Perdendo a fome

121 4 10
                                    

  Na manhã de segunda-feira acordei atrasada para o colégio, olhei para o despertador e já eram 07:00 da manhã, ou seja, teria apenas trinta minutos para tomar banho, me vestir, pentear os cabelos, tomar café da manhã e escovar os dentes.

  Saltei da cama e fui direto para o banheiro, já tirando a roupa. Demorei cinco minutos no banho, então corri para o guarda-roupa pra escolher a roupa que iria usar naquele dia. Depois de três minutos acabei escolhendo um vestido florido, que recebera da minha mãe no natal passado, onde dava para aparecer minha marca marrom no ombro, e um tênis vermelho.Demorei mais cinco minutos para arrumar o cabelo, o escovei e coloquei uma tiara.
 
Desci rapidamente para tomar café, ainda me restavam 17 minutos, e quando cheguei, meu pai, Adam Ryder, e minha mãe, Rose Ryder estavam conversando e pela cara deles parecia ser coisa séria. Mas assim que minha mãe me avistou na escada, parou imediatamente e se dirigiu até a mim com aquele antigo sorrisinho falso.

- Bom dia bela adormecida, seu café já está pronto - disse ela apontando para a mesa.

- Por que não me acordou? Não viu que eu estava atrasada? Sabe que não posso perder aula, justo nas vésperas das provas finais - disse em um tom meio alto.

- Querida, se você se preocupasse de verdade, teria mais responsabilidade e acordaria cedo sozinha, afinal, você já está muito grandinha pra ser acordada pela mamãe - disse meu pai com uma risadinha irônica e me beijando na testa, ele adorava fazer aquilo.

- tá bom, tá bom, foi mal. Mas... Cadê o Tyler?

- Ah, ele teve que ir mais cedo para o ensaio de um trabalho, a secretária levou ele - disse minha mãe.

  Tyler é meu irmão de 8 anos, um garoto adorável, de bom coração, mas que as vezes também é meio irritante, porém, isso é normal em uma criança de 8 anos de idade. Todos os sábados saímos só nós dois para um passeio, e fazemos qualquer coisa legal, desde que seja só eu e ele.

Olhei para o relógio e já eram 07:20, então peguei ligeiramente meu sanduíche, dei três mordidas, bebi o copo de suco e corri para escovar meus dentes enquanto meu pai pegava as chaves do carro em cima da estante. Peguei o material e sentei no banco de trás.

  No caminho, percebi que minha mãe não estava com uma cara legal, parecia estar preocupada, mas não quis perguntar porque sabia que ela iria dizer que estava tudo bem, como sempre fazia.

  Cheguei 07:32, mas o sinal sempre atrasava uns quatro minutos para tocar. Despedi dos meus pais e fui direto para o colégio, onde logo avistei Mia e Fred na entrada.

  Eles eram meus melhores amigos. Mia tem minha idade, é muito bonita, vaidosa, loira, dos olhos verdes e adora se olhar de minuto em minuto no espelho. Fred é um ano mais novo que nós duas, é muito inteligente,e ,por isso, pulou uma série. Também é muito bonito, moreno, de olho castanho claro (mas que os cabelos escuros escondiam um pouco) muito tímido e um garoto prodígio quando se refere a informática.

- Se atrasou hoje mocinha - disse Mia me abraçando.

- Sério? Nem tinha percebido - disse eu com uma voz de ironia - Iaí? Tudo tranquilo?

- Comigo sim, como sempre, não sei com esse garoto aí que desde que chegou não larga esse caderno - disse Mia apontando para Fred.

- Acho que sou o único aqui que quer passar de ano pelo visto - falou Fred, ainda olhando para o caderno.

- Bom, acho melhor a gente entrar, ou querem perder a primeira aula? - disse eu já abrindo a porta, e então, eles me acompanharam.

  A primeira aula era de física, com o professor Robert Harley. Ele era muito gato, tinha os olhos azuis, barba feita e cabelo preto jogado de lado, resumindo, era um tipo de pessoa que você nunca descreveria como professor de física.

Entrei na sala de aula e sentei atrás de Mia. Estava morta de fome, pois mal comi no café da manhã. Então ficava de olho no relógio de dois em dois minutos, querendo logo que a hora do intervalo chegasse.

Passou uma, duas, três aulas, e assim que o sinal tocou, não deu cinco segundos e já estava saindo da sala para a cantina.
  - Ei, vai com calma aí mocinha - não sei o porquê, mas amam me chamar de mocinha - a cantina não vai sair do lugar - disse o professor, que agora era Paul, de biologia.

  Fingi que nem escutei, meu estômago estava implorando por comida. No caminho para a cantina, parei em meu armário pra guardar os outros livros, mas, como estava muito apressada (pois a fila da cantina já estava ficando grande) deixei os livros caírem no chão.

  Assim que me abaixei para pegar, senti uma outra mão sob as minhas. Logo reconheci, e então meu corpo gelou, a fome foi embora, meu coração disparou.

Aquelas mãos eram de Josh Hutcherson.

Oi pessoal, meu nome é Anne Karolliny e essa é a minha primeira obra, junto com meu amigo Hyale Alves. Peço desculpas se cometi alguns erros de ortografia, é porque escrevo meio rápido e não tenho muito tempo para conferir se tudo está correto. Bom, espero que gostem! Beijos.

 

A EscolhaOnde histórias criam vida. Descubra agora