Após uma longa noite sentada em frente ao computador, com café, muita comida chinesa e música demasiado alta a servirem de kit de sobrevivência eu finalmente consegui acabar a restauração do computador.
Um pequeno cavalo de Tróia havia sido plantado no meu computador com o objetivo de transferir todas as informações para uma fonte desconhecida sem deixar qualquer rasto. Apesar dos meus inúmeros esforços de tentar descobrir a origem, passando por pontos de desvio e encriptações que me ocuparam todo o fim de semana, eu não consegui encontrar a pessoa por detrás do ataque.
Já me habituei a estas situações ocasionais. Fui adquirindo conhecimento para as poder bloquear. Embora ainda esteja a acabar o meu curso de engenharia informática estou ciente que ainda não sei tudo. Os professores continuam com a estúpida ideia de que eu sou sobredotada, o que acaba por ter piada. Apenas que não tenho vida social nem nada que fazer então decidi ir me adiantando e entretendo.
Quando olho pela janela a luz proveniente do Sol já tinha chegado ao meu edifício. Olhando em volta apercebo-me de que o meu apartamento está a precisar de uma séria arrumação e limpeza. Caixas de comida chinesa amontoadas, refrigerantes, garrafas de água e muitos copos de café preenchem todos os cantos de minha casa.
Reparo nas horas e vejo que falta uma hora para o inicio das aulas. Estou tão feliz que este seja o último ano.
Levanto-me, preparo a minha roupa, e dirijo-me á casa-de-banho, para tomar banho. Levo o meu telemóvel e coloco o spotify em modo aleatório. Estou a contar em demorar ainda um bocado. Os meus músculos estão super-doridos de estar sentada em frente ao computador. Espero ainda ter tylenol, pois parece que vou ter que usar um.
Meia hora depois levanto-me e dirijo-me para o meu quarto vestindo-me. Coloco-me em frente ao espelho, onde lavo os dentes e faço a minha maquilhagem.
Faltando apenas vinte minutos para o primeiro toque, dirijo-me á cozinha e agarro numa barra de cereais, as chaves de casa e a minha mala.
Subo as escadas, já que o raio do elevador avariou outra vez, para o quarto andar e toco á campainha da Stella. Na esperança de que ela esteja disposta a levar-me á escola no seu magnifico carro, que na realidade está mais podre que o meu apartamento.
Ouço som proveniente do interior da casa, e afasto-me da porta assim que vejo um Rob com uma toalha é cintura, encharcado, com um sorriso malévolo.
'' A Stella não pode te levar hoje, mas se quiseres eu estou disponível..." Não podia estar mais enjoada com o que se encontrava á minha frente. Viro costas sem qualquer intenção de aceitar a sua proposta.
Passados três exatos minutos cheguei á paragem de autocarro, mesmo a tempo de apanhar o autocarro. Encosto a minha carteira ao leitor de cartões, uma vez que tenho o meu passe lá dentro, por sorte consegui um lugar no fundo do autocarro.
Chegando á sala de aula, isolo-me ao pé da porta. Tiro os meus cadernos e estojo para fora. Como o professor iria demorar á volta de dez minutos a chegar á aula, aproveitei e tirei o telemóvel, e comecei a jogar nada mais, nada menos do que, flappy bird.
158... pirim
159... pirim
160... pirim
161... pirim, só mais um, está quaseee...
''HERE'S JOHNNY!!'' [n/a: para quem não sabe, é do filme 'The Shining'. You're welcome].
Ai que porra!! Mesmo quando estava quase a ultrapassar o meu recorde. Quem é que se atreveu a mandar-me uma mensagem??
From: Private Number
Text: Estou-te a observar neste preciso momento encontra-me se conseguires.
Se não me engano esta mensagem é da mesma autoria de que a mensagem de ontem. Isto deixa-me insegura. Olhei em volta em volta á procura de locais onde posso estar a ser observada. Reparei na câmara de vigilância da sala (que facilmente poderia ser acedida, bastava ter as bases) o edifício, apartir do qual havia uma visão direta para esta sala. Voltando a pensar na câmara penso que seria o caminho mais fácil, ele pode ver todos os meus passos, mas não durante muito tempo. Mal chegando ao intervalo lido com isso, uma vez que iria requerer ainda algum tempo.
Estava prestes a bloquear o telemóvel quando recebi uma nova mensagem.From: Private Number
Text: Edificio A2. Telhado. 10:15.
Parece que vai ter de ficar para um pouco mais tarde.
***
A aula correu pacificamente, tirei todas as notas que precisava. MENTIRA! Não tirei apontamentos nenhuns porque passei o tempo todo a pensar em se havia de lá ir e se não era uma armadilha. As únicas coisas que eu tenho para me defender são spray-pimenta e uma faca que, por muito clichê que pareça, está sempre na minha bota ou na alça da minha mochila, estranho certamente.
Assim que a campainha toca ponho tudo na mochila, ponho o spray no bolso e componho o gorro para que não me reconhecerem até chegar ao local, além do mais o frio faz-se notar.
Rapidamente vou até ao edifício A2, verifico se ninguém me está a seguir e subo as escadas. Abro a porta e vou dirijo-me até ao centro."Oi? Alguém?" Cada vez me sinto mais nervosa. Começando a achar que isto é muito suspeito viro costas em direção á porta. Estava quase a passar a porta quando algo escuro cobre os meus olhos. Imediatamente agarro no spray, mas quando ia para o por em uso o indivíduo, que pela força deveria ser um homem, que se encontrava atrás de mim agarra no meu gorro e puxa-o para baixo tapando ainda mais os meus olhos e atira o spray para longe.
" Está lá quieta e não tires o gorro se faz favor. " A voz era masculina e bastante profunda. " Ora o que temos nós aqui? Spray-pimenta? A sério? O que vale é que eu não tenho intenções de te matar." Penso que isso era suposto acalmar-me mas não surtiu qualquer efeito em mim. " Devo dizer que estou impressionado com os dotes que usaste para me bloquear no teu pc. " Sinto que se não fosse pela situação em que me encontro esta conversa poderia parecer bem normal. Isto não é normal. Um pequeno vácuo subia no ar pela minha falta de raciocínio no momento. "Então? Não dizes nada? Nem um obrigada?" Não esrou agostar do rumo da conversa. É demasiado banal.
"Porque é que haveria de falar com um estranho do qual nem o nome sei?" Ouço um pequeno suspiro seguido de um riso que me faz tremer da cabeça aos pés.
"Bem. Por enquanto não te posso dizer o meu nome verdadeiro. Vamos fazer de conta que me chamo Hunter."
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Mais um, e talvez aguardado capítulo. Hahahahah mas agora a sério peço desculpa por não ter atualizado este tempo todo.
-akakurosaki
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Cracker Game
Teen FictionE quando eu achei que tudo estava oculto, codificado e seguro ele foi capaz de passar por tudo, como um malware, e invadir o que não devia.