Capítulo 03 DEGUSTAÇÃO

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Saio dali apressado e sigo para o elevador, entro no mesmo mas antes das portas se fecharem, ainda posso vê-lo lá, parado no meio do corredor me olhando de maneira estranhamente sedutor

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Saio dali apressado e sigo para o elevador, entro no mesmo mas antes das portas se fecharem, ainda posso vê-lo lá, parado no meio do corredor me olhando de maneira estranhamente sedutor. As portas se fecham e eu ainda estou confuso.

— Eu estou ficando louco ou estou sonhando? Que diabos foi isso? — Questiono-me completamente confuso.

Desço até o meu andar e corro até a mesa de Celine, ela se levanta assim que me aproximo ainda pasmo com os últimos acontecimentos desse lugar.

— O que você tem? Está mais branco que papel. — Indaga preocupada.

— Aconteceu algo estranhamente esquisito. Algo que eu julgava impossível.

— O que aconteceu de tão esquisito? Me conta logo! Estou curiosa. — Ela me pega pela mão me levando para longe da porta da sala do advogado a quem ela atende.

Conto a ela que fui promovido, falo também sobre a discussão com Maria Alice e a maneira como os nossos chefes me olharam, pergunto se estou ficando louco e vendo coisa onde não tem, ela cobre a boca reprimindo um gritinho preso na garganta.

— Bicha sortuda! Ahh como eu queria ser você. Vamos trocar de lugar? Por favor? Só por um dia? — Suplica esperançosa como se isso fosse possível, sorrio com o seu drama.

— Claramente está havendo um mal entendido, os nossos chefes são héteros, mas de tanto você ficar me azucrinando com essa sua obsessão em desejar transar com um deles, eu também estou começando a ver coisas onde não existem. Maluquice é contagioso e você já está passando isso para mim, então fica longe de mim dentro dessa empresa. Eu preciso desse emprego, ok? — Entro na sala das copiadoras sorrindo e ela entra atrás.

— O pior cego é aquele que não quer ver. Você já ouviu esse ditado, querido amigo, Edward? O Sr. Ares quebrou os dentes do Patrick para te defender, te colocou como assistente dele e o Sr. Eros demitiu a assistente dele por sua causa. O que você tem que eu não tenho? Isso não é justo! — Indaga incrédula me deixando perplexo.

— Vai por mim, eu estou tão surpreso e confuso quanto você. No entanto, eu tenho uma explicação plausível para tudo isso. Estamos trabalhando em uma grande e renomada empresa de advocacia, com os melhores dos melhores advogados do país, eles sabem que homofóbia é crime e por isso me defenderam para dar o exemplo, apenas isso e nada mais, então não deixe a sua mente poluída te enganar pois eu vou fazer o mesmo. Ok? — Argumento enquanto recolho as minhas coisas.

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