Capítulo 3

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Kirill a havia trancado do lado de fora. Ulyssa parou e tentou abrir a porta uma segunda vez. Sim, ele definitivamente a tinha trancado fora de seu quarto. Suas bochechas se inflamaram.

Colocando as mãos nos quadris, bateu o pé com raiva. Bem, se ele ia ser um puritano não havia porra nenhuma que ela pudesse fazer sobre isso. O tolo estúpido estava perdendo o melhor sexo que ela já tinha oferecido. Batendo na porta, gritou:

- Ei, gatinho! Importa-se de me dizer como saio daqui?

Para sua surpresa, a porta se abriu. Ele estava completamente vestido como estava na noite anterior, em preto sedutoramente apertado. Ela se afastou da porta para deixá-lo passar.

- Não me tente a mudar de forma, mulher! Eu não vou ser
tão bom se me transformar de novo. - a voz de Kirill era dura.

Ele passou por ela para a sala, inclinando-se para pegar suas roupas do chão. Sob a sua respiração, ela o ouviu murmurar algo sobre rasgar a garganta dela para ela se calar. Ela achou melhor não lhe pedir que
esclarecesse a declaração inteira.

- Desculpe! - ela respondeu, revirando os olhos às suas
costas e fazendo uma careta.

Indo para o lado do banheiro, ele empurrou um azulejo. Quando apareceu uma abertura na parede, ele jogou a roupa no interior e caminhou até a cozinha. O buraco se fechou atrás dele. Quando ele ignorou seu hesitante pedido de desculpas, ela o seguiu até a cozinha e pediu suavemente:

- Então, como posso sair daqui?

- Você nunca para de falar? - ele perguntou, parecendo
divertido. - A manhã é um momento de silêncio e reflexão do dia.

A cozinha fora construída de metal industrial contra a pedra.
Apesar do fato de que eles estavam em um castelo, era muito moderna. Ulyssa o viu abrir um armário e tirar uma tigela. Ela fez o seu melhor para não sorrir. Em seguida, ele pegou uma jarra de leite da geladeira. Ela mordeu o lábio para não rir. Ah, era muito
agradável ver o gatinho com sua tigela de leite. Incapaz de resistir, ela perguntou:

- Café da manhã?

Ele atirou-lhe uma careta confusa. Ulyssa bufou enquanto
tentava não rir.

- O que há de errado com você agora? - Kirill exigiu, como
o cenho franzido.

- Hum, nada! - ela conseguiu falar, ainda lutando por controle.

- Você é estranha, não é? Eu não suponho que você fugiu da
enfermaria.

A expressão de Ulyssa caiu.

- Acho que não! - ele respondeu para si mesmo.

Tomando um recipiente de metal, ele derramou uma substância em pó dentro e, em seguida, adicionou leite. Ele entregou-lhe a tigela. Ela olhou para o mingau com um olhar de desgosto. Ele pegou uma colher e meteu-a na tigela.

- Aqui, come. Então eu vou te levar de volta ao harém.

O estômago de Ulyssa roncou como se respondesse a ele. Ela
estava faminta. Levantando lentamente a colher, testou a mistura com a ponta da língua. Tinha um sabor agradável, como leite pastoso, por isso ela provou um bocado.

- Foi apenas uma noite sem emparelhamento. - disse Kirill,
passando pela cozinha para a sala escura. Ele fez uma pausa para esticar os braços sobre a cabeça. - Se você tiver sorte, alguns dos
solteiros dispostos ainda estarão sem uma companheira.

- Desculpe-me? - ela engasgou, deixando cair a colher na tigela que carregava com ela. - O que exatamente é essa coisa de
emparelhamento que você quer que eu faça?

01 Senhores de Var: O Rei SelvagemOnde histórias criam vida. Descubra agora