Capítulo II

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Você de novo

O dia mal começou e já me sinto arrependida por ter aceitado o convite indireto de minha irmã. A vontade de cancelar foi tão grande que apaguei diversas vezes uma mensagem dizendo para deixarmos para outro dia. Mas não posso fazer isso com ela. Não, aguentarei isso por Hanabi, afinal, já perdi muito tempo.

Depois de uma hora correndo na esteira, enviei a maldita mensagem dizendo para chegarem para o almoço.

Quando cheguei no primeiro degrau, pronta para correr para o chuveiro, a campainha soou aguda. Trinquei o maxilar e abrindo a porta, contei até dez e mais dez e mais um pouco. Não estavam apenas meu irmão e minha cunhada, como Hanabi, Maru e sua família também estavam ali, alguns segurando sacolas. Sorrisos estampavam os rostos despreocupados.

- O que fazem aqui tão cedo? - Meu tom ríspido fez o sorriso de Hanabi, Maru, e Ino sumirem. O contrário do de Neji e Minato, que só aumentou.

- Faz semanas que não nos vemos, e é assim que nos trata? - Neji entrou me abraçando, mas me afastei rapidamente.

- Falei para virem para o almoço, não três horas antes. - Respirei profundamente massageando as têmporas.

- Desculpa, Hina, achei que seria bom se viéssemos ajudá-la - Hanabi falou baixinho.

Forcei um sorriso e falei com um pouco de deboche.

- Entrem, vamos passar esse dia como uma linda e feliz família. - Meus irmãos juntaram as sobrancelhas. - Hanabi, mostre a casa a eles.

Ainda na porta, observei minha irmã guiando os quatro até a sala. Suspirei baixinho. Não é como se não estivesse feliz por vê-los, apenas imaginei ter um pouco mais de tempo para me preparar mentalmente. Um pigarro baixinho me fez voltar a realidade e olhos azuis me encaravam de cima. Minato não saiu nem por um segundo dali.

- Quero me desculpar em nome de todos por vir sem avisar e também quero agradecer pela belíssima recepção. - Trinquei o maxilar. - Trouxe vinho, talvez isso ajude em alguma coisa.

Ergui o queixo encarando seu rosto, os lábios formavam um sorriso divertido.

- Devo agradecer?

Ele deu de ombros e colocou a mão vazia no bolso.

- Se isso não ferir seu orgulho. - Os olhos brilharam com luxúria. - Não nego a vontade de ouvi-la agradecendo, entretanto, prefiro ouvi-la gritando meu nome com puro prazer.

Soltei um riso nasal e não escondi a revirada de olhos.

- Sonhar é de graça, e pelo jeito você aproveita muito isso.

- Você não faz ideia de como aproveito.

Ia responder, porém minha irmã apareceu, os olhos correndo entre eu e o sogro.

- Está tudo bem? - perguntou receosa.

- Sim, estava falando para Minato que poderá usar o que quiser da cozinha e também agradeci pelo vinho.

O loiro estalou a língua e o fuzilei com o olhar.

- É isso mesmo Hana. Bom, irei começar nosso almoço. Com licença.

Subi as escadas escutando os passos da mais nova. Ela esperou estarmos no quarto para começar a falar.

- Qual o seu problema, Hinata?

Sentei na ponta da cama tirando os tênis e as meias.

- O meu problema? Bom, eu falei para chegarem mais tarde. Não tirei o pó do piano.

Você de novo (MinaHina)Onde histórias criam vida. Descubra agora