My Domme [G!P]

Capítulo 27°

Finalmente voltei para minha cadeira, estava com os cabelos bagunçados e suada, afinal depois de 7 rings, acabei me entregando a mais umas 15 músicas que Sina deixou ajeitadinha para me animar. Nós três estávamos dançando juntas, até Josh aparecer e puxar Sina para dançar com ele, deixando eu e Sofya confusas com esse tipo de atitude, até porque não tinha como dançar colado com aquelas músicas animadas.

Sabina ainda tinha os olhos em mim, analisando meu corpo, descendo para o meu pescoço. Ela me observava enquanto eu estava ofegante, sua análise sobre meu corpo me fez corar de forma involuntária e ao mesmo tempo eu me perguntava que sensação era aquela. Sabina me olhava de forma diferente, na sua visão eu era bem mais do que sua noiva agora, talvez seja por isso que seus olhos estão em mim de um jeito tão profundo. Não sabia de seus sentimentos, ou evitava pensar e acabar por encantada demais em uma fantasia que talvez eu mesma tivesse criado.

Seria meu medo de viver um amor outra vez?

Será que ela já amou alguém de forma romântica?

Era claro que Sabina tinha uma vida corrida, eu não preciso explicar isso para ninguém, foi a primeira coisa que me falaram dela, foi a primeira coisa que eu achei ao pesquisar, foi a primeira coisa que eu soube ao me informar. Todos diziam a mesma coisa "ela não é mulher de uma só" e talvez fosse, mas porque ela me escolheu?

Não sou a mais linda
Nem a mais inteligente
Muito menos menos a mais experiente.

Shivani me disse que Sabina  já decidiu que eu seria sua assim que me viu... Será que ela viu a submissa ideal em mim? Logo eu que não sabia nem a ponta do iceberg sobre esse mundo, e ainda não sei. Ela me obrigou a entrar na sua vida, mas me convidou com cautela a pisar em seu mundo e me mostrou o que nem mesmo eu gostaria de ver. Não estou romantizando a forma com que ela me abortou, mas ao me apaixonar por ela, minha mente foi capaz de reduzir a apenas um encontro inicial. Ela já sentia que eu seria dela, mas escolheu arriscar do que nunca saber sobre isso, porque ela é Sabina Hidalgo, a mulher que sobreviveu a dois tiros e a morte de grande da sua família.

Quem era eu mesma perto dela?

Não que minha autoestima fosse baixa de algum jeito, mas eu não passava de uma fedelha semi virgem que acabou de fazer 18 anos. Pensar em Sabina e em mim me traz um certo desconforto, um que sinceramente me faz analisar se sou a pessoa correta para estar ao lado dela. Eu não saber sobre seu mundo obscuro, nem quero me misturar com seus negócios sujos. Não sou experiente e muito menos competente. Ainda não tive a minha primeira cena com ela e eu nem sei se irei gostar. A ansiedade é grande, mas o medo de não gostar é maior ainda, porque eu quero isso, eu quero ser submissa dela, mas não posso ir contra meus princípios.

Sabina me obrigaria a casar com ela, mas não seria capaz de me obrigar a entrar nesse mundo, ela respeita tanto a prática que se irrita facilmente se alguém desrespeita. Eu até cheguei a comentar alguns filmes relacionados que eu havia visto e Sabina praticamente rosnou pra mim. Me pergunto se ela seria capaz de viver comigo sem ter o que queria? Ela me queria como submissa ou me queria com ela?

Olhando para ela agora eu posso dizer o quão sortuda sou por ter cruzado seu caminho aquela noite, mais ainda dela ter me enchercado em meio a todas as outras. Eu a amava e isso não tinha como omitir, esconder ou sufocar. Eu não queria deixa-la sem saída ao revelar esse sentimento, afinal eu não queria ser apenas um capricho para Sabina, não posso ser apenas um capricho pra ela, justamente por isso vou guardar isso comigo até ter certeza sobre os reais sentimentos de Sabina. Eu precisava ter certeza que eu era bem mais que um mero capricho. Eu queria ver se meu papel como submissa mudaria isso de algum jeito, afinal estávamos em concordância completa sobre nossos desejos uma pela outra, mas ainda sim eu me sentia presa em uma linha direta entre o desejo e a paixão.