Capitulo 3

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     Era um dia de semana normal, Laura a minha guia sensitiva estava destruida por conta do fora que levou do carinha da escola, eu me sentei ao lado dela e puxei assunto, mas fui ignorado de todas as formas.

— não pode me ignorar, só porque o músico sem ritmo não quis sair com você- eu fico com raiva.

— ele nem olhou na minha cara, eu devo ser muito feia.

— você não é feia e sim desprovida da beleza natural- sorriu.

— obrigada.

— eu estava apenas brincando, tem um monte de cara legal ai, tipo o Tony da biblioteca ou o Marcelo do laborátorio- eu brinco.

— eles não fazem meu tipo.

— e o que faz teu tipo é caras bacanas? Olha Laurinha a gente tem que se contentar pelo o que tem.

— agora vou ter que ajudar você a desvendar seu assassinato.

— Sim.

       Laura foi comigo até uma casa de espiritismo, e eu olho pra ela com uma cara estranha.

— Sejam bem-vindos a madame Luzete.

— como ela sabe que tem dois aqui- eu cochicho no ouvido de Laura.

— EU SINTO UM CHEIRO DE FANTASMA AQUI, NESSE LUGAR E ESTÁ DO SEU LADO.

— oi madame Luzete, eu sou a Laura e esse aqui é o Danilo e ele foi assassinado, ele quer muito saber quem foi o seu assassino.

— Não é tão fácil assim meus caros, para achar o assassino a melhor coisa a se fazer é se manter bem espiritualmente, mas as vezes não é só se vingar e sim completar uma missão- disse a madame Luzete.

         Saímos da casa de espiritismo e fomos para casa de Laura, ela Sentou em sua cadeira, ligou seu computador e começou a pesquisar coisas estranhas relacionadas a fantasmas vingativos, eu me aproximei aos poucos para ver o que ela tanto teclava, seus olhos fixavam na tela e não parava de percorrer cada palavra, tentei chamar a sua atenção mas ela me ignorava.

— veja Danilo- ela aponta para uma frase.

— alguns espiritos se negam a ir para o plano astral por querer terminar o que começou?- eu leio sem entender.

— eu não entendo- diz ela confusa.

— o que eu comecei que não terminei?- eu fico confuso também.

— não é sobre " o quê" e sim sobre " quem"- Laura se levanta da cadeira andando de um lado para o outro.

— Quem?- eu pergunto.

— eu não sei, mas vou te ajudar a desvendar esse mistério.

— Por qual motivo você não me fala do seu pai?- eu pergunto.

— meu pai e meu avô pai da minha mãe, .... eles morreram eletrocutados, meu avô tentou salvar meu pai, perdi duas pessoas que eu amo, nos primeiros dias via eles mas depois eles sumiram- seus olhos enchem de lagrimas.

— preciso que me ajude a me comunicar com Diane, um dia desse vi ela no computador pesquisando como falar com os mortos- eu digo.

— e se ela me achar uma charlatã, confia em mim.

        Eu levei Laura até minha antiga casa, a empregada abriu a porta, Laura se apresentou e logo entramos na casa, estava diferente e minha foto ainda estava lá, Laura olha pra foto e dar um leve sorriso.

— achou bonita a foto? - dou um risinho malvado.

— você está acabado depois de morto- ela rir.

— eu fui assassinado há há há tem uma marca de bala na minha testa- eu sorriu de volta.

Quem tirou a minha vida?Onde histórias criam vida. Descubra agora