A Paixão

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A paixão e o amor na psicanálise

"A realidade impõe sempre uma frustração, pois,na verdade, toda escolha é um engodo, uma vez que a escolha desejada não será jamais permitida e, de outra parte, a nova pessoa que se apresenta não será nunca adequada ao modelo infantil." Sigmund Freud, 1912

Estamos amando demais, quando há um sofrimento nessas relações afetivas. As grandes maioria de mulheres que encontram-se com esse grande sofrimento pessoal, são vindas de uma família disfuncional ou problemática, às vezes filhas de pais alcoólicos. As mulheres que amam demais, aprenderam a se relacionar de forma peculiar e acreditam que esses tipos relacionamentos lhe trás sofrimento e insatisfação, mas não conseguem entender porque estão nessas relações destrutivas . Tornam-se obcecadas e são cheias de medos, como medo de solidão, medo de abandono, medo da indiferença. E isso as leva aos relacionamentos com homens controladores e destrutivos. E não importa o que façam ou o esforço que dediquem estes homens nunca estarão satisfeitas.

A perda da identidade destas mulheres é possível de ser recuperada. É possível voltar a amar de forma saudável e aprender a se relacionar sem que o relacionamento interfira em sua vida profissional, pessoal, familiar e destrua o seu verdadeiro eu.

A paixão

A paixão é trabalhada por Freud, como um dos meios para melhor compreender o narcisismo. Em 1914, ele escreve um texto Sobre o Narcisismo: Uma introdução.

A matéria-prima de que originam as paixões são as pulsões. Em psicologia, pulsão é designada como um impulso energético interno que direciona o comportamento do indivíduo. Temos que notar que o comportamento gerado pelas pulsões diferencia-se daquele gerado por decisões. Ele é gerado por forças internas, inconscientes, alheias ao processo decisional.

Freud, no princípio de sua teoria, distinguia várias pulsões distintas que, com o aprimoramento da teoria, foram reduzidas a duas pulsões (al. Urtriebe): eros, ou pulsão sexual, para a vida, e tânatos, ou pulsão agressiva, de morte. O autor via como base para essas pulsões o princípio de atração e repulsão, também presente na matéria. Todas as outras pulsões secundárias (desejos, sonhos, enfim, todos os diferentes tipos de impulsos interiores que guiam a ação humana) são vistas como frutos da combinação daquelas duas pulsões1 .

As pulsões são a origem da energia psíquica que se acumula no interior do ser humano, gerando uma tensão que exige ser descarregada. O objetivo do indivíduo seria, assim, atingir um baixo nível de tensão interna. Nesse processo de descarregamento de tensões psíquicas, as três estruturas da mente (id, ego e super ego) desempenham um papel primordial, determinando a forma como esse descarregamento se manifestará. Todos esses processos se desenvolvem inconscientemente .

A teoria de Freud, no entanto, deixou uma influência duradoura sobre a pesquisa da motivação sobretudo sob dois aspectos: o conceito de projeção, ou seja, de que desejos inconscientes são capazes de influenciar a percepção consciente e a idéia de que os objetivos perseguidos pelo comportamento humano não são necessariamente conscientes.




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