Eu segurava os ombros de Sunghoon com um pouco de força para que ele acordasse logo. Mesmo depois de balançar excessivamente e chama-lo algumas vezes ele ainda não tinha despertado.
O que me deixava preocupado - e até mesmo desesperado - era o fato de Sunghoon estar se virando de um lado para o outro, chamando por mim no meio de seus sonhos. Ele parecia completamente medroso, como se estivesse tendo mais um pesadelo. E eu não conseguia acorda-lo de jeito nenhum.
- Sunghoon... - tento apelar para sussurros mais calmos contra a sua orelhinha. Descobri que era um lugar muito sensível para ele a tempos atrás. - Ei, você precisa acordar.
Peço mais uma vez, vendo as suas mãos se fecharem forte e uma gotinha de suor escorrer por sua testa.
- Amor... - deixo um beijo simples em sua bochecha, tentando acalma-lo ao maxímo. Ele parece perceber minha presença ali e a sua respiração começa a se normalizar. Sunghoon suspira fraco e cansado, tentando me abraçar.
Provavelmente procurava um cantinho seguro.
"É tão ruim te ver sofrendo assim."
Já faz um tempo que Sunghoon vem tendo pesadelos e por causa disso ele se fechava mais ainda para os nossos amigos, ficava grudado comigo sempre que conseguia, pedindo carinho e companhia. Isso tudo porque o ano já estava acabando e depois do campeonato de basquete viria a faculdade. Sunghoon tem um grande problema em interagir com pessoas novas e os seus traumas de infancia não estavam o ajudando recentemente.
Ansiedade.
Meus pensamentos são interrompidos quando vejo os seus olhinhos se abrirem devagar, piscando ainda sonolento. Assim eu me afasto um pouco para encara-lo melhor e ele percebe o que estava acontecendo, seus olhos se enchem de lagrimas.
- Está tudo bem. Já passou. - não o deixo chorar mais uma vez, envolvo meus braços em seu corpo e Sunghoon me abraça apertado de volta. - Respira comigo.
Começo a respirar fundo e soltar devagar, uma dica que tinha pegado com uma psicologa na internet para ajudar com a ansiedade ou em crises de panico. E Sunghoon me acompanha, assim como uma criança.
- Eles estavam lá de novo... - ele sussurra. - Eu tentava te chamar mas você não me ouvia. Era desesperador, eu não conseguia me mexer...
Ouço Sunghoon fungar e subo ambas as mãos até os seus fios, entrelaçando os dedos neles para massagiar calmamente. Seu corpo estava deitado sobre o meu agora, o seu rosto apoiado contra o meu peito.
- Você sabe que eles não podem encostar nem mais um dedo em você, hm? Lembra? Jay já se livrou deles. Você não precisa mais se preocupar.
- E se...
- Nem eles e nem mais ninguem vai te machucar, hyung.
- Hm.
Sunghoon se afasta um pouco para limpar o rosto molhado pelas lagrimas e eu sorrio para ele. Se antes parecia uma criança, agora estava mais para um bebê.
Namorar com ele me deixou mais boiola do que antes.
E eu não estava reclamando.
- Para de me olhar assim... - ele reclama, fazendo birra.
- É que você é tão fofinho. - abraço a sua cintura assim que Sunghoon se senta na cama, dando beijinhos em suas costas.
Sunghoon me ameaça com o olhar por cima do ombro mas sorri de lado em seguida. Olhamos em direção ao celular ou ouvir o som alto do despertador. Seis da manhã.
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Don't forget about me
Teen FictionSunoo não sabia que uma aula de educação física poderia mudar completamente a sua vida. E não estava preparado para os desafios que vinham por ai. Será que dentre tantos desafios, ele vai conseguir ter seu final feliz? . História de minha autoria...