;Nameless Feeling.

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Notas iniciais:

IAE GENTE!

Tô sumido faz bastante tempo, eu sei, mas estou de volta. Bem, nos últimos tempos assisti o filme The Black Phone/O Telefone Preto, e o que era só pra ser mais um filme, virou minha nova obsessão. No filme tem os personagens Finney e Robin, que são as coisinhas mais lindas do mundo, meus protegidos e que apaixonei depois de assistir. Eles combinam muito e ficam adoráveis juntos, daí resolvi escrever uma fanfic, porque preciso alimentar esse fandom. Recomendo assistir, é simplesmente incrível e preciso surtar com mais pessoas.

Vamos a uns avisos: o filme por si só já é um ambiente extremamente hostil pro Finney e pro Robin. Se passa no final dos anos 70, tem a homofobia típica do período e o Finney sofre bullying. Essas coisas vão ser mencionadas aqui, então, se você não se sente confortável lendo, pense duas vezes antes de prosseguir. Não é nada extremo, mas têm pessoas que não se sentem confortáveis, então aviso desde já.

Agora vamos à fic! Espero que vocês gostem de ler tanto quanto eu gostei de escrever.

Boa leitura~

Finney não conseguia explicar exatamente o porquê, tinha uma dificuldade notória em nomear aquela sensação estranhamente reconfortante que se apossou não só de sua mente, mas também de seu físico; porém, uma certeza era plena em sua mente melancólica, tão incerta e juvenil: algo em Robin Arellano chamou sua atenção desde o primeiro dia em que o viu.

Ele recordava perfeitamente, como se fosse ontem, do momento que o garoto apareceu em sua vida pela primeira vez. Boatos corriam desenfreados pela escola de que um aluno novo estava para chegar, no entanto, sempre desligado dos arredores e aconchegado no próprio mundinho interno, onde ninguém poderia intimidá-lo, não deu lá muita atenção. Até que ele apareceu, e Finney Blake, que nunca levantava a cabeça além dos momentos que o professor estava ensinando a matéria, se pegou com a atenção inteiramente voltada para o novato.

Arellano parecia perdido e, de certa forma, entediado, distante. Risadinhas sarcásticas varreram sorrateiramente o fundo da sala, oriundas dos mesmos babacas que praticavam bullying consigo desde que se entendia por gente. Escutou os sussurros maldosos e debochados a respeito da aparência franzina e um tanto feminina de Robin, e também caçoando seu sotaque latino em meio ao inglês quebrado. Estava estampado na cara dele que percebera ser um alvo em potencial de bullying, mas não parecia nem um pouquinho intimidado, algo que surpreendeu Finney.

Em certo momento seus bullies começaram a fitar o novato fixamente e se entreolharem, rindo. Blake se encolheu no assento, com medo, se solidarizando pelo outro. Entretanto, ao contrário do que todos esperavam, o garoto não ficou quieto.

— Vocês aí, o que há no meu rosto? — Arellano apontou com a cabeça, levando toda a sala a olhar para trás — Perderam o cu na minha cara?

Os três gargalharam de maneira maquiavélica. O menino de cabelos pretos que sempre lhe atormentava e incitava as agressões se dirigiu a Arellano:

— Nada de mais, boneca. — disse em tom de escárnio — Só rindo da sua carinha de baitola e do seu inglês mais podre que o de uma criança de cinco anos.

A sala toda pegou o embalo, um sonoro e contínuo "Iiih" se estendendo pela turma. Robin nem sequer fechou a cara ou demonstrou vergonha, apenas rebateu, como se tivesse ensaiado por dias e estivesse na ponta da língua:

— Mesmo com meu inglês podre e carinha de baitola, ainda falo fluentemente em dois idiomas e consigo te xingar de inúmeras formas até você sair correndo contando 'pra sua mamãezinha em todos eles, gringuito hijo de puta.

Attention - Finney/Robin Onde histórias criam vida. Descubra agora