Prólogo

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Era pra eu ter postado essa fanfic a um tempo, mas eu ainda estava resolvendo algumas coisas dela,
(talvez eu mude alguns detalhes depois, mas irei avisar)
Era para eu estar atualizando as outras fanfics tbm mas o cap novo de Mnha me destruiu um pouco kkkkk

Gosto bastante do plot dessa fanfic e já tenho alguns caps preparados, ent n vou demorar para atualizar

(Vou fazer uma capa descente depoiskkkkk)

Espero que gostem :))

O garoto olhou a marca em seu pulso, tinha acabado de completar seus oito anos, esperava algum super herói, talvez um avião ou algo bem másculo como um tanque

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O garoto olhou a marca em seu pulso, tinha acabado de completar seus oito anos, esperava algum super herói, talvez um avião ou algo bem másculo como um tanque. Mas era uma latinha sabor laranja e de morango, ou foi o que achou ser pelo menos. O desenho possuía um relevo, claro, imaginou, é uma cicatriz.

Correu animado pela casa, acordando papai que dormia no sofá, sendo coberto por apenas um lençol, depois dele abrir os olhos e lhe dar bom dia com um sorriso cansado, correu a suíte da casa, atrás da mãe. Finalmente havia ganhado a sua marca, embora não a entendesse, agora tinha a certeza de que possuía uma alma gêmea.

Almas gêmeas era algo que existia a milhares de anos, diferentes de quirks que tinham surgido a pouco tempo. Não existia uma regra, normalmente, eram pares, duas pessoas com ligações tão fortes, antes mesmo de se conhecerem. Existia as exceções, havia pessoas que não possuíam uma marca, outras tinham duas alma gêmeas ou mais, os desenhos sempre iguais, marcadas na pele.

Mas cada par de marca era única, não teria dúvidas de que, alguém com a mesma cicatriz que a sua, era sua alma gêmea, aquele predestinado a te conhecer e, com sorte, passar pacificamente a vida inteira ao seu lado. Ainda mais quando haviam um sinal entre elas, quando se aproximavam o suficiente pela primeira vez, elas brilhavam quase como mil sois.

Mesmo depois de sua festa de aniversário, exausto na cama, tarde da noite, continuava encarando a marca. Para a sua infelicidade, não era igual da garota que gostava de brincar, sua colega de sala, isso o desanimou bastante, mas não conseguia apagar a euforia de saber que em algum lugar tinha alguém com o mesmo desenho no pulso.

Depois de alguns anos, Eijirou se perguntou se essa pessoa apareceria.

* * *

Foi quando estava no quarto ano do fundamental, esperando a aula acabar para aproveitar o intervalo, recebeu um chamado da diretora, falando que sua mãe estava o esperando fora da sala. Saiu animado, talvez ele finalmente iria a uma das viagens de papai, ou talvez eles iriam todos almoçar naquele restaurante um pouco longe, mas com um curry delicioso.

Mas não foi nada disso que aconteceu, o garotinho moreno sentiu o chão desabar, nunca parou para pensar que barulhos abafados eram aqueles de noite, uma parte sua, provavelmente já sabia, mas não queria admitir, porque achou que mamãe e papai se amariam para sempre. Preferia acreditar que era um fantasma desolado chorando pelos corredores, do que as várias brigas que aconteciam.

Agora sentado em uma cadeira de madeira, em que seus pés nem alcançavam o chão, todo arrumado e perfumado, desejou que eles se acertassem depois disso, mas sabia que não iriam.

Eijirou amava o seu pai, mesmo ele tendo cheiro de saquê quase o tempo todo e trabalhando muito, ao ponto de quase não se verem. Ele amava o seu pai, porque era o único que ele tinha, que brincava com ele de carrinho e jogava bola.

Mas quando o juiz perguntou com quem ele queria ficar, ele respondeu "mamãe", porque ela pediu para ele dizer isso e sua mãe raramente pedia algo. Poderia ser um erro, olhando para trás, o garoto se perguntou se aquela resposta mudaria algo, porque não teria como seu pai cuidar dele naquela época e a mãe sempre tem preferência na guarda dos filhos.

Não parecia tão ruim no começo, mesmo quando saíram daquele tribunal cheio de gente engomada, nem quando a faxineira foi dispensada, nem mesmo quando se mudaram para outra cidade. Tentava não parecer triste, porque mamãe já estava triste o suficiente por se separar de sua alma gêmea e queria anima-la, então se manteve firme.

Não era tão ruim, as vezes era um pouco animador, as vizinhas eram velhas e legais, lhe davam várias geleias e mudas de flor para sua mãe plantar no quintal, embora as plantas nunca vingassem. Estava tudo bem, até as férias acabarem e ele ter que ir para uma nova escola.

Queria fazer amigos, realmente se esforçou, se esforçou muito, mas ninguém queria andar com o garoto estranho "sem pai", Kirishima tentou retrucar, ele tinha um pai oras! O mais velho só não estava junto dele agora... mas sempre atendia suas ligações e mandava carrinhos novos.

Comer sozinho no recreio não era legal, guardou para si, porque todo mundo parecia ter problemas demais para ele contar os dele. Então um certo dia, já no meio da primavera, um garotinho de cabelos castanhos se sentou perto de si no banco, ofereceu seu bentõ e começou a falar sobre super heróis.

Eijirou fez seu primeiro amigo, estava muito feliz, logo depois fez outros, porque Tomo era bem popular e o moreno queria ser também, assim ficaria ao lado do melhor amigo sempre e nunca mais ficaria sozinho.

Tomo ia em sua casa frequentemente, eles trocavam figurinhas, cartinhas de heróis, hq's e revistas, comentavam animados sobre seus super heróis favoritos, cantavam e dançavam, tão empolgados e satisfeitos com a companhia um do outro.

Kirishima simplesmente não conseguia entender, como seu melhor amigo não era sua alma gêmea? Chegou a comentar isso com o garoto, seus olhinhos morenos se espremeram e uma risadinha saiu de seus lábios.

- É só uma marca no braço, podemos escolher nossas próprias alma gêmeas!

- Você me escolheria como sua alma gêmea?

- Claro! Você é meu melhor amigo, não é?

- S-Sou!

- Então somos almas gêmeas - Se levantou da grama, algumas folhas enroscadas nos fios castanhos, abriu sua mochila escolar e puxou uma caneta de dentro dela - O que vamos desenhar de marca?

- Um tanque!

- Um tanque Ei? Eu não sei desenhar tanques.

- Então pode ser um foguete, eles também são másculos não é?

- Se vamos fazer um foguete, vou fazer uma estrela também - Tomo puxou seu pulso, a ponta da caneta fazia cocegas, mas logo eles tinham desenhos combinando.

Mamãe achou uma graça, foi realmente uma pena, quando o desenho se apagou no banho. Mas não tinha problema, ele desenharia de novo quando se encontrasse com Tomo no dia seguinte.

I don't know you yet Onde histórias criam vida. Descubra agora