Capítulo 2

36 5 4
                                    

Ulyssa continuou descendo os corredores, percorrendo os cantos arredondados. Ela tentava cegamente criar um caminho para algo que lhe pudesse dar uma dica de como escapar. Os corredores eram como um labirinto e ela logo percebeu que estava perdida nele. Ouvindo um barulho atrás dela e temendo que fosse a guarda do harém de Var, ela deslizou ao redor de um canto para se esconder. Quase imediatamente, bateu contra um peito firme e quente. Ulyssa recuou surpresa, enquanto duas mãos fortes apertavam seus braços como uma pinça.

- Relaxe! - disse uma voz. O som escuro e rico enviou-lhe calafrios na espinha, irrompendo sob sua carne em jorros sensíveis. Cada centímetro dela se arrepiou. Ela lutou para respirar. O homem riu, um som sedutoramente baixo, e perguntou: - Onde você acha que está indo?

Ulyssa sorriu, virando-se com uma carranca desafiadora. Sua boca abriu pronta para fazer uma batalha com qualquer tipo de criatura que tivera ousado tocá-la. Quando o olhar dela encontrou dois olhos escuros muito curiosos, ela congelou. O seu coração quase parou de bater em seu peito. Ela não podia respirar, mal conseguia pensar. O desejo, quente e líquido, disparou sobre ela com a visão do belo homem que a segurava. Antes, seu corpo nunca havia reagido conscientemente tão feroz, como se a tivesse tornado surda e muda.

Uma barba escura sombreava o queixo talhado do homem, combinando com os longos cabelos negros que se derramavam sobre os ombros largos. Ele era perfeito, não muito forte e não muito fraco. Mesmo imóvel, ela podia dizer que ele se moveria com a graça líquida de sua espécie. Havia algo lento e sedutor na forma como que os Var moviam-se, como caçadores agachados, prontos para atacarem, para perseguir suas presas. Ela tinha visto qualidade atlética em todos os guerreiros, mas nunca a perspectiva de ser sua presa a excitara até aquele momento.

Faixas de couro preto com tachas de prata se fixavam firmemente aos bíceps e punhos, esticadas em ambos os braços
dele. Sua camisa parecia ser um pedaço de material com duas tiras estreitas nos ombros. Era mantida unida por cruzes pretas amarradas sob seus braços, deixando seus lados e cintura expostos. Ulyssa quase desmaiou com as imagens tórridas que giravam em sua cabeça. Ele não usava a túnica dos guardas, então ela não ficou preocupada que ele a prendesse e arrastasse de volta para Attor. Na verdade, ela não estava preocupada com coisa alguma naquele momento.

Espontaneamente, seus olhos continuaram a descer, por cima do quadro. Ele não se moveu para detê-la, não agitou o braço dela para chamar sua atenção. Inconsciente da ação, ela lambeu os lábios, de repente faminta por atenção masculina. Suas calças eram do mesmo material que a camisa, macio, moldando ainda mais o seu firme e delicioso corpo. Um cinto combinava com a braçadeira, agarrando-se ao redor de sua cintura fina. Cruzado e entrelaçado a partir do joelho, ao longo do comprimento das coxas, não deixando nenhum pedaço do músculo firme para a imaginação, como revelava a carne bronzeada em todo o caminho até seu quadril.

Ela flexionou os dedos, louca para chegar à frente, para mergulhar sob o material e senti-lo. Um som baixo ressoou interrompendo os pensamentos de Ulyssa. Ela piscou surpresa, tendo quase esquecido onde estava, o que ela estava fazendo. Antes que pudesse pensar em protesto, o seu captor puxou-a para frente para seu peito musculoso e pressionou suas costas contra a parede. A pedra ao longo de sua espinha estava fria, fazendo um estranho contraste com o forte calor dele ao longo do corpo delgado dela. Ela ofegou, sentindo-se presa pelo corpo dele.

A grossa excitação dele cresceu entre eles, inconfundível em seu desejo. A
pressão gerou uma reação muito líquida em seu interior. Seus mamilos se enrugaram duros contra sua camisa, formigando, enquanto sua respiração acelerada a fazia se esfregar ao longo do peito dele. Ulyssa tremia, a cabeça gritando para lutar e correr. Ela não conseguia se mover. Um transe eufórico segurava-a em sua teia, abafando sua razão.

01 Senhores de Var: O Rei SelvagemOnde histórias criam vida. Descubra agora