1. 𝐺𝑟𝑎𝑛𝑎𝑑𝑒

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For every question "why"...
Louis não sabia o porquê.

Ele só havia recebido, mais cedo, a informação de que receberiam um "alguém" da cidade grande para fiscalizar a base. Pelo amor, fiscalizar a base? Quem diabos achou que essa seria uma boa ideia? A base militar da Ilha de Granada deveria ser vista como um modelo para as demais. Desde que Tomlinson se feriu na última missão e se afastou do cargo de fuzileiro, não houveram mais incidentes com os soldados, isso era uma raridade dentre as bases militares americanas.

– Dane-se essa merda, também. – Tomlinson bufou, empurrando sua cadeira de rodinhas para longe da mesa. – Quero ver o que ele vai encontrar por aqui. Nada. Nada. Absolutamente nada.

– De fato, não temos com o que nos preocupar. – Zayn riu nasalado, tentando entender tamanha preocupação do amigo. – Não vamos quebrar cabeça com isso. Provavelmente deve ser protocolo. Ou a talvez a deputada só está fingindo fazer algo pros eleitores não desconfiarem.

– É. Dane-se essa merda.

– Dane-se essa merda. – Zayn confirmou.

Os dois saíram da sala, tentando se convencer de que não seria nada, apesar de terem sentido o tom de seriedade de Liam quando este veio lhes dar o recado. O tal "alguém" chegaria hoje na Ilha de Granada, e é claro que Tomlinson não deixaria que ele ou ela fosse recebido por qualquer um. Ele fazia questão de estar lá e fazer as boas-vindas, passando a melhor impressão possível.

Foi para casa precisou de um banho frio, numa falha tentativa de esfriar a cabeça.

Amanhã seria um dia diferente. Louis estava curioso.


֍

Ilha de Granada. 18 de setembro de 2019. 

Terça-feira, 05:12 a.m.

Harry havia tido uma viagem cansativa.

Mal havia se acostumado com a ideia de viajar à trabalho e a deputada logo o enviara às Ilhas Caribenhas em seu período de férias. Harry não teria férias esse ano, precisava se acostumar com a ideia de que ser assessor da deputada de Seattle não lhe daria assim tantos benefícios como ele anteriormente pensava, apesar de lhe render um bom salário.

Ele havia chegado tarde na noite anterior e logo foi encaminhado ao local onde ficaria hospedado. Quem o recebeu e o apresentou ao local havia sido o Sargento Tomlinson, que Harry não pôde deixar de reparar que tinha um corpo definido e bronzeado. 

Seu dormitório era uma casa pequena, de apenas um andar, e haviam várias outras semelhantes por perto, como um vilarejo. Havia somente o necessário, e já era de bom tamanho. Harry morava em um apartamento de 28 andares em Seattle, com uma vista para centenas de outros prédios e outras construções enormes, puro concreto. Era estranho estar em um lugar calmo como aquele, mas não negou que seria algo positivo para si.

Não dormiu durante o vôo e ainda acordou várias vezes durante a madrugada, ainda estranhando o fuso horário. Definitivamente não era o que Styles esperava da primeira noite em seu novo apartamento – que seria seu por três longos meses.

Ver aquelas mensagens do Sargento Tomlinson logo às 5 horas da manhã o fez querer largar o emprego e dormir pelo resto do dia, mas o dever lhe chamava. E ele já estava 12 minutos atrasado. Se Marjorie soubesse disso eu estava morto – ele pensou, sonolento, ao se lembrar da pontualidade da deputada.

Passou uma água morna no corpo e vestiu a roupa mais confortável que tinha levado na mala. O assessor sabia que aquele seria um dia intenso, ainda mais ao lado do Sargento, uma vez que já havia percebido, em menos de 24 horas, que uma de suas maiores características era o ego. Só de pensar já revirava os olhos, imaginando o que viria a seguir.

O dia seria longo.

O fiscalOnde histórias criam vida. Descubra agora