a volta

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Olivier

bom, se passaram 5 anos depois de tudo da ilha, eu tenho 27 anos agora, a Amelie 28, a Bárbara tem a 26, o Wandebas tem 45 e o Milo deve ter 25

muita coisa aconteceu depois da ilha, eu fiz o trabalho do meu pai, minha mãe voltou pra Porto com a minha irmã, a Bárbara e o Wanderley, a Amelie e a Bárbara se casaram, as duas tiveram casamento simples, mas foi bem legal, a Bárbara tem a sua própria floricultura agora, a Amelie trabalha com ela pra ajudar, minha mãe hoje em dia é solteira, por ela ser rica independente ela não trabalha,a Amora também saiu da ilha pra fazer faculdade de artes, algo que combina com ela, eu acabei encontrando ela por aqui, o Wandebas continua com aquele negócio que eu não entendi muito bem, a tal da ordem

bom, e eu, agora eu moro sozinho em um apartamento em São Paulo, eu não preciso de emprego, mas eu tô numa padaria que meu amigo Léo abriu em pouco tempo, então eu tô lá pra ajudar ele

e sobre o Milo, eu nunca mais ouvi sobre ele, a Bárbara falou que ele decidiu ficar pra continuar com o trabalho do pai dele, eu realmente sinto falta dele, ele foi muito especial pra mim e eu fui embora sem dar meu último beijo nele, me sinto culpado todo dia por causa disso

mas o Milo foi um aprendizado pra mim, eu aprendi a amar por causa dele, ele vai ficar marcado pra sempre

eu ainda guardo os nossos bilhetinhos e aquele buquê que ele me deu (não sei como as flores ainda estão vivas, mas a Bárbara sempre me ajudar então)

e agora eu tô numa balada (obrigação do Léo), me enchendo de álcool por pegar o número de uma menina que se chama "Linda", eu não estava interessada nela (obrigação do Léo 2.0) mas eu fui

-amigo, você tem que comemorar, você não pega o número de alguém faz, 7 anos?- ele fala apoiado no balcão do bar bebendo o último gole da cerveja

o Léo é um cara legal, ele é meu melhor amigo, ele também é muito bonito, mas bota MUITO BONITO nisso aí, ele seria um típico cara de romance adolescente, ele é alto e tem um cabelo preto, seus olhos são castanhos, ele é pardo, eu sou grato por ele desde sempre, ele é meu amigo faz 14 anos

-eu sei, mas parece que perdeu a graça isso sabe- eu falo colocando o celular no meu bolso

-é aquele cacheado né?-eu apenas aceno com a cabeça fazendo um sim- amigo, ele te deu uma puta lição de moral, você aprendeu a gostar de alguém, agora você não pode travar sua vida, você pode sentir falta dele, mas aquela saudade boa, que você se lembre dele nas partes boas, entende?

-entendo

-agora, você pegou um contato de uma garota gata, vai comemorar, vamos beber

-beleza

-é isso que eu tô falando-ele se vira pro barman- gato, me traz mais uma rodada pra ver se eu tenho coragem de pedir seu número- ele pisca por barman, eu queria ter essa coragem que ele tem de flertar com todo mundo

-você não precisa de mais uma rodada pra pedir meu número- ele entrega a bebida pro Léo e eu fico surpreso, não é que funcionou- esse é pela minha conta e pega meu contato- ele entrega um guardanapo e vai pro outro lado e o Léo se vira pra mim

-uau

-é assim que se faz Olivier-ele bate o copo dele no meu

depois de um tempo a gente foi embora (finalmente, se eu ficasse mais um minuto lá eu iria explodir) Léo me deixou em casa e foi pra casa se arrumar porque daqui uma hora ele ia abrir a padaria, eu tava sem sono, então apenas tomei meu banho, mandei mensagem pra a tal de Linda e fui me arrumar pro trabalho, geralmente eu chego mais tarde que o Léo, mas eu tava sem sono então decidi ir lá logo, pelo horário eu ia chegar mais cedo que o Léo, então decidi ir na floricultura da Bárbara e da Amelie, até porque ela abre bem cedo, e por ser 04:30 já devia estar aberta

os dois não ficam juntos no final (milovier)Onde histórias criam vida. Descubra agora