07° Capítulo

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Sabina agora me olhava diretamente, estar com ela em minha frente apagava qualquer vestígio do mundo em minha volta, era como se tudo não passasse de borrões ao meu redor. Eu estava me sentindo assim em relação a Ela, vulnerável, Sabina tinha esse poder sobre mim, e eu queria que fosse o único.

-estamos em uma reunião liderada pela minha sócia e amiga Joalin

Ela sorriu bebendo seu vinho.

-Porque essas pessoas estão vestidas assim?

Sabina sorriu abertamente 

-Isso é uma reunião de praticantes de bdsm, e como eu sei que você não é tapada, aposto que sabe o que isso significa

Afirmei, agora pensando no que essa mulher iria me obrigar a fazer, afinal eu só sei a parte superficial, não conheço as regras e muito menos como se pratica isso. Sabina então apertou a minha cintura e sorriu.

- Eu quero que você saiba que meu casamento com você não tem nada haver com isso -olho a mesma surpresa -Se te escolhi pra ser minha, é porque tenho meus motivos 

Era uma sessão nova pra mim, na minha cabeça Sabina nunca me convenceria a entrar nesse lugar se não fossemos noivas, então simplesmente presumi que ela só me trouxe porque agora tem o poder de me obrigar a fazer o que ela tiver vontade.

-Então por que me trouxe? 

Ela apenas se aproximou de mim me fazendo sentir seu hálito quente no meu ouvido, era como se meu corpo respondesse a cada movimento dela, mas eu não queria. 

-Sou uma domme, e quero que você seja minha submissa -meus olhos vão direto pros seus lábios, ela sorri mostrando aqueles dentes bem branquinhos e se afasta - Ao contrário da vida real, eu não posso te obrigar a ser minha submissa, a escolha é sua.

Pude sentir meu coração bater, era visível o meu desespero, Sabina já não me olhava mais, estava óbvio o que ela queria, a maior e mais poderosa mafiosa da cidade estava pedindo a minha permissão pra uma coisa que ela queria muito, eu podia ver em seus olhos o quanto ela me queria como sua submissa, e querendo ou não era divertido pensar nisso, pensar que a mulher mais poderosa da cidade estava praticamente me implorando com os olhos.

-espera... - Sorrio De lado já sabendo seu desejo -Quer que eu seja sua submissa e me submeta a isso -Mostro o salão pra ele -Me leva embora, agora!

Ela assentiu e se levantou pegando em minha mão, eu mal pisquei e Sabina e eu estávamos dentro do carro, a mesma parecia um tanto frustrada, mas ela nunca iria admitir isso para mim, em vez disso demonstra seu ódio apenas ficando em silêncio. Quando o carro para, o motorista abre a porta pra mim e Sabina segura meu braço me fazendo sentar de volta, A mesma segura meu queixo me fazendo olhar pra ela.

-boa noite pequena -Ela diz e puxa meu lábio inferior com o dente -Sonhe comigo. 

Eu saí daquele carro com as minhas pernas tremendo, mas eu não podia cair, porque além de estragar um vestido lindo, daria motivos pra Sabina achar que ela me afeta mais do que pensa. Entrei em minha casa dando de cara com meus pais, nem estou surpresa.

-Então, como Foi?

Eu podia simplesmente dizer que Sabina me levou a um lugar completamente hostil e longe da nossa realidade, mas quem disse que eu ganharia alguma coisa com isso?

-muito bom, quase esqueci que estou sendo obrigada a fazer isso contra a minha vontade.

Eles logo ficam em silêncio e saio andando em passos rápidos pro meu quarto, entro no msm batendo a porta e me jogo na cama, acabo por tirar meus sapatos na base da preguiça e enfio a cabeça no meu travesseiro 

Sabina me quer como sua submissa, e se ela não me tem assim, não pode tocar em mim... vou acabar com esse casamento bem rápido se depender disso... mas se eu for mesmo me basear nisso, preciso pesquisar bem mais...

Olho meu notebook carregando e me sento na cama, retiro meu vestido ficando seminua na cama, pego o computador e coloco sobre meu colo.

Submissão

disposição para obedecer, para aceitar uma situação de subordinação; docilidade, obediência, subalternidade.

Hmm... ok, isso tá ficando cada vez pior, é isso que Sabina quer que eu seja...

Bom... vamos agora pra Domme...

Bdsm... agora sim tá ficando bem interessante...

Espero que a representação disso não seja aquele filme horrível...

Estar tão vidrada nessa pesquisa de bdsm me faz pensar em Sabina, ela se tornou uma Domme, então me pergunto quantas subs ela teve antes de me conhecer. Ela confiou em mim o bastante para conhecer esse seu mundo, irônico como uma palavra minha tem o poder de ferrar com tudo.

Ao que tudo indica Sabina tem seus poderes sobre uma submissa, mas ela também não pode me obrigar a fazer nada que eu não queira, se não ela vai estar quebrando uma regra extremamente importante... adorei.

Mesmo assim eu neguei isso, me pergunto como ela deve estar se sentindo agora...

(...)

Talvez fosse o sumiço de Sabina, ou meu fogo no cu, mas eu estava começando a sentir falta. Já tinha se passando 3 semanas que nós duas tínhamos ido aquele salão, e a mesma praticamente sumiu do mapa, era como sela tivesse evaporação da face da terra. Eu estava na escola, meus olhos se mantiam no sanduíche de banana que eu tinha em mãos, eu era rainha de fazer esse tipo se combinação, banana em tudo.... banana até no arroz e feijão.

BOOM

Era só isso que eu conseguia escutar, e depois um zumbido, ai veio a dor...

Abri meus olhos com direito a dor de cabeça acompanhada de mal estar, eu podia escutar duas pessoas discutindo no fundo, minha visão estava turva e eu só conseguia pensar na dor horrível que eu estava sentindo, quando minha visão voltou nitidamente, percebi que estou numa cama de hospital, meus olhos vão direto a duas pessoas discutindo... e eram Sabina e o Médico? 

-Sabina...

A mesma me olhou e caminhou em minha direção, ela tinha os olhos em mim, a mesma parecia estar extremamente aliviada.

- Que bom acordou, como se sente?

Tentei me sentar com sucesso, mas a minha cabeça ainda doía bastante.

-O que aconteceu?

O médico se aproximou e coloco uma lanterna no meu olho, para ver como estavam minhas pupilas.

-resolvi fazer uma visita ao seu colégio -ela diz como se não fosse nada -E acabei chegando bem na hora que te deram um bolada na cabeça 

Essas coisas aconteciam comigo, não uma bolada, mas coisas improváveis assim eram bem comuns de se acontecer justo com a Heyoonzinha aqui. 

-Então me trouxeram pro hospital porque eu tomei uma bolada na cabeça?

Ela assentiu e se aproximou.

-Mas não se preocupe, eu já cuidei do idiota que fez isso.

Eu tinha até medo de perguntar.

My Domme [G!P]Onde histórias criam vida. Descubra agora