Eu sou uma Deusa! ... Bem, acho melhor contar isso do início.
Lá estava Dandara, com o cabelo só o pó e a roupa gritando por sentido. Se aproximou da escrivaninha, pegando as folhas de ofício, tintas e pincéis.
Guardou e saiu de casa para ir ao evento de ilustração que ficava a umas três quadras dali.
Dandara era constantemente chamada para eventos ou concursos. Sua caixa de mensagem sempre estava lotada de pedidos. As pessoas amavam as suas artes. É uma artista de mão cheia.
Dandara pegou o metrô e no caminho ilustrou uma menininha de cabelo crespo e sorriso contagiante.
— Dandara! Que bom que veio. — Disse o moço de terno, parado em frente a porta do evento.
— É um prazer! — Respondeu Dandara, adentrando o lugar
Dandara se deparou com vários quadros de divindades, estátuas e elementos encontrados em lendas. O local estava totalmente decorado como ela nunca tinha visto antes, seus olhos giravam e davam cambalhotas para não perder nenhum detalhe.
Em um local no evento estava as telas em branco para os ilustradores, mas Dandara estava prestes a descobrir algo chocante e que abalaria a sua vida para todo o sempre. Poderia ser algo bom ou ruim.
Se aproximou da sua tela e começou a pensar em qual tema poderia ilustrar. Foi quando um garoto se aproximou.
— Oiê Dandara, eu te admiro muito!
— Oi, jóia rara! — Exprimiu Dandara, com um sorriso.
Os dois se abraçaram. Para Dandara, essa era uma das partes que mais amava em fazer arte. Conseguia alcançar pessoas e mudar pessoas.
— Dandara, por sua causa eu finalmente aceitei meu corpo gordinho como ele é! — Disse o garoto.
— E tem que se aceitar mesmo! Muito bem. — Sorriu.
O concurso se deu início, os ilustradores eram rostos conhecidos de Dandara. Ali no meio tava seu ex, sua inimiga mortal e seu professor de artes.
O tema do concurso finalmente foi revelado, tirando a ansiedade dos ilustradores e do público sentado nas cadeiras.
“Deuses em convívio com humanos”. Foi o tema da ilustração. Os ilustradores começaram a pensar e olhar ao redor procurando inspiração. Tinham entendido os vários quadros de Deuses, estátuas e decorações com elementos encontrados em lendas.
O local estava em silêncio, os ilustradores estavam todos concentradores em suas ilustrações. Aquele evento tinha como prêmio, uma viagem para o museu da cidade vizinha. Lá tinha várias estátuas e artefatos históricos achados em escavações na terra de Punilt, ilha deserta de Alfazema.
As horas passaram correndo, as ilustrações estavam finalmente prontas e foram sendo reveladas para o público. A última ilustração a ser revelada era a de Dandara. Uma parte do público estava roendo as unhas para observar mais uma criação da idola.
— Prontos? Lá vai! — Anunciou Dandara, tirando o pano da tela.
O público se chocou com aquela ilustração, ou a falta de uma. Dandara não havia desenhado nada na tela. Estava em branco.
— Eu sei, eu sei ... O motivo da tela em branco é justamente isso. A relação entre ambos é inexistente.
Alguns voltaram atrás e aplaudiram, outros saíram do evento bufando. E outros continuaram sem entender o que Dandara quis passar com aquilo.
O evento havia se encerrado quando o sol estava baixo. Dandara arrumou suas coisas e foi indo para casa. No caminho passou pela lanchonete de Tonhão e comprou um lanche.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Jovens Deuses: O começo de tudo
FantasiDandara é uma simples jovem que é famosa por fazer desenhos incríveis. Seus trabalhos são bastante admirados em Alfazema, sua cidade. Um dia quando é convidada para um evento de desenhistas, um grupo de pessoas encapuzados á abordam no meio da rua...