Capítulo 10

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Finalmente a tão esperada conversa vai acontecer, os conselhos que eu recebi na enfermaria não foram conselhos do baji, foram da senhora mey e as desculpas do baji foram "nunca dei um fora em uma pessoa próxima a mim." E "eu não vou ajudar a pessoa que eu gosto a dar um fora em outro cara, é injusto, mas nem pense em ficar com ele". Resumindo vou seguir o conselho da senhora mey, falar toda a verdade, menos a parte sobre o baji.

O mio falou que nossa conversa que seria depois do horário de aula na sala do conselho já que estaríamos só nós dois. E advinha só! As aulas já acabaram acabei de me despedir do povo, e agora estou indo para a sala do conselho.

-ah também está indo para lá? –ouvi a voz dele vir do meu lado direito

-então, você falou que queria conversar –sorri

-e quero mesmo –riu começando a andar ao meu lado

Não demorou muito até estarmos na sala do conselho, eu estou muito preocupado para ficar falando sobre coisas aleatórias, só consigo pensar em como vou falar a verdade para ele.

-então o que queria me falar –fingi desinformação

-é algo que eu quero te falar a muito tempo, quase te disse aquele dia na lanchonete, mas não queria falar aquilo por motivos tão bestas –riu após falar, eu apenas fiquei sentado em uma cadeira ao lado da mesa enquanto ele estava de pé

-ah sim, eu não entendi muito bem aquele dia- ri sem graça

Ele se aproximou rapidamente, puxando uma cadeira se virando, e ficando a minha frente.

-eu te amo, a muito tempo. Não é na forma de amizade, eu te amo de todas as formas possíveis. Aquele dia que eu estava estressado era porque eu sabia o que aquele cara nojento sente por você, mas ele não é como nós, nós entendemos tudo sobre o outro, eu sei tudo sobre você e faria tudo por você. Esses dias eu consigo ver em seu olhar um interesse, sinto que esse interesse é por alguma pessoa da escola. Realmente espero que seja por mim –segurou minha mão enquanto falava, ele estava sorrindo, nem estava preocupado.

-mio, sinto muito, eu não sinto isso por você –olhei para ele que tirou o sorriso do rosto

-não fuyu, se não é por mim é por quem? Não tem outra pessoa. Nós somos iguais, eu sempre estivesse junto de ti, sempre te amei –aumentou o tom de voz

-eu não estou falando que há outra pessoa –tentei explicar –estou tentando dizer que te vejo como um irmão, nós somos tão parecidos, mas não é para um relacionamento

-fuyu essa explicação de me ver como um irmão está ultrapassada –reclamou indignado –você gosta daquele babaca

- eu não gosto –menti obviamente

-gosta sim, deveria parar de mentir para si mesmo –se levantou estressado e começou a andar pela sala –quer que eu mude o cabelo, comece a treinar, seje babaca, sínico e convencido? Que eu mude tudo em mim? Eu mudo!

-o que? Claro que não! Isso não mudaria a forma que eu te vejo! –me levantei também

-então me deixe provar pra você que eu consigo fazer você sentir prazer com toques físicos! –deu meia volta se aproximando de mim

Chifuyu se lembre do que disseram.

-não, mio pare com isso, nada disso vai me fazer gostar de você dessa forma, pelo contrário vai me fazer te odiar –reclamei me afastando

-o que fizeram com você –perguntou com um riso sínico –você se tornou uma pessoa deplorável

-se eu sou uma pessoa deplorável da forma que você fala, não estaria falando isso. –após dizer isso eu apenas sai da sala e fui direto para a sala da diretora.

Os Opostos se AtraemOnde histórias criam vida. Descubra agora