Rainbow in the Dark

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     Dustin estava em completo pânico. Sentado no sofá da casa do mundo invertido de Eddie, chorava sem parar apenas esperando por Steve, Nancy e Robin. Eddie havia acabado de morrer em seus braços, e já que não aguentaria ver seu corpo sem vida por muito tempo, resolveu esperar os outros casa de Munson.
     Ele ouviu passos a distância, havia se passado uma hora que estava esperando ali, os passos barulhentos eram do trio heróico de Hawkings.
    – Steve! Vocês estão bem!? – Ele correu com uma certa dificuldade por causa da perna quebrada, até eles.
    – Por que não estaríamos? – Disse Steve abrindo um sorriso convencido.
    – Lutar contra um bicho de outro mundo é mais divertido do que eu pensava! – Falou Robin animada.
    – Eu já até me acostumei de tanto que realizo essa tarefa, quase que anual. – Concluiu Nancy.
Os três estavam bem descontraídos, já que haviam conseguido, por hora, derrotar Vecna.
    – Cadê o Eddie? – Perguntou Steve com um sorriso no rosto, já que estava animado para contar as coisas que aconteceram para o metaleiro.
    O brilho no rosto de Dustin desapareceu. Seu semblante ficou triste e depressivo.
    – O Eddie… e-ele…
   A expressão feliz e descontraída do trio logo desapareceu, principalmente em Steve, que se sentiu profundamente abalado por essa notícia, já que havia um tempo que estava sentindo algo maior pelo Munson.
     – Dustin… não é hora para brincadeiras! – Robin quebrou aquele silêncio
     – Não é brincadeira! Ele se s-sacrificou para nos salvar… – Handerson continuou a contar toda a história do que havia ocorrido.
     – Mas que merda! – Steve bateu com força na parede coberta por metais do trailer. – Eu achava que estava indo tudo bem! Agora ele está morto e você com a perna toda fudida! – Ele parecia indignado, não queria acreditar na morte do homem que estava praticamente apaixonado. – Dustin, me leve até lá!
     – Steve… acredite em mim, ele está morto!
     – Eu acredito, mas, eu só quero vê-lo.
Nancy e Robin se entreolharam, estavam preocupadas com Steve, já que nunca haviam visto naquele estado e o que ele mais precisava agora era ajuda e um ombro amigo, o que já era garantido por Robin, ela que sempre aguenta as confissões de Steve e o ajuda em conquistar Eddie, o que parecia ser impossível a partir daquele momento.
  
       Os três andaram alguns metros, ainda evitando passar por aqueles tentáculos, evitando alguns corpos de democães e alguns morcegos. Eles chegaram em uma pilha de morcegos mortos, mas não tinha nenhum corpo deitado no chão. Apenas uma neblina pesada que cercava o local.
    – O que?! Ele estava aqui! – Dustin apontava para o local do corpo.
    – E se foi comido por um daqueles bichos? – Sugeriu Robin, deixando Steve com o estômago embrulhado.
    – Não, a maioria está morta, impossível ser algum demogorgon ou democães. – Respondeu Nancy.
   Aos poucos a neblina ia se dissipando, o clima frio e solitário do mundo invertido estava os fazendo desconfortáveis, eles estavam prestes a sair dali, quando ouviram um barulho de passos acelerados. Nancy recarregou sua espingarda de cano curto, Robin pegou a última garrafa de coquetel molotov na mochila.
     Não tiveram um segundo de reação, uma sombra extremamente rápida surgiu entre eles, como se fosse um animal raivoso, e acabou caindo em cima de Steve o fazendo cair no chão, e logo perceberam que aquela sombra era Eddie Munson.
      Steve arregalou seus olhos e tentou se livrar de Eddie que estava tentando o morder com suas grandes presas.
     Eddie não parecia Eddie, ele estava fora do normal, sua pele pálida estava gelada, como se fosse um cadáver.
     – Mas que merda! – Nancy não teve coragem de atirar em seu amigo, e começou a dar coronhadas com sua espingarda no pescoço de Eddie, que se virou para ela, seus olhos estavam em uma cor preta profunda e suas íris vermelhas, seus dentes caninos estavam maiores e mais afiados do que a de um ser humano normal. Aquela versão animalesca de Eddie tentou ir em direção de Nancy, mas Steve conseguiu prendê-lo em um mata-leão.
     – Eddie! Eddie! – Dustin gesticulava em sua frente, ele mal parecia se importar e tentava se livrar dos braços fortes de Harrington. – Sou eu! Seu melhor amigo, Dustin Handerson! Quem você joga D&D quase todos os dias.
     Por mais agressivo e selvagem que o Munson estava, ele aos poucos começou a se acalmar como se estivesse começando a se lembrar.
     – Dus…tin… – Eddie falou com uma voz fraca. Estava dando certo.
     – Continua Dustin! Não para! – Steve começou a apertar um pouco mais o mata-leão, o que fez Eddie soltar um leve gemido de dor.
     – Você se lembra, não? Esse é o Steve, a Nancy e a Robin! – Ele começou a apontar para cada um.
     – Steve… – Lágrimas começaram a escorrer pelo rosto pálido de Munson. Quando foi mencionado, ele acabou por acidente soltando ele do mata leão, felizmente Eddie estava mais calmo e só caiu sentado no chão enquanto lágrimas escorriam em seu rosto.
     – Mas que porra! – Robin ficou rodando no mesmo lugar tentando raciocinar o que havia acontecido. – Ele virou um vampiro?! Ele parece muito um vampiro!!
     – Aparentemente sim – Respondeu Dustin. – Não sabia que era possível, mas após ser mordido pelos morcegos ele acabou virando um deles, um vampiro.
      – Eu também fui mordido pelos morcegos, e eu estou bem. – Disse Steve enquanto se estava ao lado de Eddie, que parecia confuso com a situação.
      – Bom… – Henderson começou a pensar. – isso não parece fazer sentido.
      – Você disse que ele havia morrido, e se for, essa experiência de quase morte que o fez se transformar em um vampiro? – Concluiu Nancy.
      – Faz sentido! O Steve foi tratado logo que chegou no mundo real, o que não aconteceu com o Eddie. – Concluiu Robin, se sentindo muito inteligente após dizer isso.
      – É uma boa teoria! – Dustin olhava para seu amigo morto-vivo, o que fariam agora?
    Steve checava o corpo sensível e praticamente morto de Eddie, para ver se ele estava bem, a ponta dos seus dedos estava escuras e as suas unhas também estavam escuras, só que maiores e mais pontiagudas.
      – Eddie… você está bem? – Sussurrou para o vampiro.
      – Steve…? – Eddie o olhou de volta, seus olhos mostravam culpa e tristeza. – E-eu estou vivo…?
      – Sim! Bom, não é? – Steve tentou se manter positivo.
      Eddie olhou para suas mãos, ele acharia aquelas unhas estilosas se não fosse naquela situação bizarra. Olhou para cada um deles, em especial Dustin.
      – O que eu me tornei?
      – Tudo indica que é um vampiro. – Respondeu o garoto com um pouco de receio.
      – Mas que porra é essa?! – Eddie estava inconformado. – Eu virei a porra de um vampiro?!
      – Sim, e de todas as coisas que passamos é a mais normal. – Respondeu Robin. – Ah, e você quase matou o Steve e a Nancy. – Concluiu a garota.
     Aquilo era muita coisa para ele processar, primeiro se sacrifica de um jeito heróico, e logo ressuscita milagrosamente.
      – Eu me sinto… como o Eddie do Iron Maiden. – Os quatro olharam confuso para ele, não entenderam sua referência já que não era muito do mundo deles. – É que… o mascote deles se chama Eddie e ele é um morto-vivo… – Ele odeia explicar piadas.
       – Faz sentido. – Disse Steve.
  Harrington o ajudou a levantar, e eles seguiram em direção do trailer de volta ao mundo normal. Fizeram novamente uma corda, já que a outra havia sido cortada. Todos eles voltaram para o mundo normal.

     Eles se sentaram no chão da casa de Munson, descansando de tudo que havia acontecido. Eddie não estava nem um pouco cansado, nem parecia que tinha sido atacado por uma horda de morcegos e morrido no processo.
      – Acho melhor levarmos o Dustin para o hospital. – sugeriu Nancy.
      – Eu faço isso, eu meio que sou a babá dele. – Harrington sorriu.
      – Não precisa, você cuida do Munson, vai saber se ele vai se descontrolar e atacar alguém? – Nancy tinha razão, alguém tinha que ficar de supervisão no vampiro.
      – Que isso gente, parece que não confiam em mim! – Mostrou a língua e consequentemente suas grandes presas.
      – Vamos Dustin! – Robin o ajudou a andar. – Hoje seu pai vai cuidar de outra pessoa hoje.
    Nancy, Dustin e Robin saíram dali com o carro emprestado de Steve.
    Só os dois, sozinhos.
     Eles se encaram por um tempo, era um pouco estranho para Steve a mudança dos olhos do metaleiro, com a esclera preta e a íris vermelha. Mas ainda combinava com o estilo de Eddie.
     – Eu tô maneiro, não estou? – Ele sorriu, nem parecia entender a gravidade da situação.
     – Você sempre foi maneiro – Aquela frase acabou saindo sem pensar. – V-você sabe, seu estilo em si é bem interessante.
    Harrington estava muito corado no momento.
     – O que foi, bonitão? Ficou encantado pela minha beleza vampirial? 
     – Vampirial existe?
     – Sei lá, deve existir, se não, eu acabei de inventar.
     Os dois começaram a rir.
    Eles se sentiam confortáveis na presença de cada um. Era aconchegante para ambos.
    
  






  


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Música do Título: Rainbow in the Dark - DIO

(Atualmente estou muito viciada na teoria do Kas!Eddie, ou só Eddie vampiro, e já que tem poucas fanfics sobre eu quis escrever uma. E nem sei se tá tão bom assim, desculpem qualquer erro, e espero que gostem!)

 BLOODY BOY - Steddie Onde histórias criam vida. Descubra agora