Capítulo 1, O Começo

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Luminas 

  Bem, era isso. Apenas Isso, nada mais. Talvez seja apenas frustração.  

Eu me sinto triste em saber que aquele mundo teve um triste fim, mas ainda tenho uma história a contar.  Eu vivi feliz, até meus 8 anos, quando minha mãe foi morta por um elfo. O porquê? Bem, isso é por causa de algo que aconteceu alguns meses antes. 

Alice Liinus

- Poderia cuidar da Kiara por algum tempo? Eu preciso viajar, precisam de minha ajuda na cidade de Kallhan. - Pedi a um bom amigo para cuidar de minha filha, Kiara, eu confiava bastante nele e sabia de sua força. Foi ele que me ajudou a me tornar mais forte e agora, parece que precisam de mim. Seu nome é Rael, Rael Dovahkiin.  - Não precisa se preocupar, Alice, posso cuidar dela. Vamos nos divertir bastante, pequena. - Ele me respondeu positivamente, com um grande sorriso em seu rosto. Ele fez um cafuné na cabeça da Kiara, que riu - Que amorzinho... - pensei, ela era fofa demais para parecer humana. - Antes de ir, o que aconteceu em Kallhan? Vê se não se mata, Alice, sua filha precisa de uma mãe. - Rael parecia preocupado, mas até que entendo. - A tecnologia tem avançado demais, Rael. Alguns mecanismos dos anões ficaram fora de controle e emergiram, vou só acabar com eles. Não se preocupe, já formei um grupo para não correr tanto perigo, acho que umas aranhas de metal pequenas devem ser exagero, haha. - Eu era tão descrente que a tecnologia poderia acabar conosco, eu devia ter me preocupado mais.  Me despedi deles e saí em viagem, o que não demorou mais que dois dias graças a minha magia de teletransporte parcial. Teria demorado uma semana de carroça. Lá, foi quando meu trauma começou. Assim que cheguei, tudo que vi foram corpos mutilados, completamente desmembrados por criaturas metálicas com mais de 10 metros de altura. - Destroyers... -  Eu sabia o que eram aquelas coisas, quase como minhocas de areia gigantes, mas muito mais poderosas. Haviam centenas, além de Olhos do Caos, máquinas parecidas com olhos gigantes. Tentei salvar as pessoas, usei todo o mana, energia que é usada para conjurar magias, que tinha enquanto protegia os que ainda restavam. Lutamos por dias afim, sem descanso, até mesmo cheguei a questionar porque eu tinha ido, porque tinha que ser eu. Foi terrível, completamente terrível! Um massacre que destruiu um reino inteiro, o qual poucos foram capazes de escapar. Eu voltei para casa com um sorriso, Rael sabia que eu não estava bem, ele já era meu amigo há vários anos. Ele ficou quieto, sabia que eu estava tentando ser forte por Kiara, que ainda era pequena demais para entender. - A mamãe voltou! Se divertiu com o tio Rael? - Aquele sorriso doce e alegre de minha filha era contagiante, parecia até afastar tudo de ruim que havia em mim. Ela pegou uma espada de madeira e começou a brincar, com movimentos ágeis para uma criancinha, apesar de ser desajeitada. - Uma espadachim, é o que ela quer ser? -  Pensei, olhando diretamente para Rael, que era um espadachim habilidoso. Eu não duvidaria que ele fosse tentar influenciar Kiara a adentrar no mundo da espada, mas é claro que eu não o impediria se ele fosse seu tutor. - Muito bem! Você ficou bem forte, em algum tempo será tão forte quanto a mamãe.  -  Disse a ela, incentivando. 

 Com o tempo, relatos de uma nova crença surgiram e se espalharam como a palavra dos deuses. A Igreja Sotetiana, que espalhava que a tecnologia seria o fim do mundo, e, eu acreditei neles. Eu vi com meus próprios olhos, aquelas coisas vão voltar se os reinos continuarem usando a Forja do Abismo, lugar de onde aquelas aberrações vieram.  A igreja foi ignorada pelos governantes, mas estava ganhando mais poder e fidelidade do povo. Nesse meio tempo, Rael havia se tornado secretário do rei de Juras,  um reino de influencia alta. Se tornou seu braço direito. Eu já era uma fiel da igreja, mas Rael duvidava das intenções dela. - Eu só quero proteger minha filha! Eu vi o que aquelas coisas são capazes de fazer! Porque não acredita em mim?  - Questionei, irritada com toda aquela dúvida. Mandei Kiara ir brincar no quintal, para que não pudesse ver ou ouvir o que estava por vir... 

The Symbol of ChangeOnde histórias criam vida. Descubra agora