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• no mesmo dia •

  { MEGAN BARRET }

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{ MEGAN BARRET }

As coisas estavam normais, bom, a única diferença era que eu estava meio que brigada com o Cooper sobre o ocorrido de hoje de manhã.

A aula de educação física havia acabado e por não conseguir fugir da aula, tive que participar, o que resultou eu correr e fazer exercícios e agora eu estou suada e grudenta. Espero todas as meninas saírem do vestiário feminino para finalmente poder tomar banho, não quero que vejam meu corpo, pois sempre que eu tomava banho minhas partes doía ao sentir contato com a água, o que logo fazia-me sangrar....

Se olhar no espelho, se ver nua e ao se tocar eu me sentia enojada da pessoa na qual me tornei, sentia nojo de mim mesma por ter deixado eu me afundar desse jeito e sentir tudo isso dói e essa dor ? Ela nunca vai embora, por mais que te digam que ao contrário.

- Megan ? -escuto me chamarem e rapidamente desligo o chuveiro.

- Quem tá aí ? -pergunto.

- E a Cynthia - Parker fala é só após a sua confirmação reconheci sua voz.

- O que você quer ?

- Hum. Eu só queria saber se você está bem -disse a mesma - Você está bem, né ?

- tô -murmurei

- Megan !

- Cynthia eu preciso tomar banho, eu tenho aula em alguns minutos. Dá licença, por favor -pedi

- Megan, eu....

- Cynthia, por favor ! Sai ! -pedi novamente

- Eu quero que você saiba que eu vou estar aqui, por mais que não sejamos cem por cento íntimas. E eu vou te apoiar até o fim.

- Do que tá falando ?

- Eu tô falando da sua casa. Sobre as duas últimas semanas...

- Não aconteceu nada ! Tá bom ? NADA ! -falei ainda nas partes do chuveiro, estava escorada na parede, ela não podia me ver.

- Tá bem ! -a mesma confirmou - Olha, eu não vou te pressionar, porque isso é uma escolha sua. Mas eu quero que você saiba que tem o direito de falar, se for isso que quiser. Qualquer decisão tá certa, desde que seja sua.

- Eu não sei do que você tá falando, me dá licença, Parker.

- Você não teve culpa. Nunca tivemos culpa. A vítima nunca tem culpa, Megan -ela continuo.

- Mas eu não sou uma vítima.

- tem certeza ?

- tenho -falei colocando força na voz.

- tá, tá, tá, tudo bem. A oferta do meu apoio não tem data de validade, juro. Então, se quiser, a gente conversa comendo alguma coisa. Podemos ser melhores amigas quando você quiser.

[.....]

- Bom dia, turma ! -a professora de projeto de vida entrou na sala - Hoje iremos abrir as cartas na quais vocês deixaram ao decorrer da semana nos saquinhos.

A Sra.Smith teve a ideia de criar tipo uma projeto, onde tínhamos que fazer cartas abertas, porém anônimas, onde escreviamos o que sentíamos e quando ela entrasse em sala iríamos ler as cartas.

Sra.Smith pegou todas as cartas e as colocou sobre a sua mesa. Pegou uma do bolo, a abriu e começou a ler, era a minha....

- E se o único jeito de não se sentir mal for parar de sentir qualquer coisa para sempre... Nossa, tá certo...ah, bom isso é sério. Isso é de alguém que está sofrendo muito -a sra.smith disse por fim parando de ler a carta - Quem gostaria de começar a nossa discussão ? De inicio algum sentimento, reações, pensamentos....

A Cynthia sabia que eu havia escrito aquele bilhete. E não disse nada.

- Acho que quem escreveu esse bilhete só está querendo chamar atenção -uma garota na fila da frente chegou a dizer, não liguei.

- Ou quem sabe está pedindo ajuda -outra garota retrucou a outra é naquele momento eu tinha causado outro desastre, pois logo todos começaram a discutir na sala.

Enquanto todos discutiam e a Sra.Smith tentava controlar a situação sobre a proporção na qual minha carta se tornou, me levantei e olhei para Cynthia que em momento algum deixou de olhar para mim desde que a Sra.Smith leu a carta. A encarei por uns segundos e em seguida desviei o meu olhar do seu, peguei minha mochila e saí sala.

Ao sair da sala fui diretamente a procura de Cooper, nossos horários tinham trocado.

[....]

- A gente pode conversar ? -perguntei ao achá-lo.

- Sobre o quê ? -o mesmo que estava mexendo em seu armário parou e me olhou.

- Sobre o que aconteceu hoje mais cedo, e-eu.....

- Tá tudo bem -Cooper disse apenas e me puxou abraçando-me forte - Não chora, por favor, não gosto de te ver assim.

Eu já estava com os olhos marejando, porém ao sentir seu abraço quente, desabei em meio choro, não queria machucá-lo.

Bored - Cooper Noriega Onde histórias criam vida. Descubra agora