha, foi uns dos motivos pelo qual tinha conseguido seguir em frente. Embora, agora, ele acredita que nunca mais a verá novamente fora das telas.

- Pai? - Hope apareceu na porta do ateliê.

- Sim, querida?

- Vim ver como o senhor está. Quer dizer, você passou as últimas horas trancado aqui. Tio Elijah está preocupado. - Ela andou até o lado dele e encarou o pintura recém feita.

- Eu estou bem, só um pouco pensativo. - Ele sorrio e beijou a testa da filha. - Como você está?

- Está sendo um pouco complicado. Meus amigos perderam totalmente a confiança em mim depois de tudo, e bem, eu entendo eles. Fiz coisas horríveis durante todo esse tempo com a humanidade desligada. - Ela suspirou e encostou a cabeça no ombro do pai.

- Fazer coisas horríveis faz parte da vida, Hope. O importante agora, é que você voltou, e se arrependeu. Mostre a seus amigos que você é digna da confiança deles novamente, não se culpe por algo que faz parte da sua natureza.

- Eu senti a sua falta, Pai.

- Eu também senti a sua falta, minha princesa.

- Quem é ela? - Hope perguntou olhando para a mulher do quadro.

- Sinceramente, eu não sei. - Ele olhou para os olhos da pintura - Mas eu sinto que ela está me chamando.

- Posso fazer um feitiço se quiser. Assim vice pode tentar se comunicar com essa mulher.

- Consegue fazer isso? - Ele perguntou, com esperanças de que veria, mais uma vez, o seu anjo ruivo.

- Eu sou uma Mikaelson, é claro que eu consigo. - Ela sorriu para ele - Eu só vou pegar umas velas e sal. - Ela saiu e logo depois voltou junto com os objetos.

A Tri-hibrida fez um círculo com o sal e em volta colocou as velas, ela mandou klaus entrar dentro do círculo e com um pequeno movimento da mão as velas acenderam. Logo Hope recitou um feitiço em Latin, e Klaus caiu desacordado no chão.

O loiro ao abrir os olhos percebeu que estava dentro de um quarto no hospital. Ele se levantou e ao olhar a sua volta, percebeu a ruiva deitada na cama. Klaus caminhou até ela, e observou cada detalhe do rosto da mulher.

- Klaus? - Ele olhou para o seu lado e viu a mesma mulher em pé. Confuso, alternou o olhar entre a ruiva na cama dormindo e a que estava do seu lado.

- Por favor, não se assuste. Eu sou só um espírito, meu corpo está em coma a dez anos. - ela se apressou a dizer.

- Quem é você e como sabe o meu nome? - Ele perguntou.

- Eu sou Chloé Evans, uma bruxa de Nova Orleans. Sei quem é você, pois somos almas gêmeas. E você também sabe disso, você sente a nossa ligação.

- O que aconteceu para você estar em coma?

- Meu coven. Eles são obcecados pela magia, entende? Mataram a minha irmã, e tentaram matar a mim também. Por sorte, ou azar, eu fiquei em coma. Mas os médicos pretendem desligar os aparelhos logo, e eu irei morrer assim que for feito. - Chloe olhou para o seu corpo. - Por isso tentei entrar em contato com você, mas nada funcionou.

- Mas agora eu estou aqui. - Ele disse antes de começar a tossir.

- Não por muito tempo, você tem que voltar se não irá ser pego pelo meu coven.

- Não posso deixar você!

- Volte! E me procure, estou no hospital principal de Nova Orleans, não deixe que desliguem os aparelhos. - Ela apontou para o colar no pescoço - Destrua esse colar e eu irei acordar!

Então Klaus sentiu os olhos pesarem, e quando os abriu estava de volta no ateliê.








Aways - Klaus MikaelsonOnde histórias criam vida. Descubra agora