AMETHYST - JIKOOK

ONE

     Jimin era um rapaz pobre de nascença, nunca conheceu a riqueza e tão lhe importava essa, não podia sentir falta de algo que nunca teve não é? O mesmo poderia ser dito sobre seu pai que foi embora antes que ele nascesse, nem sequer o viu em fotos, e como poderia? Sua mãe nunca lhe permitiu sequer saber o nome do progenitor que "perdeu a linda oportunidade de conhecer o fofuxo da mamãe" - palavras da própria Park Boo-He, uma adorável senhora de meia-idade que respondia também como mãe de Park Jimin - e o garoto também não sentiu que se o tivesse ao lado sua vida seria diferente, Jimin não passou em nenhum momento de sua vida, não foi rodeado de riquezas, mas sua mãezinha cuidou bem de si e deu o seu melhor para que o filho tivesse o que precisava para crescer bem e saudável.

     Mas a senhor Park já estava cansada de trabalhar e Jimin queria dar-lhe um futuro melhor e a deixar descansar após tanto... sem falar que tinha despesas da faculdade para pagar e já não era justo deixar sua mãe arcar com tudo. Como um bom garoto inteligente ele contava com uma bolsa de estudos, mas os livros e matérias didáticos ainda eram caros e a faculdade não disponibilizava e foram essas necessidades que fizeram Jimin sair em busca de emprego, tentou em todos os lugares e nada o assustava, não tinha medo de trabalho e aceitaria qualquer coisa para poder arcar com suas despesas. Foi ao passar na frente uma joalheria que seus olhos brilharam ao notar uma placa vermelha com elas brancas que dizem "procura-se aprendiz de joalheiro" seus olhos brilharam e achou a ideia perfeita, adoraria aprender a fazer peças lindas e únicas, igual as que estava vendo na vitrine da loja.

     Passaram seis meses desde que Jimin havia iniciado seu treinamento como joalheiro aprendiz, senhor Choi era um bom patrão, ensinava o garoto com paciência e dedicação, às vezes dava uns puxões de orelha ali e uns berros aqui, mas Park aprendeu a gostar e o admirar muito, sem falar que ele lhe pagava um bom salário e imagine só? Deu a Jimin o privilégio de deixar algumas de suas peças na vitrine para serem vendidas e o lucro de 80% delas - 20% era do velho Choi uma vez que ele fornecia matérias e local para derem produzidas - Jimin ainda pensava ser pouco por tudo o que o homem o proporcionava, mas ele não aceitava ganhar mais com o trabalho alheio.

     As vendas das peças com assinatura PJ ainda não eram grandes, já chegou a vender uns três anéis e uma pulseira para algumas jovens garotas, suas peças não tinham grande valor porque era um iniciante ainda e não fazia peças dignas de grandes grifes, algumas tinha imperfeições e o material mais caro que usava eram semi-pratas, nada de diamantes e ouro...

     Mas estranhamente a duas semanas atrás em uma linda manhã de terça-feira um senhor engravatado veio até a loja e levou não só um relógio caríssimo de colecionador como também um bracelete prateado que Jimin havia feito, não tinha nada de mais naquela bracelete, era apenas uma bijuteria, sem desenhos, sem detalhes, apenas um bracelete liso e com um mínimo PJ escrito no canto na parte dentro. Jimin viu o homem conversar com o idoso sobre a peça e pareciam estar em um grande dilema, mas não pode intervir uma vez que estava atendendo uma mulher e seria muita falta de educação deixar ela falando para se meter em um assunto ao qual não foi chamado, ele havia feito aquele bracelete e viu que o assunto era o próprio, mas deixou que Choi resolvesse qualquer que fosse a trama envolvida ao seu trabalho.

     Jimin descobriu minutos mais tarde ao receber um cheque de seu patrão que o homem que estava a pouco na loja pagou 500 mil wons (cerca de 2 mil reais) por aquele bracelete te na vitrine estava por 24 mil (cerca de 100 reais).

     — Isso é um absurdo, você avisou a ele que eu não tenho nome no ramo? Disse que aquilo foi basicamente feito de latão banhado a prata? Senhor Choi o homem é louco, devemos procurar a família dele e devolver o dinheiro, isso deve até ser algum tipo de crime, aceitar dinheiro de doido. - Jimin se encontrava nesse momento inconformado, perplexo e confuso - Sabe deve ser crime aceitar dinheiro de uma pessoa mentalmente instável.