Para sempre

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Bucareste, Romênia. Cobertura no centro industrial...


Can veio para ele e se sentou no braço do sofá com um olhar bem sério:

— Meus irmãos nunca saíram daquela casa, precisa de paciência se deseja realmente que eles venham morar conosco. Se eu irei ficar aqui, eles devem ficar comigo.

— Leve o tempo que precisar, eu irei com você, apenas não devemos dormir separados um só dia. Essa é minha única exigência.

Tin disse igualmente sério e Can finalmente sorriu pequeno:

— Não iremos, Tin. Eu estarei do seu lado de hoje até meu último dia.

Ele se curvou e Tin lhe deu um beijo suave nos lábios assentindo.

— Nós iremos então.

— Já?

Maria perguntou vindo para eles e Tin a olhou assentindo:

— Os irmãos de Can são especiais. Não quero que eles fiquem sozinhos por mais tempo, aqui nós podemos protegê-los de tudo e qualquer coisa.

— Claro papai, eu os protegerei com minha vida.

— Nós iremos - Madá acrescentou vindo para Can e se curvando em um joelho diante dele – Você trouxe paz ao meu pai e eu trarei paz ao seu coração em pagamento.

— Não precisa disso, Madaglena, mas obrigada por desejar retribuir.

Ambos sorriam um para o outro e então ela deu um tapinha suave na mão dele sobre seu próprio joelho:

— Devo chamá-lo agora de papai também?

— Não.

Respondeu sem graça, Tin riu baixo e disse suavemente de forma que ele só falava com as duas até aquele dia:

— De cobertor de orelha para papai em uma noite... Deixe que ele se acostume, minha filha.

— Deixarei.

Ela se ergueu e sorrindo foi até a cozinha pegando uma maçã e jogando para Can que a pegou em um time prefeito:

— Coma bastante, não quero mais o cobertor de orelha do meu pai com aparência adoentada, te quero bem saudável, entendidos?

— Sim, senhora!

Can brincou e Tin se sentiu finalmente em paz. Agora tinha aquele humano ao seu lado e ele lhe daria tudo o que quisesse, completamente tudo, por toda a sua vida.

Seu cobertor de orelha, seu escolhido e seu consorte.

— Vamos, temos uma longa estrada pela frente.

— Sim.

Ambos se ergueram e Tin estendeu uma mão que Can pegou sem titubear.

— Para sempre, Cantaloupe.

— Para sempre.


Hong Kong, mansão de Yixing


O celular dela tocou e por isso ela abriu os olhos completamente sonolentos e perdidos.

Yixing sorriu pequeno enquanto assistia em silêncio ela tatear a cabeceira imaginando que estava em sua própria cama. Ele sabia por que o aparelho estava despertando, afinal eles tinham gravação aquela tarde, todos os três e no momento duas pessoas do trio que teria de chegar aos estúdios em menos de uma hora, estavam apagados para o mundo depois de uma noite de bebedeira.

Dormindo com VampirosOnde histórias criam vida. Descubra agora