Where do I sign?

139 9 54
                                    

Ava estava cada vez mais confusa. Por mais que tentasse assimilar as coisas, não conseguia.

Fora pedida em casamento.

Ok, até aí tudo bem. A confusão começa no fato de que a pessoa que a pediu em casamento fora Sara, e sobre toda aquela história de acionistas e bancar a senhora Lance.

Mas também tinha a questão do dinheiro. Mais ou menos 500 mil? Isso resolveria seu problema.

A porta do apartamento se abriu, e Nora entrou, tirando os sapatos.

- Então, qual a bomba, gatinha? - A morena questionou, jogando as chaves na bancada e olhando para loira sentada no sofá.

- Vá se trocar e conversamos. O assunto é longo.

Nora franziu o cenho e dentro de alguns de alguns minutos já estava de volta, sentada ao lado de Ava e ouvindo tudo o que a ela tinha a dizer.

Quando a mulher por fim acabou, a morena tinha os olhos arregalados e a boca entreaberta.

- Então, o que você acha?

- Você está há um pouco mais de uma semana na tal empresa e já foi pedida em casamento? Isso é um milagre!

- Depois de tudo que eu disse você só absorveu isso? - Sharpe revirou os olhos.

- Está bem, me deixe pensar. - Ela se levantou, começando a andar em círculos - 500 mil faria com que você resolvesse todas as suas pendências, é bastante dinheiro.

- É MUITO dinheiro.

- Sim, Ava. Muito dinheiro, tem razão. Mas como você vai explicar tanto dinheiro para os seus pais? Vai contar sobre o casamento?

- Não! - Disse depressa - Eles não podem saber de nada! Eu não vou mandar tudo de uma vez, vou mandar aos poucos. Assim, eles não desconfiam.

- Bom, se é assim, não vejo o porquê de não aceitar. Me parece um acordo profissional muito justo entre vocês. Afinal, ela querendo ou não, precisa de você, e você precisa do dinheiro dela.

- Seria o fim para muitos dos meus problemas...

- Sim, seria. - Nora concordou, sorrindo. - Então, quando vai ligar para ela?

- Não sei. Estou meio nervosa. Confusa, confusa demais, Nora! Talvez depois de umas doses de tequila... - Ela mordeu o lábio inferior.

- Ligue agora! - A morena disse, já lhe atirando o celular.

- Agora? Agora. Está bem, você me convenceu. - Assentiu - Quanto mais cedo, melhor.

Discou os números já decorados do celular de Sara, e apertou o botão ''chamar''.

Sua voz ressoou meio receosa do outro lado no terceiro toque:

- Pensou direitinho?

- Sim.

- E então, vai se casar comigo?

- Sim. - Sharpe corou um pouco.

A pergunta ainda lhe era um tanto quanto estranha, por mais que não passasse de um acordo profissional.

- Ótimo. Já falei com o Palmer, ele vai redigir um contrato para que assinemos. Rip precisou fazer uma viagem urgente, não vai poder nos ajudar. Tudo bem para você? Sei que se dão bem. - Respirou fundo - Tudo bem se amanhã você tiver que chegar um pouco mais cedo para esse processo burocrático? É extremamente chato. Mas tudo bem para você?

- Tudo bem. Mas esse tal de Palmer é confiável?

- Sim, ele era advogado dos meus pais. - Ava murmurou algo em concordância - Então... até amanhã, Ava.

Amor por contratoOnde histórias criam vida. Descubra agora