Casualty (+18)

6 - You gotta be magical

"Tonta por esse sentimento
Você me deixou flutuando
Não consigo me lembrar de uma época em que me senti tão confortável
M

ãos no meu cabelo com sua respiração no meu pescoço
Você só pode ser mágico"

Haven + mimosas - Stalgia

🥀

O corpo de Yunhee estremeceu em minhas mãos mais uma vez.

Era quase estranho perceber que, de todas as vezes que eu a tocava, as que ela mais estremecia e sentia eram as que eu a tocava com carinho, demonstrando pouco ou nenhum desejo sexual. Eram as que ela mais travava também. Como se sexo não significasse nada, mas afeto fosse algo quase intolerável.

Ela ainda se agarrava ao meu pescoço quando comecei um carinho lento e cadenciado por suas costas. Minhas unhas curtas passavam devagar alcançando cada pedaço de pele que eu conseguia, e isso a fazia suspirar e contorcer levemente o corpo sobre mim.

Minha boca alcançou parte de seu braço e comecei a deixar beijos por toda a extensão dele até seu ombro. Quando cheguei próximo à pele sensível de seu pescoço, uma de suas mãos desfez o abraço e veio até minha nuca, entrando por meus fios, mas sem puxar. Apenas me deixando saber que era ali mesmo que ela me queria.

Passei a fazer o carinho com a ponta dos dedos ao invés das unhas, e quando meus dentes rasparam de leve sua pele, ela estremeceu mais uma vez sobre mim. Arrastei a pontinha do nariz por sua orelha e externei o que passava na minha mente aquela noite inteira.

- Você é maravilhosa, Yun-ah.

Uma de minhas mãos deslizou de suas costas pela extensão do braço que segurava em minha nuca até encontrar sua mão. Enganchei meus dedos nos seus e os trouxe até meus lábios, beijando um de cada vez. Ela continuava com a cabeça enterrada na curva entre meu pescoço e meu ombro, apoiada em seu antebraço.

Sua respiração ficou mais forte conforme eu beijava sua pele com uma devoção quase velada. Virei sua palma pra meu rosto e comecei a deixar beijos demorados ali, sentindo que ela estremecia cada vez mais.

- Eu quero te dar prazer, Yun. - O ar pareceu fugir de seus pulmões. - Me diz como você quer. O que eu devo fazer?

Sua voz saiu quase em um sussurro, abafada no espaço entre nós.

- Continua assim. Não para, Jimin.

Eu não sabia muito sobre céu, inferno e todas essas coisas. Mas sabia que ali, aquele momento, poderia ser o paraíso.

Yunhee me pedia carinho. Num mundo onde a fama fazia as pessoas me olharem como um objeto sexual na maioria das vezes, ela estava deixando isso de lado e me pedindo carinho. Se desfazendo nos toques mais sutis e afetuosos. Nos toques que eu amava dar e que aqueciam tudo dentro de mim, mas que ficavam restritos em meu interior porque as pessoas que chegavam a esse nível de intimidade, na maioria das vezes, não estavam preocupadas com carinho.

Estavam preocupadas em foder com Park Jimin do BTS.

Yunhee estava me entregando muito mais do que sequer imaginava. Aquele momento era sexual, sim. Mas ia além. Muito além.

De novo tive o sentimento de que era perigoso continuar ali. Era perigoso ultrapassar o limite do sexo. Mas de novo eu quis saber qual era a sensação de voar, mesmo que isso fosse me fazer cair em queda livre logo em seguida.