Good Luck Kisses | Dramione

(1)

Hermione observou os capitães dos times de Quadribol - Draco Malfoy, Cormac McLaggen, Roger Davies e Cedric Diggory - enquanto eles se reuniam ao pé da mesa da Sonserina. Ela revirou os olhos e encheu o copo com uma segunda rodada de suco de abóbora. — Eu não posso acreditar nisso. Não estou surpreso que McLaggen esteja indo para isso, mas pensei que Davies tinha mais bom senso.

— Vamos lá, Hermione, — Lilá disse, segurando um pequeno espelho para retocar o brilho labial. — É tudo diversão. E você sabe que as garotas que colocam seus nomes fazem isso porque querem.

— É ridículo e antiquado.

— É tradição. Cada capitão recebe um beijo de boa sorte de outra casa. Nem precisa ser "O" beijo. Não vejo por que você está tão preocupada com isso. Não é como se você colocasse seu nome. Deixe, nós, garotas, que queremos brincar, nos divertirmos. Estou torcendo por Cedric, mas torcerei Roger também.

Blaise Zabini subiu para ficar em cima da mesa e Lilá gritou, cutucando o ombro de Hermione. — Olha, eles estão começando!

Blaise segurava uma jarra de vidro no alto da mesa. — E a jovem que vai dar a um de nossos capitães o primeiro beijo de boa sorte da temporada é... — Ele bateu no pote com sua varinha e pegou o pedaço de pergaminho que caiu, colocando o pote para ler o nome. — Isso é uma piada, certo?

Draco, no meio do alongamento, parou e olhou para cima. — O quê, alguém do primeiro ano colocou o nome? Jogue fora, você conhece as regras. Apenas oitavos anos.

Blaise virou o pergaminho, olhou para o verso em branco, leu a frente novamente e desceu da mesa para segurar o pergaminho diante dos olhos de Draco.

— Você só pode estar fodendo comigo, — Draco disse.

— Cinco pontos da Sonserina pela linguagem, — Hermione disse automaticamente. Todos os quatro capitães se viraram para encará-la.

— Granger, — Draco disse, pegando o papel de Blaise para ir até a mesa da Grifinória. Ele balançou o pergaminho na frente dela. — O que é isso?

— Parece ser algo para este jogo tolo, — disse Hermione. — Embora possa ser um polvo. Ou talvez um alfinete de segurança. Eles são fáceis de confundir.

Draco estreitou os olhos e deu um passo mais perto. Ele segurou o papel com as duas mãos para que a escrita ficasse voltada para ela.

Hermione Granger

— Não —, disse ela.

Cormac se aproximou, empurrando Draco para o lado.

— Sem confusão, sem confusão, eu cuido disso. Granger, — ele disse com um sorriso oleoso. — As regras são que você deve beijar alguém de uma casa diferente, mas vou te salvar disso. Os outros caras não vão se importar com uma exceção nesta rodada.

Hermione cruzou os braços e olhou para ele. — Muito engraçado —, disse ela.

Cormac piscou, ambas as mãos abertas, seu rosto uma imagem de inocência. — Não sei o que você...

— Você está tentando chamar minha atenção desde o início do semestre, — disse Hermione. — Me seguindo, ficando atrás de mim o tempo todo, 'misteriosamente' terminando na biblioteca quando estou estudando, 'acidentalmente' estando no corredor do lado de fora do banheiro do monitor quando estou lá. Achei que tinha deixado claro que eu não estou interessada.

A cor nas bochechas de Cormac começou a aumentar. Algumas risadinhas surgiram no silêncio que se espalhava ao redor deles enquanto mais e mais alunos prestavam atenção ao show. — Agora, olhe —, disse Cormac.

Hermione se levantou, alisando as mãos na frente de seu suéter enquanto caminhava ao redor da mesa. — O que você achou que ia acontecer? Que eu ficaria tão grato por você ter saltado para me resgatar abnegadamente de um dos outros três que eu não suspeitaria nem por um momento que você estava por trás disso?

Cormac cerrou os dentes, estreitando os olhos. — É apenas uma brincadeira —, disse ele. — Você poderia relaxar.

Hermione ergueu o queixo. — Eu beijaria um sapo antes de beijar você. Eu beijaria a lula antes de beijar você. Eu beijaria o Barão Sangrento antes de beijar você.

— Agora, espere — Cormac cortou com um grunhido quando Draco caiu na gargalhada. — Você tem algum problema, Malfoy?

Draco se moveu para o lado de Hermione. — Se isso não está claro o suficiente, não sei o que é. Ela não colocou o nome dela, McLaggen. Ela não faz parte do jogo e não vai beijar ninguém. Afaste-se, peça a Zabini que desenhe outro nome e deixe ela ir.

Hermione, encarando Cormac com o maxilar cerrado, desviou os olhos para Draco. — Eu não disse que não beijaria alguém —, disse ela.

O ar de repente pareceu pesado, como se todos os que assistiam tivessem prendido a respiração ao mesmo tempo. Hermione puxou a manga do suéter, sentindo o peso dos olhares, mas deu um passo mais perto de Draco. — Regras são regras —, disse ela em sua voz mais certinha. — E meu nome saiu da jarra. Um beijo de boa sorte para um capitão, certo?

Draco levantou uma sobrancelha pálida, olhando para ela. — Essa é... a ideia geral, sim.

— Então eu vou beijar um capitão.

Draco se virou para olhar Roger e Cedric, mas Hermione colocou o dedo no nó da gravata dele. Ele ficou imóvel, sua garganta movendo-se sobre o colarinho enquanto ele engolia. Ele lentamente se virou para olhar para ela. — Você não...

— Eu farei isso —, disse ela. — Eu vou beijar um capitão. É minha escolha. — Ela olhou de Draco para Cormac. — E não vai ser ele.

Colocando ambas as mãos em volta da nuca de Draco, ela o puxou para baixo e empurrou seus lábios contra os dele. A inclinação de sua boca estava errada, seu pescoço doía por ter se esticado para trás para a altura dele, e ela estava inclinada em um ângulo estranho. Estava tudo errado. Foi um beijo terrível.

Então Draco soltou um rosnado baixo, passou os dois braços ao redor dela e a puxou para perto. Sua cabeça se inclinou, sua boca se moveu, e...

Oh, ela pensou enquanto seu coração gaguejava. Oh, isso foi... sim. Muito, muito melhor.

Hermione ficou na ponta dos pés, uma mão deslizando no cabelo de Draco, a outra arrastando para baixo para descansar em seu ombro. Ele estendeu as mãos pelas costas dela, fez aquele barulhinho suave de novo e pressionou com mais força contra a boca dela.

Hermione esqueceu de respirar. Mesmo através de suas vestes, suéter e camisa, ela podia sentir o peso das mãos de Draco em suas costas, os movimentos lentos de seus dedos enquanto se flexionavam e massageavam ao longo de sua coluna. Seu cabelo era macio, seu peito era sólido e sua boca era quente contra a dela.

Seus lábios se separaram, a ponta de sua língua roçando a boca dela, e Hermione se afastou. Ela o encarou, seus olhos cinzentos ficaram escuros, sua pele pálida ficou rosada. O som apressou-se, enchendo o mundo que não era nada além de seu batimento cardíaco e os ruídos silenciosos que ele fazia. Hermione ouviu assobios, pisadas e aplausos.

Ela não conseguia desviar o olhar dos olhos de Draco. Ela ficou lá, observando-o com os dedos contra a boca, até que Draco lambeu os lábios e limpou a garganta. — Isso deve servir, — ele murmurou, sua voz áspera.

Hermione guinchou. Ela recuou, guinchou de novo e fugiu pelo corredor.

Arte de Dralamy, postada com permissão.