Capitulo 1

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Doutor Harry Edwards William Styles
Nota: 1 dia 23/04/2003
É... Tá foda. A cerca de um ano mais ou menos, as pessoas vem mudado. Não é só o fato de serem más, egoístas e doentes. É algo que estamos tentando manter em segredo.
Vou começar falando que meu marido, ele quer adotar uma criança. Se ele soubesse o que está havendo provavelmente não iria querer uma. Proteger ele já é complicado, porque não posso abrir minha boca sobre o que está havendo.
A cerca de 8 meses, em troca do meu trabalho, o governo me deu uma casa dentro do perímetro azul. É o único lugar até então protegido aqui nos Estados Unidos, " um condomínio fechado, amor. ", foi o que eu disse a ele. E agora aqui, na frente dessa câmera, eu tenho medo de assumir que não vamos conseguir achar a cura pra esse vírus que se alastra no mundo. Começou na Itália. Um homem chamado Jean Perolli, de 23 anos estava na rua, molhou seu pé em uma poça de água ( que descobrimos ser portadora do vírus ) e ao chegar em casa, deixou a janta sobre a mesa. Sua esposa ( que sobreviveu APENAS para contar a história ) nos disse que nos olhos dele subiram veias inchadas e roxas, sua Iris se dilatou, e seu corpo começou a tremer ( tudo isso em 12 segundos ), ela se aproximou e pediu que os filhos de trancassem em um cômodo, logo o marido já estava tomando uma cor esverdeada e seus olhos criaram uma camada como a dos olhos de cegos, uma retina mais grossa. E então ela começou a chorar. Ele a atacou, arrancou uma de suas orelhas com os dentes e comeu, o que deu tempo de ela correr e de trancar em um outro quarto. Quando a polícia chegou lá, um tiro foi dado em meio a cabeça do homem, que caiu no chão morto. A esposa dele que antes se chamava Marieta Cegonna, agora se chama experimento 002. Mal sucedido. E então vem tido em média cinco casos desse por mês no mundo todo, e aumentando.
Acho que devo parar por aqui. Isso não me faz bem.
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Depois de um dia ( estressante como sempre ) de trabalho, tentando descobrir alguma coisa daquele maldito vírus, fui pra casa. Moro num condomínio protegido pelo governo e o laboratório fica dentro dele. Andei até o sobrado branco, número 112 e logo entrei passando direto por Louis que estava no sofá alisando o gato, ele se levantou e veio atrás de mim receoso logo me abraçando por trás, esfregando o rosto no meu jaleco. Merda Louis. O afastei na hora.

- Espera ai, to todo sujo Lou. - me afastei indo pro banheiro começando a tirar aquela roupa cheia de bactérias.
- Relaxa vai. Você não me põe a mão quando chega dessa dessa merda de serviço Harry! Que desgraça. O que foi? Desde que saímos de Londres você está um saco de aturar! - ele disse enquanto me olhava da porta do banheiro.

Entrei no chuveiro e respirei fundo. Ele estava sendo exagerado, eu só não gosto quando ele entra em contato comigo logo após eu voltar do trabalho, não quero passar esse vírus pro Louis por conta de bobeira.
Ele ficou me olhando como quem esperava uma resposta, o olhei, ele estava vestindo uma camisa minha, uma cueca branca e apenas. O cabelo dele estava todo bagunçado e ele mordia o lábio inferior nervosamente enquanto me olhava. Ele estava lindo, não sei descrever o quanto, mas estava.

- Achou que ia mentir pra mim por quanto tempo? - ele sussurrou com os olhos ficando vermelhos.
Eu dei graças a Deus que ele ia apenas chorar.
- O que? Mentir?
- Está na tv Harry. Vírus se espalha pelo mundo. Doutor Edwards. - ele disse já com algumas lágrimas no rosto - Não quero você no meio disso.

E então foi aí. O segredo de espalhou. Já havia rumores na tv sobre uma estranha doença se espalhando, dicas do governo da saúde, e tudo mais. Só que ainda não sabiam a urgência desse assunto.

- Lou. - respirei fundo - É só uma pesquisa. É uma doença. Doenças aparecem, e o que as vezes parece o fim do mundo é só mais uma pneumonia. Não fique assim, anjo. Estamos seguros aqui.

Ele cruzou seus braços, soluçou baixinho ao prender o choro e logo começou a desabotoar a blusa de seu corpo, deixou que ela escorresse em seus braços sem me direcionar o olhar. Já eu não conseguia tirar os olhos dele, tudo nele era lindo. Logo o vi tirar a cueca de costas pra mim. Deus, como aquela bunda pode ser tão grande e firme? Mordi meu lábio com força na intenção de bloquear meus pensamentos e logo ele entrou no chuveiro, passou seus braços em torno da minha cintura e me abraçou deitando a cabeça no meu peito. Eu suspirei com a sensação deliciosa que era ter ele me abraçando daquele jeito, desprotegido, dando soluços baixinhos conforme chorava. Repousei minhas mãos nas costas dele, e o queixo no topo da cabeça com um sorriso no rosto.

- Hey. Não fique assim. Eu sei que tenho trabalhado muito, e eu não vou hoje tá bem? Vou passar a noite em casa, você pode cozinhar pra mim e vamos ver filmes até dormir.
- Eu vejo filmes todos os dias. Se vou ter uma noite livre com meu marido, ver filme é a última coisa que eu vou fazer. - ele disse com a voz chorosa, mas carregada de malícia.

Não pude evitar as batidas do meu coração acelerar. Faz meses que eu não sei o que é sexo. Meses. Porque ou eu estou trabalhando ou Lou está bravo comigo. E hoje nada disso está acontecendo.
Senti apenas as mãos quentes dele percorrerem minhas costas enquanto espalhava beijos no meu peito. Mas eu não estava com tanta calma, queria jogar ele contra aquela parede e foder ele até ele chorar de prazer. Até ele pedir que eu pare. Até ele não aguentar ficar em pé. E se ele pudesse ler meus pensamentos eu estaria levando um tapa. Bem forte.

- Eu sinto muito sua falta... - dizia ele enquanto passava as mãos pro meu peito.
- Me desculpa Lou... Eu vou tentar ser mais presente na sua vida. - eu disse sincero.

Quando os lábios dele tocaram os meus gentilmente e eu já ia morder aquele inferior com força, meu celular toca. O celular do trabalho.

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