O fiscal

2.

Oi, meus amores! Espero que estejam bem!

Mais uma att pra vocês. Comentem muuuito

Boa leitura :)

Dia 18 de setembro. | 5:12 a.m.

Sargento Tomlinson aguardava na porta do dormitório do assessor, pronto para xingá-lo ao olhar o relógio, checando que ele havia o deixado esperando por quase 15 minutos. Ele é muito amado e respeitado por todos os outros militares da base naquela ilha, mas todos sabiam que o de olhos azuis não tolerava 3 coisas: que o desafiassem, que não lhe dessem ouvidos ou... que o deixassem esperando.

E sentia que o assessor de cabelos cacheados e olhos verdes o irritaria nas três esferas mencionadas, fazendo tudo o possível para o deixar cada vez mais impaciente.

No dia anterior, quando foi recepcioná-lo na base aérea, Louis pôde perceber que Styles estava determinado a analisar cada gasto de sua base, visando seu fechamento. Enquanto apresentava o dormitório e as poucas coisas que estavam funcionando na ilha àquele horário, vislumbrou que um desafio estaria pela frente, mas o sargento não se permitiria fracassar.

Louis definitivamente faria de tudo para que aquela base se mantivesse intacta e em pleno funcionamento, como esteve desde que foi transferido para a administração.

Olhou mais uma vez para seu punho para checar o horário.

5:14 a.m.

Harry saiu de seu dormitório ainda com cara de sono, apesar de sua feição séria. Ele estava disposto a descobrir cada segredo que havia escondido naquela ilha, finalizar seu relatório para a deputada e poder voltar o quanto antes para sua cidade.

Assim que abriu a porta, deu de cara com o Sargento Tomlinson parado na calçada, apoiado no carro - que, diga-se de passagem, era mais parecido com um carrinho de golf do que com um carro comum - e de braços cruzados, olhando para seu relógio preso ao punho, como se estivesse querendo demonstrar sua impaciência.

Sorriu simpático, tentando não soar mal educado de já estar atrasado logo no primeiro dia. Cruzou rapidamente o curto jardim que tinha entre seu dormitório e a calçada.

- Bom dia, Sargento!

- Dia. - Louis apenas balançou a cabeça como resposta, contornando o jeep e entrando pelo lado do motorista. - Vamos?

- Certo. - Entrou e se sentou no banco do passageiro. - Vamos.

Harry estava animado para conhecer a ilha. Durante o trajeto, aproveitou para conhecer as paisagens que passavam e não negava como tudo por ali era bonito. 

Era possível ver uma vegetação baixa e muitos coqueiros. A parte da ilha que não fazia parte da base militar era minimamente povoada, então a natureza por ali era bem preservada. 

"Aqui é calor. O clima é quente mesmo em dia de chuva, como hoje" - o assessor digitava em seu smartphone. "Eu só queria minha neve e o frio que minhas férias merecem :("

"A gente sabe que tudo isso é saudade, babe" - Gemma, sua irmã, lhe respondeu no grupo que tinha com seus amigos. "Aproveita para pegar um bronze, quem sabe ;) Você precisa"

Depois de conhecer uma - definitivamente grande, Harry diria - parte da base, Harry percebeu que ele e o sargento se aproximavam de algumas construções.

- Bem, vamos começar pelos prédios. - Louis falou, apontando para um conjunto de concreto. - Sei que pode parecer grande, mas você vai conseguir conhecer cada sala que precisar. - Continuou ao perceber o assessor assentindo com a cabeça. Ele queria demonstrar tranquilidade e queria conquistar a confiança do outro. 

Harry parou e analisou ao redor. Na frente dos prédios havia uma enorme pista de pouso para os aviões da marinha. Viu a quantidade de luzes e anotou em seu relatório, fazendo o sargento ficar curioso, tentando espiar seu bloco de notas.

- Errrr, você tem conhecimento técnico sobre as coisas do exército, certo? - Louis voltou a dizer, com um tom de voz soando duvidoso e arqueando a sobrancelha, chamando a atenção de Harry, que uniu as têmporas e abaixou seu caderno. Louis engoliu em seco e foi a vez do outro arquear as sobrancelhas. - É que percebi você anotando algo sobre a quantidade de luzes que temos na pista, mas isso é necessário para a sinalização, os pilotos precisam disso! - aumentou o tom de voz, exasperado. 

- Sim, Sargento, eu tenho. Claro que tenho. Para seu conhecimento, anotei apenas a marca das luzes, pesquisarei mais tarde se é necessário que seja uma marca cara ou se podem ser trocadas por outras mais baratas. - explicou. - A propósito... Eu não te devo explicações sobre o que estará disposto em meu relatório. 

Tomlinson abriu a boca para uma resposta afiada, mas desistiu. 

Harry continuou: - Se quer saber, eu pesquisei bastante sobre o funcionamento do exército estadunidense e bases militares e sei os procedimentos técnicos sucifientemente para emitir um relatório. Por sinal, já entendi sua fama de egocêntrico. Acha que sabe mais que qualquer um.

- Oi? Que fama? - questionou.

- Não se faça de sonso, Sargento. Me mostre seu lado compreensivo que poderei mudar minha opinião sobre você.

- Quem criou essa porra de fama minha pra cima de você? - questionou irritado. Ele não acreditava que seus amigos diriam isso justamente para o assessor.

Harry apenas deu de ombros, tentando mostrar que não se importava. Riu por dentro, percebendo o quão sensível o militar poderia ser.

- Venha logo, não tenho o dia inteiro para você.

- Estou indo, vá na frente que te encontro na entrada do prédio 3. Ok? - Harry falou, ainda com os olhos voltados para o bloco, rabiscando qualquer coisa que sabia que o sargento estaria curioso para ler.

Já era noite quando o sargento deixou Harry na frente do apartamento em que ele estava acomodado. Como ele tinha seu próprio jeep à disposição, não deixaria de acompanhá-lo, imaginando que ele estaria cansado do longo dia que tiveram, além de pensar que poderia ganhar alguns pontinhos para mudar a péssima impressão que havia causado no primeiro dia de trabalho do assessor na ilha.

Ainda de mal humor, foi ouvindo o noticiário na rádio enquanto dirigia de volta para casa.

Sorriu minimamente ao abrir a porta, quando Clifford, seu cachorro, veio em sua direção abanando o rabo e abaixando a cabeça pedindo carinho. Largou sua mochila ao lado da porta o cumprimentou como sempre, o deixando lamber seu rosto e brincar um pouco consigo. Logo colocou uma cerveja no freezer e foi até seu quarto, se despindo largando suas roupas pelo chão. 

Antes de entrar no chuveiro, foi até a tomada que tinha ao lado da cama colocar seu celular para carregar e viu uma mensagem de Zayn perguntando sobre como havia sido o dia com Harry.

Harry. Harry. Harry...

Apesar de tudo que se passava por sua cabeça, Louis não deixou de lamber os lábios ao lembrar de Harry. Ele era um homem muito bonito, não tinha como negar. Seus cachos sempre caiam sob seu rosto e seu olhar era viciante, atento a cada detalhe.

Durante o banho, o sargento não pôde deixar de se tocar pensando naqueles olhos verdes e na sua boca. Não que Harry tivesse algo de especial para isso, mas ele tinha suas necessidades fisiológicas e já haviam três semanas que ele não visitava o lado urbano da ilha, onde moram civis comuns e, de quebra, onde ele conseguia aproveitar um sexo casual nos fins de semana em que estava livre do trabalho. 

Repetindo... Não que Harry tivesse algo de especial para isso, mas o Sargento nunca havia gozado tão rápido enquanto se tocava pensando em alguém. Mas isso não era relevante, certo?

Oi pra quem tá lendo hehe!

Espero que tenham gostado desse capítulo, me digam o que estão achando hehe estou curiosa :)))