CAP 6

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Bruno desceu comigo. No caminho contei pra ele o que o Steven havia me falado... Eu precisava dividir aquilo com alguém.

- Você precisa ter uma conversa séria com o Dilan. Certamente ele escondeu algumas coisas de você.

- Então você acredita no Steven? - Perguntei.

- Lógico. O Steven não é do tipo de pessoa que ia inventar uma história dessas, eu conheço ele a anos Hannah. E em todos esses anos ele não casou com nenhuma mulher, acho que no fundo ele esperava sua mãe voltar.

O elevador se abriu e saímos.

- Eu vou até o restaurante tomar café, quer ir comigo?

- Não, vou procurar o Patrick.

Me despedi de Bruno e fui até Patrick, eu ainda não conhecia aquele lugar direito e tinha um pouco de medo de me perder.

- Hannah! - Era aquele mesmo rapaz que tinha me destratado no início.

Fui até a recepção onde ele estava.

- Oi. Bom dia! - Falei enquanto colocava os braços sobre o balcão.

- Bom dia. Seu pai ligou aqui pra recepção perguntando de você, ele desceu mais subiu novamente, já faz um tempo.

- Tá... - Respondi olhando ao redor, o que é que eu tava fazendo ali?

- Você tá bem? - Perguntou ele.

- Eu ainda não sei seu nome. - Respondi olhando pra ele novamente.

- Cristiano, mais pode chamar de Cris. - Falou ele sorrindo, ele tava tentando ser simpático comigo. Isso eu já havia percebido. - Perguntou meu nome porque pretende me demitir?

Aquilo me fez rir.

- Talvez. - Respondi olhando pra ele com a sobrancelha levantada. O Cris fez una cara assustada e não levou na brincadeira como eu achava que ia levar, então comecei a rir. - Fica tranquilo, eu não tô aqui pra isso.

- Ufa. - Respondeu ele sorrindo enquanto respirava fundo. - Seu pai está vindo aí.

Virei de costas e o Steven tava de aproximando.

- Quero conversar com você. - Disse ele.

- Já conversamos, você ia trabalhar...

- Sim, e vou. Mais antes quero esclarecer algumas coisas.

- Não precisa... - Respondi olhando pra ele. Eu não podia acreditar em um homem que eu tinha acabado de conhecer, e pensar que o meu pai tinha sido o vilão desde sempre.

- Hannah, por favor.

Pensei um tempo enquanto olhava pra ele. O Cris ainda estava nos observando.

Concordei com a cabeça, e fomos até a recepção do hotel.
Era ao lado, havia sofás de espera e algumas poltronas, o lugar tava um pouco movimentado e bem arejado.

Nos sentamos de frente para o outro em um sofá.

- Primeiro quero te falar sobre aquela mulher que chegou do nada... Ela não é nada minha, só ficamos juntos algumas semanas, mais não existiu um namoro.

- Não precisa dá satisfação da sua vida. Você é livre pra fazer o que quiser...

- Você é minha filha. E não quero esconder nada de você... Se eu tivesse em um relacionamento, lógico que você ia saber.

- Tudo bem. - Respondi olhando pra ele.

- E sobre o Dilan... Não queria ter te contado aquilo tudo. Eu sei que você ama ele, que ele te criou com todo amor... Não tem como nenhum de nós voltar ao passado e mudar as coisas, então eu aceito tudo da forma em que está. Confesso que tenho um pouco de desconfiança em relação ao Dilan, foram muitas coisas que aconteceram antigamente. Mais isso não vem ao caso.

Livre ( Sequência do Livro "FUGA") Onde histórias criam vida. Descubra agora