Inês desce e Márcia vai logo atrás, as escadas não eram muito grandes mas davam a um corredor enorme cheio de portas, eram confusas, se não fosse por Inês, Márcia já teria se perdido.
Elas entram na ultima porta a esquerda, era o quarto de Inês. A maioria das coisas eram em tons apagados, cinza, marrom e preto.
Inês entra e Marcia logo depois, a porta se fecha sozinha, quase que em um passo de magica, só que literalmente.
- Sente-se. - Disse Inês sentando em uma cadeira apontando a outra na sua frente.
- Seja direta, não tenho muito tempo. - Marcia se negou a sentar.
- Não tomará muito de seu tempo, se é isso que quer saber. - Respondeu Inês ríspida.
Márcia se senta e Inês a oferece uma xicara de chá.
- O que queria me dizer? - Disse Márcia bebericando o chá.
- Não é sobre " o que eu queria dizer"... - disse olhando diretamente para Márcia. - È sobre o que você quer dizer.
- Que? - disse Márcia confusa.
- Como você esta, Márcia? - Perguntou Inês com um olhar preocupado.
- Uai... to bem. - Pensou como estava se sentindo.
- Márcia, você não ficou normal dês da ultima vez que nos vimos. - Disse fazendo Márcia se lembrar da "ultima vez", isso lhe trazia horríveis memorias.
- Por que você se importa? - Márcia saiu um pouco de si.
- Márcia, ninguém aqui gritou com você. - Disse num tom baixo fazendo Márcia sentir vergonha das suas ultimas ações.
- Desculpa... - Disse abaixando o tom. - Eu só fiquei confusa dês daquele dia...
- Eu sei... - Disse soltando uma risada fraca. - Você quer... - Antes que pudesse terminar foi interrompida pelo barulho das portas abrindo ate chegar no quarto que elas estavam.
- Ana? - Disse Márcia vendo a colega de trabalho escorada na porta.
A mulher havia cabelos claros, olhos verdes, pele clara e um lindo olhar, era jovem, faria qualquer um se apaixonar.
- Márcia, você precisa vir agora. - Disse puxando a mulher pelo braço.
- O que aconteceu? - Perguntou Inês curiosa e assustada.
- Só mais uma morte na floresta... Quer dizer, você não precisa se preocupar.
- Eu vou junto. - Disse Inês olhando pra Márcia.
- Ta, só espera eu... - Márcia foi interrompida por Ana.
- O que?! Não! Não da pra envolver ela nisso. - Disse Ana fazendo uma cara estranha no "ela".
- Olha aqui, a Inês é muito mais do que você pensa. - Márcia respondeu brava.
- Que lindo! a nossa "anti-heroi" protegendo a amiguinha. - Disse helena saindo e tras de Ana. - Agora vão logo, e ela vai sim! - Helena disse e olhou Ana de cima pra baixo.
- Escuta aqui garota... - Falou sozinha enquanto percebeu que todos sairam do quarto em direção as escadas.
Depois de muito insistir, Ana finalmente concordou que Inês poderia ir.
Elas entraram no carro e foram, Ana dirigindo, Inês no banco de trás e Marcia ao lado de Ana. O caminho foi bem silencioso, porem, Inês ficou feliz por Márcia a ter defendido, mas se alguem descobrisse que Inês foi junto, o trabalho de Ana e Márcia iriam pro saco.
- Chegamos. - Disse Márcia olhando pela janela.
- Vamos lá, né... - Resmungou Ana.
Elas sairam do carro e em poucos minutos, Inês ja havia sumido de vista.
-Nossa... - Disse Márcia se abaixando ao lado do corpo, ele estava completamente mutilado e estava literalmente sem face, no lugar de olhos, boca e nariz havia um buraco...Isso realmente não era obra humana.
- Nossa mesmo... - Disse Ana assustada.
Elas terminaram a investigação, não demorou muito para saberem que o caso não era delas.
Elas foram em direção ao carro ate lembrarem de Inês, então apenas ficaram escoradas ali.
- Serio que a gente vai ter que esperar sua amiguinha? - Disse Ana colocando o braço envolta dos ombros de Márcia.
- Fica quieta... - Márcia disse e se acomodou nos braços de Ana.
Não demorou muito para Inês voltar.
- Márcia, preciso falar com você. - Disse Inês.
- Claro. - Respondeu Márcia saindo do abraço e indo em direção a Inês.
Inês disse isso enciumada pelo abraço das duas, poderia esperar chegar no bar para conversar com Márcia.
- Vocês conseguiram o caso? - Perguntou Inês.
- Não, ele não tem haver com a delegacia. Por que?
- Por nada, é que só seria mais fácil pra mim descobrir o que aconteceu... Mas eu dou meus pulos. - Inês improvisou o assunto para não parecer que só disse isso para Márcia sair do abraço.
Elas voltaram pro carro e Ana deu partida.
A volta foi um pouco mais agitada, Márcia e Ana conversaram bastante mas Inês permanecia calada.
Ana deixou Márcia e Inês no bar e voltou para a delegacia.- Voltaram. - Disse helena completamente entediada de ficar sentada.
- Você não mexeu em nada, né? - Perguntou Inês.
- Não, senhora. - Respondeu Helena revirando os olhos.
Inês foi para tras do balcão, agora realmente precisava falar com Márcia sobre o ocorrido.
- Poderia nos dar licença? - Perguntou Inês a Helena.
- Você quer o que? que eu saia do bar? - Helena disse debochando.
- Você me faria esse favor? - Respondeu Inês dando um sorriso.
- Gente! - Disse Márcia chamando atenção das duas.
- Ai, Tchau! - Helena se levantou e saiu.
- Inês... - Disse Márcia olhando para Inês.
- Sim? - Disse apoiando o queixo na mão.
- Ai, Inês... - Disse rindo do jeito da outra mulher.
Elas ficaram conversando ate que Inês toca no assunto da Ana.
- Falando nela... Qual é a dessa menina? - Disse Inês.
- você so nao teve uma boa impressão dela, ela é legal!! - Respondeu Márcia.
- Aham... - Disse Inês tentando conter o ciumes, mesmo que não falasse com Márcia direito, sentia algo por ela mas tinha medo disso... A mulher teve muitos problemas com relacionamentos.
- Que que foi? - Perguntou Márcia percebendo uma pontinha de ciumes da outra mulher.
- Na da - disse a mulher dando uma pausa no meio da palavra.
e assim elas ficaram conversando ate tarde, Inês quase nunca conversava com alguem dessa forma, era uma sensação boa para a mulher.
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Bem curto pois eu estou sem muitas ideias:)
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Insignificância - Marinês
FantasíaTudo acabou, as mortes, os sumiços de Eric, inclusive a paz de Márcia... bom, era o que ela havia pensado ate descobrir que o corpo seco estava de volta, mas, dessa vez, não estava sozinho.