Vendados pelo Amor ( Mini Fic)

∆02

Anastásia.

Alguns anos antes.

Hoje eu estava completando 20 aninhos, e para comemorar essa noite meus pais vão me levar para jantar fora, por um momento achei que eu ficaria na minha, curtindo minhas séries e comendo um monte de guloseimas. Mas não foi assim que meus pais planejaram e como boa filha eu tinha que fazer o que eles queriam. Então de frente para o espelho, me olho. Cabelos soltos,maquiagem básica, vestido vermelho básico. Não sou do tipo de me vesti para chamar atenção. Pego minha bolsa de mão, que contém meu celular, um Batom e uns lencinhos. O básico. Desço quando ouço a voz, dura,fria e de comando de meu pai me chamando. Meu pai, o que dizer dele, quase nada. Sempre me deu tudo que eu preciso e precisava para viver, sempre tive os melhores cuidados, as melhores educação, na questão da saúde era o mesmo. Ele não deixava faltar nada, apenas uma coisa ele me deixava faltar, acho que era o principal é o que eu precisva. Amor,carinho e atenção. Eu nunca tive isso dele, nem da minha mãe, ela não era o melhor exemplo de mãe, fui praticamente criada pelos funcionários. Meus pais viviam em viagens de negócios, a vida toda assim, mal paravam em casa. Eles achavam que por conta da escola e das atividades extracurriculares eu me cansava e não tinha tempo de sentir saudade deles, mas eu sentia. Isso não me impedia se tal coisa. Para piorar tudo, eu não tinha amigos de verdade,não tinha uma pessoa que me amava e nem um irmão ou irmã para me fazer companhia, então eu chorava, chorava muito me sentindo mal, sem utilidade e uma nada.

Sentada olhando para o cardápio, escolho algo qualquer e digo ao garçom, dou um sorriso simpática, olho para meus pais, fazem seus pedidos tão friamente sem dar importância para pessoas, grande noite essa. Comendo uns aperitivos de entrada papai entra num assunto que demorou a chegar. Só faço respirar fundo.

- Os Hydes me procuraram para conversar sobre você, acho que um dos filhos deles está interessado em você e me pediram a sua mão. Eu fiquei de pensar. -Olho para mamãe e para papai um tanto surpresa e chocada. Mamãe apenas desvia o olhar quando peço com o olhar ajuda. Ela era a única que as vezes demonstrava compaixão por mim.

-Mas papai, o senhor não vai permitir, o senhor não pode, Jack.... -Paro quando ele levanta a mão como gesto para eu me calar. Engulo em seco. Jack era um nojento e abusador de mulheres, eu não poderia suporta ser esposa dele. Ele é abominável.

- Eu faço o que eu achar que devo. Por sorte, alguém já chegou a frente deles, e óbvio que os Greys tem mais riquezas e influências, seria uma ótima ideia nos unirmos a eles. O filho mais velho dos Grey's tem um interesse em você, e como já estávamos a procura de alguém decente para você antes que você pudesse nos trazer problemas, eu aceitei. - por um segundo solto a respiração, Christian é o filho mais velho do Grey's, eles têm três filhos, Mia, Elliot e o Christian, então meu coração bate rapidamente, eu sempre tive um crush em Christian, desde os 15 anos, eu era uma boba. Porque até então ele não era o tipo de homem para mim, ele não era o melhor exemplo de homem perfeito, ele tratava de negócios e homem assim são iguais meu pai. E eu não queria alguém assim. Queria alguém que me amasse. E ele jamais faria isso por mim. Eu não queria ser igual minha mãe, que um dia fora amorosa e hoje se corrompeu com meu pai. Mas eu gostava, na verdade eu amava Christian. E saber que ele pediu para eu casar com ele para meu pai, eu me senti aliviada por ser ele e não Jack apesar, dos pesares. Jantamos em silêncio, papai questiona se quero sobremesa, eu recuso. Mas ele e mamãe fazem o pedido e me afundo nos meus profundos pensamento, ainda sonhando acordada com Christian, e sem acreditar que ele me quer. Dou um pequeno sorriso.

Desperto dos pensamento quando uma movimentação se faz presente. Ao levantar o olhar vejo a pessoa que sempre faz meu coração querer sair pela boca, Christian estava ali a nossa mesa, ele conversava com meu pai que estava feliz em ve-lo. Cumprimenta minha mãe com um beijo em sua mão, então ele me olha e da um pequeno sorriso fazendo o mesmo. Fico com as bochechas vermelha envergonhada.