Park Jimin é um jovem ômega de família decadente, que se vê sem saída e resolve recorrer ao casamento, para resolver seus problemas com a falta de dinheiro. Com três irmãos mais novos para sustentar, ele sabe que não lhe resta outra alternativa. Ent...
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—Sinto muito!
—Não diga isso—grunhiu Jungkook, tentando decidir que parte dele estava mais danificada.
—Mas é que o sinto! —lamentou-se Jimin. —Espere, me deixe lhe ajudar.
—Não—gritou ele freneticamente, prosseguindo em tom mais calmo, —não me toque. Por favor.
Jimin abriu a boca em um gesto de mortificante horror e começou a piscar rapidamente, e por um instante Jungkook pensou que ia chorar.
—Tudo está perfeito—obrigou-se a mentir. —Não estou ferido.—Ante seu incrédulo olhar, acrescentou: —Perfeito.
Jimin tragou.
—Sou tão tolo. Inclusive Rosé se nega a dançar comigo.
—Rosé?
—Minha irmã. Tem quatorze anos.
—Ah—ele disse, acrescentando entre dentes, —garota esperta.
Jimin mordeu o lábio inferior.
—Está seguro de que não quer que lhe ajude?
Jungkook, que esteve tentando desenredar-se discretamente de sua espinhosa prisão, finalmente confrontou a realidade de que em um combate entre ele e a roseira, esta última sairia vencedora.
—Vou lhe dar a mão—instruiu-o, mantendo um tom lento e calmo, —e então você vai me puxar para cima e para fora. Está claro?
Jimin assentiu.
—Não é para o lado, não é para frente, não...
—Está claro! —explodiu ele. Antes mesmo que ele tivesse possibilidade de reagir, agarrou-o pela mão e o tirou da roseira.
Jungkook ficou olhando-o um instante, um pouco sobressaltado pela força que se escondia atrás de sua pequena e delgada figura.
—Sou atrapalhado, — disse Jimin. —Não idiota.
De novo, deixou-o mudo. Duas vezes em um minuto. Devia ser um novo recorde.
—Está ferido? —perguntou-lhe Jimin bruscamente, lhe tirando um espinho do peitilho da jaqueta e logo outra da manga. —Arranhou as mãos. Deveria ter colocado as luvas.
—Faz muito calor para usar luvas— murmurou Jungkook, olhando como lhe tirava mais espinhos. Devia ser completamente inocente nenhum jovem com um pouco de experiência, mesmo que só fosse com o flerte, estaria de pé tão perto de um homem, percorrendo com suas mãos seu corpo de cima abaixo...
Muito bem, admitiu para si mesmo, estava deixando que sua imaginação e sua libido transbordassem. Jimin não estava exatamente movendo suas mãos de cima abaixo por seu corpo, mas bem poderia estar fazendo pelo modo em que ele reagia. Estava tão perto. Só bastava estender a mão e poderia tocar seu cabelo, curiosamente maior do que o corte popular entre ômegas machos, queria sentir entre seus dedos o quão sedoso era em realidade, e... Oh, Deus, podia cheirá-lo.
