Aysú

Prólogo

O começo

Uma doença respiratória eclodiu na Ásia, alastrando-se com uma rapidez alarmante e transformando-se em uma pandemia de proporções catastróficas, que resultaria em um número incalculável de mortes.

O que inicialmente era considerado um mero "probleminha", como descrevia o governo chinês, rapidamente se converteu em uma questão de gravidade extrema, atraindo a atenção da mídia e recebendo a devida importância da ONU. Diversas medidas para conter o contágio foram implementadas por inúmeros países; campanhas educativas foram disseminadas pelos órgãos mundiais de saúde, pela televisão e pela internet.

O medo generalizado da doença era palpável, mas, como é comum, alguns indivíduos demonstravam desprezo pela gravidade da situação. Certos países rapidamente se tornaram epicentros da epidemia. Em decorrência disso, muitos centros comerciais foram fechados, e o mundo parecia ter paralisado, como se tivesse cessado sua marcha incessante.

Os médicos e trabalhadores da saúde emergiram como verdadeiros heróis, enfrentando o fardo angustiante de lidar com a morte e o sofrimento, enquanto confrontavam sua própria impotência diante da doença, frequentemente confrontados com perguntas para as quais não havia respostas definitivas ou formuladas.

As pesquisas para o desenvolvimento de vacinas foram iniciadas poucos meses após o surgimento da pandemia, suscitando uma grande onda de esperança entre a população. As vacinas foram elaboradas com uma celeridade desesperada, e a demanda para a imunização foi colossal, com todos buscando proteção contra a praga.

Com o tempo, o mundo começou a retomar uma aparência de normalidade, e algumas pessoas conseguiram reassumir suas vidas cotidianas. Contudo, a doença ressurgiu com renovada força, forçando novamente a população a se recolher em seus lares, buscando refúgio e segurança nas paredes de suas casas e apartamentos.

Este ciclo incessante de crise e esperança, de avanço e retrocesso, revela a complexidade e a intensidade da experiência humana diante de uma pandemia global. A tragédia expõe não apenas a fragilidade da existência, mas também a resiliência e a luta desesperada pela sobrevivência em um mundo abalado.

Um mundo sem retorno. Um mundo fadado a destruição e tormento.