Na floresta fria e solitária, eu chorava de remorso por ter matado meu clã e minha aldeia. Tudo para mim parecia perdido e acabado, não sabia se eu iria sobreviver, sozinha, com a mente pesada, sabendo de tudo que eu tinha feito. Eu estava perdida, em um isolamento tão profundo, como se eu estivesse presa em um buraco negro de tormento e mágoa, doía demais!Eu estava com minha cabeça entre as pernas, repensando a minha vida. De repente, ouvi passos na mata, eles se aproximavam de mim, até que eles pararam, sem medo, levantei minha cabeça devagar e olhei para cima e me assustei ao ver uma mulher, de aproximadamente 30 anos, me olhando, eu, sem esboçar reação, apenas retribui o olhar, sem dizer uma palavra.
Mulher: - Por que chora menina? – perguntou a mulher seriamente.
Eu estava um pouco assustada, não sabia o que dizer, mas respondi rispidamente e com cara de poucos amigos...
Hana: - Vá embora! – eu disse e voltei a me isolar.
Mulher: - Por que? – perguntou ela.
Hana: - Eu não quero te machucar, vá embora! – eu disse com um tom ameaçador.
Mulher: - E por que você me machucaria?
levantei minha cabeça novamente, limpando minhas lágrimas com minhas mãos e a olhei...
Hana: - Eu sou um monstro, fiz coisas das quais me arrependo. – arfei com os olhos cheios de lágrimas.
Mulher: - Por que diz isso? Poderia me contar? Eu não vou te machucar. – ela se agachou me olhando.
Pensei por um instante: eu não conhecia essa mulher, e se ela soubesse o que eu tinha feito, talvez ela quisesse me matar.
Hana: - Eu não sei se deveria contar, é muito triste, mas como você quer saber, então vou tentar resumir: eu matei o meu clã e os aldeões da minha aldeia, mas algo possuía meu corpo e não pude lutar contra.
A mulher não expressou medo ou ódio, pelo contrário, ela permaneceu intacta e séria...
Mulher: - Entendo...
Me surpreendi ao ver a reação dela, isso me deixou desconfiada.
Hana: - Você não vai fugir ou tentar algo contra mim?
Mulher: - Não, porque eu faria isso? Eu quero te ajudar.
Hana: - Bom, eu sou um monstro! Eu matei meu clã e a minha vila, você deveria ficar com medo...
A mulher desconhecida se levantou e olhou para mim...
Mulher: - Você não é um monstro, você não fez isso porque quis, estava fora de si, não é o que você me contou?!
Sem acreditar, ainda receosa, olhei para ela, me perguntando quem poderia ser essa mulher. Por que não sentiu medo de mim.
Mulher: - Não me olhe com essa cara, como se estivesse surpreendida por eu não fugir, por eu não te atacar, ao invés disso, seque suas lágrimas e venha comigo, eu vou te ajudar a descobrir o que te fez agir dessa forma e superar sua dor.
Fiquei um pouco duvidosa e hesitante com o convite dela, eu nem a conhecia, porque ela me ajudaria?!
Hana: - Por que eu aceitaria a ajuda de uma estranha? Você pode muito bem estar armando algo contra mim
Mulher: - Não era o que você queria? Ajuda? Eu não vou te machucar! Se eu quisesse fazer isso, já teria feito há muito tempo e, se você continuar sozinha aqui na floresta, você encontrará seu fim rapidamente, a floresta é perigosa.
Eu aceitei a ajuda dela, pensei que eu poderia me recuperar, mas não vou confiar totalmente nela, eu não a conheço.
Hana: - Tudo bem, eu vou com você, mas vou levar minha gatinha comigo – peguei Fluffy do chão e a coloquei em meu colo mostrando-a a mulher.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Origami To Kōri
أدب الهواةOi pessoas☺️ estou passando aqui pra deixar um pouquinho da fanfic da minha irmã, caso alguém goste da história e do gênero dê uma passadinha lá no perfil dela🫶🏻 @TiaSakura14 - Uma jovem sofre por suas perdas do passado e se cobra constantemente...