Needy

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Não irei colocar nenhuma desculpa do porquê eu sumi 👀
Acontece né
Enfim n sei se alguém ainda lê minhas fanfics, talvez eu devesse melhorar meus links e perfils

O cap de hj até que tá grandinho, eu não sabia muito bem que rumo tomar e a minha escrita está meio enferrujada, mas dei o meu melhor

Espero que gostem 😊

Demorou alguns minutos para pensar no que fazer, pensei em esquecer essa história e dar meia volta, ir embora

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Demorou alguns minutos para pensar no que fazer, pensei em esquecer essa história e dar meia volta, ir embora. Porém a dor na marca estava piorando e eu estava preocupado demais com ele, mesmo que eu nem gostasse do garoto marrento que gritou comigo.

Querendo ou não, ainda era minha alma gêmea, a pessoa que eu esperei por todos esses tortuosos anos. Caminhei até a máquina de venda que eu estava quando o vi pela primeira vez.

Comprei dois refrigerantes, pressionei uma das latinhas geladas na minha marca para aliviar o ardor e comecei a andar pelas ruas, refazendo os passos daquele dia. O som de explosões retumbou nos meus ouvidos depois de alguns minutos caminhando, com certeza era ele, talvez explodindo muros de novo.

Me aproximei sorrateiramente, não queria que me visse ainda, ele ainda me dava um pouco de medo apesar de tudo. Abaixei atrás do muro, o garoto loiro estava explodindo latinhas em um campo de futebol improvisado, aonde as outras crianças do bairro deveriam brincar, porém estava vazio, só eu e ele.

Me senti um pouco solitário, do mesmo jeito que eu me sentia quando estava com problemas e não havia ninguém para conversar comigo. Mesmo tendo achado minha alma gêmea, eu ainda me sentia sozinho, talvez sejam as circunstâncias.

O valentão parou de explodir as latinhas, sua quirk era poderosa e ele parecia aprimora-la com frequência, talvez seja isso que ele esteja fazendo agora. Fiquei com um pouco de inveja, a minha individualidade não servia para nada, tão idiota e comum.

Mamãe fala que eu não deveria me tornar um herói, porque é perigoso demais, mesmo assim, ela continua me apoiando nas minhas próprias decisões. Sei que ela está com medo de eu me machucar, porém quanto mais eu penso sobre isso, sei que não posso me tornar um herói.

– Eu sei que você está aí.

Pulei no lugar, sua voz era grossa e estressada, o encarei, ele estava olhando para mim agora, e eu nem ao menos tinha percebido. Sai de trás do muro e bati minhas mãos na minha camisetas para tirar toda aquela poeira das explosões, depois puxei as latinhas que estavam no chão junto comigo.

– Não é muito educado ficar espionando os outros – Debochou – Qual é o seu problema? Seu esquisito.

– Não sou esquisito – mas eu não tinha uma desculpa do porquê eu estava ali – Eu só... Estava passando por aqui.

– Você mora em outro distrito – Pontuou como se aquilo fosse óbvio, me senti idiota.

– Como você, como você sabe?

Minha fala saiu travada, um pouco surpreso por ele ter reparado isso. A sua revirada de olho chegou a doer.

– Além de você e seus amiguinhos idiotas estarem claramente badernando em um passeio, eu li o nome da sua escola no uniforme.

– Ah.

O suspiro que saiu da minha boca era curto e patético, eu não sabia muito o que falar depois disso, ficamos nos encarando por um tempo. Ele cruzou os braços sobre o peito e esperava claramente eu falar alguma coisa.

– Estava preocupado – Contei a verdade, me parecia bobo agora – E eu também estava com tédio, então decidi passear.

– Preocupado?

– Minha marca estava ardendo – Virei o pulso para mostrar, porém agora quase não estava vermelho, nem doendo, talvez ele não precisasse da minha ajuda.

– E você acha que eu preciso ser resgatado igual uma princesinha? Vai se foder chorãoshima.

Fui idiota, como tenho sendo a um tempo, óbvio que ele não precisava da minha ajuda, o garoto a minha frente parecia bem mais forte do que eu em todos os sentidos.

– Meu nome é Eijirou Kirishima – Retruquei bravo, mas estendi uma das latinhas de refrigerante, esperava que ele gostasse daquele sabor – Você não é uma princesinha, é um garoto chato com boca suja.

– Vai se foder.

Ele se virou para ir embora, eu ainda não sabia o seu nome e não cheguei tão longe só para ser maltratado. Talvez minha alma gêmea não deveria ser aquela e o universo estava errado, o universo estava errado sobre mamãe e papai afinal.

Taquei a latinha de refrigerante nele, ou era a intenção pelo menos, mas tudo o que aconteceu foi ela bater no chão perto do seu pé e explodir. O refrigerante respingou em mim e encharcou metade da calça dele, foi então que percebi a besteira que eu tinha feito.

– Qual é a porra do seu problema?! Você tacou a merda dessa latinha em mim?! – Ele berrou e eu automaticamente me encolhi.

– Eu não joguei em você! Ela bateu no chão!

– Não sou um idiota, você que é ruim mira pra caralho!

Ele agarrou a gola da minha camiseta e me puxou para frente, sua mão estava fumegando a centímetros do meu rosto.

– Só por que nossas marcas são iguais você acha que eu não vou te bater?!

– Me bate e eu taco a outra latinha em você seu estúpido!

– Você só pode estar louco – Ele me soltou, atordoado – Realmente acha que eu preciso de você?

Seus olhos rubros estavam desacreditados, senti minha garganta dar um nó e meus dentes rangerem com a minha carranca. Porque apesar de todos esses anos, eu ainda achava que precisava dele. Precisava de alguém para me ouvir, me compreender e me consolar, eu ainda precisava saber que alguém não iria embora.

Ele é a minha alma gêmea, apesar de tudo.

O garoto loiro encarou seu próprio pulso, depois o meu, e por fim voltou sua atenção para o meu rosto. Sua frase saiu incrédula, talvez tenha doído mais do que se ele tivesse me batido.

– Por All Might você realmente acredita nisso.

I don't know you yet Onde histórias criam vida. Descubra agora