Jin e Hayato

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Aviso!
Os capítulos a seguir podem ser maiores que os anteriores


Uma imensa explosão ocorre no meio da floresta, em uma fazenda. A fumaça subia no céu limpo da noite fria, as estrelas sempre tomavam conta da vasta cortina preta espacial. O som de alarme soava pela instalação, o caos já havia tomado conta da atmosfera, e todos os seguranças daquele local já estavam mortos

- Momotaro, Momotaro, me dê um pouco desse Kibidango...

- O que é Kibidango? - A voz masculina ressoava pelas paredes metálicas do prédio, fazendo eco

O dono da voz era um garoto que parecia ter 19 anos, musculoso e alto, com roupas parecidas com as de militares. O cabelo quase raspado, acompanhado de uma mecha branca, enquanto suas orelhas eram entupidas de brincos e piercings

- E eu sei lá - A garota responde rindo - Mas se não me engano, é uma música sobre matar demônios

Seu cabelo castanho ondulado era bem comprido, preso em um rabo de cavalo cheio de mechas rosas. Ela também era alta, muito parecida com o garoto militar, as roupas eram mais casuais, uma blusa preta com a estampa de uma estrela amarela, acompanhada de uma jaqueta de cor suave e shorts jeans. Carregava consigo um bastão cheio de arame farpado, coberto de sangue

Os corpos dos demônios estavam jogados pelo chão do corredor por onde passavam, corpos que eles mesmo haviam matado. A garota com o bastão os olhava com desdém, zombando de deus corpos machucados e ensangüentados

- Posso comer a carne deles depois? - Ela questiona

- Pode - O garoto militar responde - Você iria comer mesmo com um não

- Acho tão injusto só os demônios comerem crianças, só as crianças são criadas como comida - Ela ri - Isso me deixa puta

- Sim, também me deixa puto, me deixa muito puto mesmo - O garoto militar concorda

- Isso também "me deixa puto", mas podemos usar outro termo - Outra voz masculina entra na conversa

Pertencente à um garoto de aparência formal, sua pele morena era visível até em sua cabeça sem cabelos, mas com duas cicatrizes bem longas, como se tivessem sido suturadas. Ele tirava um pano de dentro suéter preto que ficava por cima da camisa social, limpando as mãos que ficaram sujas de sangue

- Então como devemos falar? - A garota questiona

- Algo como "isso me deixa irritado", "fico extremamente frustrado", "me irrita", "é enfurecedor" - O moreno responde, abrindo as portas do final do corredor, que levava para uma sala extremamente enorme

- Que? Não entendi - O militar pergunta confuso

- "Indignação enfurecida" significa estar irritado com maus tratos - Um homem alto, de cabelos brancos e roupas formais — que já estava na sala — responde a pergunta do garoto - Segurança?

- Toda destruída, como você instruiu - O moreno responde ficando ao lado dele

O albino observava a espécie de estante gigante que se estendia pela sala. Nela, crianças estavam acorrentadas em suas cadeiras, com um fio imenso preso em suas bocas. Todas eram gordas, vestidas com pedaços de panos e donas de expressões mortas e sem vida. Não era como humano, pareciam animais em um abatedouro, sendo alimentadas para virarem comida. Toda a instalação era uma fazenda de produção, algo mencionado por Sonju logo quando conversou com Emma e Ray

- Aqui fede e está sujo - A garota disse enquanto observava o lugar

- Do lado de fora, parecia ser um bom prédio, mas por dentro é uma fazenda horrorosa de produção em massa - O moreno afirma

Dreams Of a Vague Memory: A nova promessa Onde histórias criam vida. Descubra agora