Danilo foi brutalmente assassinado no dia de sua formatura, semanas após o seu aniversário. Se recusando a ir para o plano celestial ele vaga pela terra em busca do seu assassino, até que ele conhece uma garota sensitiva que o ajuda a desvendar esse...
Estava em um lugar estranho e com muitas pessoas que deitavam em gramas e crianças que colhiam flores em canteiro próximo, olhei para cima e vi que o céu era uma mistura de noite nublada e um dia ensolarado. Então uma menina se aproximou de mim timidamente.
— esse lugar é incrível, não vejo a hora de subir- disse ela rodopiando.
— você morreu de quê?- disse eu com medo da resposta.
— câncer no pulmão, e você?- perguntou a garota curiosa.
— fui assassinado, no dia da minha formatura- eu conto.
— você não aceitou a morte né?- pergunta ela.
— não, e você aceitou a sua? - perguntei.
— eu morava em um orfanato, fui adotada por uma mulher que só me batia, antes de adoecer de vez ela dizia que eu era manhosa- disse ela triste.
— Gabriela?! - disse um ser de luz que a envolvia.
— oi- falou a menina.
— você vai para o paraíso, olhamos sua ficha e virmos que você foi uma boa garota em vida.
Logo em seguida, dois pontos brancos e brilhante surgiram, e foram o mais alto possível até desaparecer, ela havia aceitado sua condição, menos eu, queria muito descobrir o assassino. Eu estava a um bom tempo sem ver a Laura, Zael estava na minha cola e não deixava eu sair de lá. Me sentei em baixo de uma árvore olhando o horizonte daquele lugar esplêndido.
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Uma espécie de portal se abria, era outra pessoa recém falecida, era um homem que no passado havia matado duas mulheres, mas se arrependeu e morreu em um acidente de carro, aproveitei que o portal que ligava a terra e o purgatório estava aberto e escapei por lá. Depois de ter escapado procurei por Laura e vi que a casa estava fechada, será que passou muitos anos e a Laura foi embora? Me encostei na parede e olhei para o lado, era a Laura se aproximando.
— Laura? - apareci de repente.
— que susto meu Deus! Danilo, pensei que não o veria mais.
— conseguir escapar, eu quero saber se conseguiu algo.
— sim, estou na sua antiga sala 303, fui convidada para sair e participar do jogo da garrafa, me aproximei do Caio, só que ele não quis saber de mim, fui ao banheiro da casa da Alana e vi ela e o Lucas transando- diz ela fazendo cara de nojo.
— você viu? - pergunto curioso.
— eu tenho desconfiança neles- diz ela abrindo a porta da casa.
— como? - a indago.
— você morreu algumas semanas atrás, se meu amigo morresse ou melhor, meu melhor amigo morresse eu não ia ficar transando por aí, eu iria respeitar essa passagem do Luto- conta ela se sentando no sofá.
